•| Os Targaryen sem dragão |•

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Em seus poucos anos de vida, a pequena princesa Alysanne Velaryon, de apenas cinco anos de idade, já possuía muito mais do que apenas o dia de seu nome em comum com o tio, um ano mais velho que ela, Aemond Targaryen

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Em seus poucos anos de vida, a pequena princesa Alysanne Velaryon, de apenas cinco anos de idade, já possuía muito mais do que apenas o dia de seu nome em comum com o tio, um ano mais velho que ela, Aemond Targaryen.

Ambas as crianças amavam leitura e passavam horas e horas afundados entre os milhares de livros que faziam parte da biblioteca da Fortaleza Vermelha. Um não lia uma única obra sem antes compartilhar com o outro.

Também adoravam esgueirar-se – em segredo, é claro – pelas passagens do castelo, e a cada dia descobriam um novo caminho que pudessem compartilhar entre si.

Além disso, o platinado e a castanha ainda dividiam um fato que, muito provavelmente, era o que mais os unia, fosse pela sua peculiaridade em meio à família de montadores de Dragões, quanto pela dor que aquilo os causava: nenhum dos dois possuía um dragão para chamar de seu.

Embora o ovo de dragão de Aemond tenha sido no primeiro mês de vida do príncipe, a pequena fera mal durou uma semana.

Por outro lado, o ovo de Alysanne mal havia dado sinais de que algum tornaria-se um dragão feito. Muito pelo contrário, ele mantinha-se calcificado naqueles últimos cinco anos.

Mesmo com os ovos de seus irmãos mais novos se chocando, a pequena princesa não perdia suas esperanças.

Seu infortúnio era visto por aqueles que não simpatizavam com sua mãe como uma "cobrança divina", sendo feita justamente à aquela que conheciam como o primeiro pecado de Rhaenyra.

Ainda que não carregasse consigo o sobrenome de sua mãe e nem mesmo tivesse os cabelos platinados que toda sua família - com exceção dela e de seus irmãos - possuia, Alysanne pouco se importava com os comentários sobre sua legitimidade ou qualquer outro fato de sua vida.

A castanha sempre soube de onde veio e o que lhe era destinado. E sua mãe fazia questão de lhe mostrar o quanto era especial.

Nascida para algo grandioso, era isso que ela ouvia de sua progenitora desde que se entendia por gente. A menina duvidava que a própria Rhaenyra soubesse o que aquilo se tratava, muito embora não fosse realmente necessário.

Ela própria sabia que mesmo que não fizesse nada tão extraordinário como sua mãe imaginava, algum dia seria ela a herdeira ao Trono de Ferro e posteriormente, a governante de tudo o que hoje era reinado por seu avô, o rei Viserys.

A pequena podia não saber muito àquela altura da vida, mas de uma coisa tinha plena e absoluta certeza: quando esse dia chegasse, ela faria de tudo para se tornar uma governante tão grandiosa, que não haveria motivos para duvidarem dela.

•••

"Dizem que os Targaryen são mais semelhantes aos deuses que quaisquer outros homens ou mulheres."

Eram essas as palavras que ela lia naquele exato momento, deitada no chão da biblioteca, escondida sob de uma das grandes escrivaninhas que preenchiam o local.

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