O General Artrópode

Capítulo 2

REALMENTE HÁ UM ÚNICO CAMINHO PARA A VITÓRIA?

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Suavemente seus dedos tocaram nos botões digitais do painel na parede, e depois de segundos, uma melodia suave de piano preencheu o cômodo tricromático. 

A cafeteira havia acabado de preparar um cappuccino, seu aroma fazia a boca da mulher encher de água. Não tardando em retirar a xícara do suporte e levá-la para a mesinha perto da janela, ela pôde apreciar a bela paisagem do esplendoroso jardim do internato militar.

— Escutando música clássica? Acredito que esteja ansiosa para os resultados. — Os vermelhos lábios se curvaram para cima exibindo um sedutor sorriso.

— Acha mesmo que eu estaria ansiosa quando os resultados são certos?

— Não me refiro a isso, querida Iane. — A expressão dela se endureceu e ela tomou um gole do seu café para disfarçar isso. A pessoa a sua frente ria da sua reação, se sentando na frente dela.

— O que eu fiz foi pra um bem maior. Já você? Não tenho certeza se fez pro bem ou por mal.

— Independentemente da sua justificativa, um dia iremos pagar por isso. Disso tenha certeza. 

— E enquanto esse dia não chega, eu irei trabalhar pra consertar meus erros. — A pessoa riu. — Não me lembro de ter dito algo engraçado.

— Você se esqueceu de algo bem importante.

A pessoa retirou algo de dentro de sua maleta de couro que estava ao seu lado e conferiu, seguidamente, pôs em cima da mesa da mulher, e abrindo na página indicada, seus olhos se arregalaram diante da informação ali contida.

Já em outra instalação oculta, algo de grave estava acontecendo. 

Caminhando pelos corredores brancos daquele lugar, cinco pessoas caminhavam apressadamente, mas uma delas era uma mulher baixa de cabelos vermelhos. O que liderava o grupo era alto e forte, fazendo até as pessoas que não o conheciam o respeitar pelo seu ar autoritário. A garota tinha uma expressão preocupada. 

— Notamos uma estranha atividade no norte da dimensão I, pedimos para o comando de lá mandar um relatório do retorno, mas não disseram nada até agora. — disse ela.

— Atividades no Sul da dimensão apresentou tremores de terra e deslizamentos, acredita-se que um ninho de hewus de nível 25 nasceu por ali, talvez seja essa o motivo de não terem retornado. — Respondeu ele rapidamente parando por um momento.

— Mandei o primeiro contato no dia que o selecionado chegou, e hoje já faz três dias. — Os dois se entreolharam. — Isso está estranho, eu preciso que contate eles com muita urgência.

— Tá, não estamos em sinal de alerta, ainda. — Não tomando a opinião da jovem a sério, eles continuaram a andar em direção ao seu destino. 

— Recomendo que mande uma equipe para averiguar o que está acontecendo para que as nossas respostas sejam atendidas, sabe que isso não é bom sinal. — O homem parou novamente e olhou para essa menina, seus olhos imploravam pela sua ajuda, mas ele, não estava nem aí.

— Três dias, são três dias, não deve ser nada grave. — Ele seguiu seu caminho sem dizer mais nada, deixando a jovem paralisada aonde estava ao perceber que não teria ajuda.