Capítulo 1

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Muitas garotas da minha idade passam a vida em festas noturna, fumando, bebendo, fazendo sexo de qualquer maneira, muitas delas tem tatuagens, piercings, isso sem falar das roupas minúsculas que elas vestem.

Dentre essas garotas existe eu a esquisitona do colégio e do bairro, meus pais me mantém trancafiada dentro de casa, com a cara enfiada nos livros, ou então na igreja ajudando a quem precisasse de ajuda, as vezes vou com o padre e os outros crentes ajudar os mais necessitados nas ruas, eu gosto disso, mas se tornou mais obrigação do que qualquer outra coisa.
Minhas roupas são todas abaixo do joelho, nada de decotes ou roupas minúsculas, uso roupas comportadas, passo a maior parte do tempo em casa sozinha já que meus pais vão trabalhar, a vizinha ao lado sempre fica de olho em mim para saber se estou em casa ou não, resumindo minha vida social é um fracasso.

- Hannah, você não pode ultrapassar esse portão sozinha! Lá fora tem um mundo perigoso do qual estamos tentando te proteger desde que você nasceu, depois você a de nós agradecer, é pelo seu bem.

Desde que me entendo por gente sempre escuto isso da minha mãe ou do meu pai, isso até soava normal antes de eu ir ao colégio, mas agora parece obsessivo eles estão me protegendo de algo impossível, uma hora ou outra vou conhecer o mundo.

Hoje como sendo sexta feira, dia chuvoso não fui ao colégio, meus pais não estão em casa, estou sozinha, tiro minha roupa ficando de uma calcinha que tampa todo o rabo ou mais que a metade e um sutiã bem comportado sem nenhum detalhe, o conjunto é da cor preta, vou para o quintal da minha casa na área da lavanderia ao ar livre, abro os braços e jogo a cabeça para trás contemplando a água que me molhava, estou me sentindo livre pela primeira vez em anos, corro sozinha pelo quintal é um limite muito pequeno, ainda assim fora divertido brincar.

~

Horas se passaram eu tinha feito um banho quente com água fervida no fogão à gás, vesti uma blusa de mangas cumpridas e uma saia justa que vai até o joelho, ainda assim minha mãe desaprovou mas não o tirei.

Agora estou caminhando em direção a padaria do bairro, minha mãe me mandou comprar pão para o pequeno almoço de amanhã antes de ir a igreja, pela primeira vez estou saíndo sozinha de casa, caminho devagar, várias pessoas estão bebendo e fumando na rua, algumas namorando, outras com roupas minúsculas vendendo seu corpo, no entanto me concentro em ir a padaria do senhor Davidson, chegando lá prossigo entrando e paro perto do balcão, uma moça muito bonita vestindo um shortinho preto jeans, uma blusinha barriga fora azul, sandálias pretas e casaco jeans se aproxima olhando para mim.

- Hannah, eu já tinha escutado maravilhas sobre seu corpo mas não sabia que é tão meu Deus! - Disse sorrindo olhando fixamente para mim - Você daria uma boa modelo.

Vendo ela direito, eu à conheço, é a cafetina do bairro, o nome dela é Vanessa, meu Deus, dou um passo para trás.

- O-Obrigada Vanessa!

Agradeço perplexa ela vende meninas para traficantes como alguém pode ser tão cruel? Contudo corro para o balcão e compro quatro pães com o senhor Davidson, ele me deu sorrindo é um velho simpático com isso agradeço sorrindo de volta.
Sendo assim vou saíndo da padaria com meus pães numa sacola plástica, Vanessa se aproxima de novo.

- Hum, Hannah, você sabe, se precisar de grana é só me ligar! Você daria uma bela grana! E se livraria dos seus pais! Se tornaria independente como qualquer outra menina da sua idade. - Falou sorrindo me entregando um cartão, pego por educação logo sorrio fraco e nervosa.

- Hannahhhh!!!!!

A voz do meu pai soou como um soco no meu cérebro com isso me afasto de Vanessa e vou caminhando atrás do meu pai.

- Você fica longe da minha filha - Christian Cooper desdenhou ríspido enquanto me segurava pelo braço e me puxou em direção a nossa casa.

- Por isso não te deixamos sair, só cinco minutinhos e já estava conversando com a cafetina do bairro, o que você tem na cabeça, amanhã vai para vigília pedir perdão a Deus por essa pouca vergonha - Falou meu pai quase aos berros, ele está bravo.
Como sempre me calo sem dizer nenhuma palavra, abaixo a cabeça.

- Desculpa!

Peço depois de alguns minutos em seguida vou caminhando para o meu quarto, ao chegar tranco a porta, tiro aquela saia que minha mãe tanto odeia, visto uma calça de moletom e um blusão, tudo largo.
É horrível me sentir desse jeito, aprisionada, o desejo de querer conhecer o mundo exterior cresce dentro de mim a cada segundo.

~

No dia seguinte de manhã fiz minha hingiene pessoal, um banho frio, vesti uma blusa preta com mangas e uma saia azul escuro de pregas da altura do joelho e um tênis brancos, hoje é dia da cidade e tem uma comemoração no meu bairro minha mãe finalmente cedeu para eu ir, mas sob sua supervisão e eu estou satisfeita só de poder ir.

Por isso ao meio dia eu e minha mãe saímos com travessas de lasanha para contribuir na festividade, quando chegamos estava cheio já, pessoas dançando, comendo, e muito mais, fico na cola da minha mãe que conversava com minhas vizinhas, estávamos sentadas em uma das mesas, a rua está ornamentada com cores como azul e branco, tem crianças brincando por ali, o desfile acaba de começar uma brecha para eu sair do lado da minha mãe, vou caminhando pelo lugar apreciando as coisas, lá vem ele o meu namoradinho, sim eu tenho um, ninguém sabe a gente começou a pouco tempo, meus pais nem podem sonhar com isso, o mais bonito da classe, ele tem olhos claros cabelos castanhos cacheados, alguns físicos não tão exagerados mas Noah é perfeito, está trajado de uma calça jeans escuro e uma camiseta preta, sapatilhas brancas, parece que combinamos, assim que ele chega sinto sua mão na minha e me dá um giro delicado, olho para ele com um sorriso no rosto, ele me desconcerta e acredito que eu a ele.

- Como você está linda! - Sorriu ele levando sua mão para o meu rosto e me deu um beijinho na testa.

- Lindo não faz isso em frente à minha mãe.
Digo sem jeito minha mãe está logo ali só não nos vê.

- Ela nem está nos vendo princesa, vem vamos eu quero te mostrar onde fica a minha casa. - Disse sorrindo e segurou minha mão.

- Noah...

Tenho chamar sua atenção mas ele ignora, desse jeito juntos fomos para sua casa que fica no bairro também, é a casa mais bonita da rua dele, é enorme acho que é o triplo da minha casa, ele me puxou pelo braço e fomos juntos para dentro da casa, quando entrei naquela casa fiquei encarando o lugar completamente desconfortável, eu não sei porquê ele me trouxe aqui, mas enfim, fomos caminhando para seu quarto no andar de cima, ele me ofereceu uma bebida mas recusei.

- Princesa tenta relaxar tá! Eu queria que você conhecesse meu cantinho de recriação. - Aproximou-se e segurou minhas mãos.

- Er, bem o seu quarto é lindo, a casa inteira.
Percebo sua aproximação o que me deixa tensa, me afasto e olho ao redor, tem um quadro gigante na parede, uma escrivaninha em um canto, um sofá perto da janela, uma tevê enorme na parede em frente à cama, um espelho gigante no teto, quem põe espelho no teto meu Deus, tem um banheiro e um closet contudo saio do meu transe.

- É, você é mais linda, vem aqui. - Ele disse me puxando para cama, me sento em seu colo sentindo uma pilha de nervos e meu corpo reagiu logo me fazendo ficar trêmula.

- Noah, eu...

Até tento dizer algo ele iniciou um beijo quente e intenso fazendo com que meu corpo fique fervilhando de tanto que estava quente com o seu toque.

- Princesa você é linda demais, me deixa conhecer você! - Implorou sem parar o beijo suas mãos vagavam pelo meu corpo me fazendo soltar um gemido completamente arrepiado.

- Lindo eu não posso!

Sussurro baixinho durante o beijo em que nossas línguas se entrelaçavam em perfeita sincronia, ele me deitou na cama e ficou por cima acarriciando minhas coxas.

- Porquê não pode? - Questionou segurando a bainha da minha blusa, deixo ele tirá-la, sua língua passeia pelo meu pescoço, vai descendo para meus seios cobertos pelo sutiã, com isso ergo meu corpo afastando ele.

- Noah não por favor! Eu preciso de tempo!

Peço olhando para ele, ele me deu um beijinho na testa em seguida subo em seu colo e ficamos abraçados conversando sobre várias coisas aleatórias.

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