Capítulo 12

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— Agustín, para por favor!
Peço enquanto ele tira meu shortinho, minha vontade agora é que alguém apareça mas acho que ninguém o fará. Ele começa a beijar minha barriga lentamente tirando minha calcinha.

— Você é tão linda sabia? — Perguntou ele me olhando fixamente enquanto abria minhas pernas depois que me induziu a flexionar os joelhos. Não respondo, simplesmente me mantenho em silêncio enquanto ele cai de boca na minha intimidade, não consigo sentir prazer nem nada, minha mente chama por Josh, viro o rosto para o lado me segurando para não chorar, eu deveria ter escutado meus pais e o Josh, deveria ter voltado para casa, eu não quero fazer isso, eu não quero transar com o Agustín. O empurro com precisão.

— Eu disse que não, você não entende?
Me levanto as pressas mas ele me segura pelo braço e me joga de novo na cama.

— Você é minha mulher e me deve isso, a hora que eu quiser. Quer queira quer não além disso eu paguei você. — Respondeu bravo, deve estar muito excitado, ele nunca foi agressivo comigo, tento me levantar mas ele me prensa na cama, não ofereço mais resistência, me mantenho quieta, ele tira sua roupa, que asqueroso, tento imaginar o Josh, fecho os olhos buscando o Josh, sinto ele penetrar seu pau em minha intimidade, não reajo, isso é possível? Acho que sim pós me mantive indiferente, ele entra e sai dentro de mim, seus gemidos são estranhos eu hein, fico encarando todo lugar menos ele.

— Geme para mim sua vagabunda, não é para isso que eu te paguei. — Gritou dando um tapa no meu rosto, eu não o reconheço, eu quero a minha mãe, Deus me tira daqui. Eu não nasci para ser batida por homem nenhum.

— Eu não vou gemer para você, vai, me bate, me bate mais, vai me bate Agustín, me bate.
Grito tentando desencoraja-lo mas ele é pior do que eu pensava, dá uma estocada funda em mim e me dá outro tapa no rosto que me faz sangrar no canto da boca, fecho os olhos apertando eles, eu me recuso a chorar a frente dele.

— Você é minha e bater em mulheres que não me obedecem não é algo novo para mim. Entenda isso. — Disse me olhando fixamente, viro o rosto para o lado, ele continua o que está fazendo, eu não sei como ele consegue, eu me arrependo amargamente por ter seguido por esse caminho, eu estaria bem na casa da minha mãe.

Minutos depois Agustín finalmente termina o que queria, ele se veste e pega um manso de dinheiro e joga na cama, pego o dinheiro e jogo nele.

— Eu não quero o seu dinheiro porra eu não sou uma prostituta.
Grito para ele, me enrolo no lençol e vou caminhando para o banheiro, tranco a porta, tiro o lençol e meto no lixo, entro no box, ligo o chuveiro e me sento no piso do mesmo, abraço minhas pernas sentindo minhas lágrimas caírem, começo a chorar baixinho. Agustín vai me pagar por cada lágrima que estou derramando.

Fico um bom tempo no banheiro pensando direito nas coisas, pensando na minha vida, será que tudo isso vale a pena? Não, não vale, eu me perdi na vida, me tornei ambiciosa, minha ambição tem um limite, eu tenho 100 mil dólares, vou fugir do Agustín, vou tentar de novo, longe de tudo isso, vou voltar a estudar, vou me formar.

— Meu amor o que você quer ser quando crescer, qual é o seu sonho? — Perguntou minha mãe me olhando fixamente enquanto eu brincava com minhas bonecas.

— Eu quero ser uma médica, uma médica para salvar muitas vidas.
Respondo fingindo que sou a doutora das minhas bonecas.

— Você vai ser uma médica incrível e vai salvar muitas vidas como você deseja, eu te amo, vêm cá me dar um abraço.  — Enfatizou sorrindo, eu tinha seis anos, cabia no colo dela e me sentia protegida lá, abraço ela apertado ao me sentar no seu colo.

Eu tinha um sonho e estraguei tudo, agora sou apenas mais uma adolescente rebelde que quis embarcar num caminho com poucas possibilidades de volta. A água escorre pelo meu corpo, só consigo sair depois de uma hora, me sinto melhor, saio da banheira, meu corpo até dói, meu rosto está avermelhados, saio caminhando, paro na frente do espelho e encaro o meu reflexo, estou um caco. Passo a mão no rosto tocando meus machucados, o Agustín me deixou com hematomas. Saio do banheiro e vou me vestir no closet, visto uma lingerie preta e um conjunto de moletom e calça da mesma cor, calço sapatilhas air force brancas. Quando saio do quarto vejo Josh, ele estava encostado na parede ao lado da porta, Zara estava no fundo do corredor, talvez estivesse controlando se Agustín estava vindo. Abraço Josh apertado caíndo no choro, ele deve ter escutado o que aconteceu, Josh não fala nada simplesmente me mantém no lugar onde ele sabe que eu quero estar.

A EscolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora