Prologue

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Olá, abelhinhas!

No início seria apenas um oneshot bem grande, só que no meio eu tive tantas boas ideias q tive que fazer uma fic separada. Por isso ela não vai ser muito grande, vai ter poucos cap mas serão grandes com mais de 3.000 palavras.

E eu sei, eu sei que tenho outras fica para terminar, e eu irei! Mas como sempre, eu não podia deixar vcs por fora desta Au.

Aiai não me matem! 😢

Mas não vamos delongar, boa leitura 🐝

A luz alaranjada de um dos postes falhava, o fio chuviscando e soltando faíscas de fogo enquanto o batuque dos cascos do cavalo de raça ressoava por toda a rua ao entrar em contato com o chão de paralelepípedos. Sentado dentro da carruagem estava Castiel Novak, um dos detetives que trabalhavam sob ordens diretas da rainha Vitória da Inglaterra, com os olhos cravados em Jack Kline: um pobre garoto que salvou do tráfico de pessoas naquela mesma noite durante uma investigação; as bochechas cheinhas manchadas pela sujeira e os lábios rachados com sangue pisado, a roupa em frangalhos e o corpo magrinho de pele pálida enquanto dormia deitado e encolhido no banco à frente.

Dentre os três meninos que salvou durante a missão, aquele foi o que mais chamou sua atenção. Havia algum medo em seus olhos e era óbvio o quão assustado ele estava, mas ele se atreveu a superar seus próprios sentimentos para proteger os outros dois. Kevin, um jovem que parecia extremamente traumatizado ficou sob tutela de Inias enquanto o outro garoto fora enviado para o bordel de Rowena, dama que sempre acolhia jovens como ele: que não tinham para onde ir.

Quando o sacolejar da carruagem parou, percebeu através da janela que à sua frente estava o portão de uma propriedade, esta que era localizada um pouco mais afastada do centro da cidade e pertencia ao nobre Gabriel Shurley. Ao descer, um criado veio até si e, após reconhecê-lo, deixou que entrasse carregando um Jack adormecido nos braços; já era tarde da noite, então ele não podia ver muito bem, mas ele conhecia esse caminho como se fosse sua própria casa, então não teve problemas para atravessar o jardim bem cuidado. Ele bateu sutilmente na porta duas vezes assim que parou na frente dela.

Demorou cerca de cinco minutos até que uma empregada abrisse para ambos, e novamente a escuridão não permitiu que enxergassem bem o local.

- Posso ajudá-lo, Detetive Novak? - perguntou educadamente a moça.

- Por favor, necessito de uma conversa com lorde Shurley. - Puxou seu chapéu fedora da cabeça com uma das mãos, os fios ébanos de seus cabelos intactos pela brilhantina. O pequeno garoto em seu braço soltou um murmuro lúgubre, lamentando, provavelmente, dos pequenos ematomas em seu corpo.

A empregada se moveu em passos rápidos, no entanto, antes que deixasse a grande sala, uma silhueta baixa apareceu por detrás do divã persa.

- A que devo a honra, detetive? - Proclamou-se, movendo as curtas pernas a sua direção. Os olhos do nobre varrendo o braço do detetive, observando a criança carente.

- Cinco minutos de sua atenção, senhor. - Como um código, o lorde atendeu rapidamente, despensando a empregada, indicando o escritório ao lado.

O escritório enchia-se de um rico aroma de rosas, e quando a breve brisa agitava as árvores do jardim, o forte aroma dos lírios, ou o aroma mais delicado dos espinheiros, passava pela janela.

Castiel suspirou pesadamente, deixando Jack no sofá de tecido macio.

- Não me diga que este menino é seu, Cassy. - Gabriel lançou-lhe um olhar brincalhão, jogando-se na poltrona e espafalhando as pernas na mesa.

The Case of Detective Novak and Dean Winchester Onde histórias criam vida. Descubra agora