A primeira coisa que Dean viu quando abriu os olhos foram duas esferas azuladas.
- Vamos, acorde. - A voz rouca o chamou, despertando seus sentidos, fazendo-o se contorcer. A primeira coisa que percebeu era uma forte dor na cabeça, e a segunda era que estava preso. Sentado na cadeira com os braços para trás, ambos amarrados por um aperto forte.
A sala em que estava era mal iluminada, mas a criatura a sua frente ele conseguiu reconhecer facilmente.
- Detetive, eu esperava mais de você. - Passou a língua nos lábios sentindo um incoveniente sabor de sangue. Castiel avançou, e só então Dean foi capaz de analisá-lo adequadamente.
Ele havia se livrado de seu sobretudo, deixando apenas a camisa branca social erguida até os cotovelos, essa que, valorizava seus braços sutilmente, dando-lhe um ar mais empoderado, além do colete cinza e a gravata frouxa em seu pescoço.
- Eu também esperava mais de você. - Trouxe um banco para perto, sentando-se a sua frente. - Ande, comece a falar. - Puxou o revólver do suporte, engatilhando-o.
- Por favor, você amassa minhas bolas, me apaga com um soco na cara, e no momento em que eu acordo você já quer me matar? - Disse jogando a cabeça dolorida para trás. Castiel bufou.
- Isso tudo é errado. Eu deveria levá-lo para Corte, não interrogá-lo, seja lá o que for, eu estou cometendo um erro. Então, por favor, Dean Winchester, coopere comigo.
- Tudo bem, tudo bem. - Revirou os olhos. - O que quer saber, Detetive?
- Como sabia que eu estaria em Roadhouse? Quem te informou?
- Eu te disse; me pagaram para te matar. 'Quem' eu não sei, era um homem de classe, como você, mas ele apenas mandou um criado. - Respondeu-lhe simplista. - Que disse-me que, o Detetive Novak estaria em Roadhouse para uma emboscada, me passou suas características.... Seus segredos. E me pagou de antemão.
- E por que está me contando? Por que se deixou ser pego?
- Não sei se sabe, mas eu não sou um grande amigo da alta classe, e ele já havia me pagado, causar algumas discórdias depois de muito tempo é satisfatório. - Sorriu pervesamente ao lançar um olhar ao detetive.
- Então está colocando sua vida em risco apenas... Para causar problemas? - Perguntou-lhe incrédulo. - Quando tal pessoa souber que estou vivo irá mandar te matar.
- Seria apenas mais um na lista. - Ergueu os lábios. - Castiel, eu não temo a morte.
- Isso é insanidade.
- Pode ser. - Ele encolheu os ombros. - E eu também não gostaria de te matar, você é realmente muito bonito.
- Você já pode parar com isso. - O encarou com os olhos cerrados.
- Desculpe, desculpe. - Gargalhou. - É sempre interessante ver um homem agindo tão.... adoravelmente.
- Não há nada de adorável, você está sendo apenas irritante.
- Eu irri- Juro, Castiel, eu te daria um soco agora. - Franziu a testa, vendo-o sair de perto.
- Ah, é mesmo? Como? - Havia um leve sorriso de desdém em seu rosto, esse que Dean não pôde ver.
- Você está se soltando, isso é por que eu estou preso? - Respondeu no mesmo tom de escasso, erguendo os lábios sarcasticamente.
- Você pode pensar como quiser. - Quando ele voltou para perto, havia um copo em sua mão. - Beba.
- Está tentando me envenenar? Sr. Novak isso não é nada cavalheiresco. - Comprimiu os lábios.
- Eu tenho formas mais criativas de lhe matar, Winchester. - Segurou-lhe a nuca, levando o copo até sua boca. - Você precisa de água.
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The Case of Detective Novak and Dean Winchester
Acak1898, Castiel Novak é um honrado detetive da Corte Vitoriana. Esse logo é jogado em uma investigação suspeita, levando-o a conhecer Dean Winchester, um famoso assassino e perigo à Coroa. No entanto, detetive e assassino têm que trabalhar juntos par...