[HIATUS] 𝖆𝖑𝖑 𝖙𝖔𝖔 𝖜𝖊𝖑𝖑, (caroline forbes)

1.10: aquele com visões, francesas calculistas e logan fell

capítulo dez: aquele com visões, francesas calculistas e logan fell
( mystic falls, virginia )

❝ ESTOU OUVINDO VOZES NA MINHA CABEÇA
E ELAS NÃO SÃO MINHAS ❞

━━━ black out days, phantogram.

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Trabalhos de História não eram o forte de Daisy Gilbert. E nem leitura, aparentemente. 

Eu vivo com medo. Isso me consome. 

A morena se viu capaz de entender as palavras tão bem caligrafadas em letra cursiva, presentes no antigo diário da família Gilbert. 

No fim da tarde, quando vejo o sol começar a se pôr, o medo chega. 

A expressão de Daisy endureceu, observando diversas semelhanças entre as descrições que compunham o diário da família e os diários pessoais que a garota tinha recebido no inicio do ano letivo. 

Porque eu sei que a noite traz a morte.

Seus olhos estremeceram com o pensamento. As palavras perdidas na tradução. A Gilbert não perdeu tempo, rapidamente agarrando seu diário sem remetente, lendo alguns parágrafos desconexos. 

Ivy diz que as coisas irão ficar bem, mas minha certeza se esvai mais a cada dia. Estamos sendo caçadas como porcos em um abatedouro. Nossas cabeças tem como prêmio a lealdade eterna das criaturas mais temíveis do mundo, que desesperadamente desejam despejar nosso sangue fresco em uma estúpida pedra qualquer. 

A medida que os anos passam, me sinto mais infeliz. A maioria das memórias de meus tempos felizes com Nik na Inglaterra se desfazem, desaparecem. Mas algumas não encontram consolo, só algum alívio, nas brechas pautadas e resquícios de pinturas a tinta a óleo. 

Me sinto fraca, covarde e envergonhada perante a vida e todos. Esse corpo tá doente. A vida o fez totalmente doente. Aquele "eu" descontrolado voltou... o mundo tá vazio, deserto. 

A medida que a tinta borrada se acabava, Daisy fechou o livro, respirando fundo, sentido o fôlego se esvaindo. 

A morena pega um bloco de desenhos e uma paleta de aquarelas coloridas, misturando o pincel entre a tinta e a água. 

O mundo tá realmente vazio, deserto...

── O que você acha? ── A morena exibiu seu desenho realista de um monstro de presas definidas para Jeremy, que havia recém entrado no cômodo.

── Assustador. Problemático. Revelador. ── O Gilbert parou momentaneamente para respirar. ── Você precisa de ajuda psicológica? 

── Engraçadinho. ── Daisy arremessou uma almofada no irmão caçula. ── Eu achei um diário super velho nas coisas do pai. Jonathan Gilbert, século XIX. Parece um circo de horrores. Ele escreveu histórias de terror, monstros, pessoas sendo estraçalhadas, esse tipo de coisa.