Capítulo 4- Precisamos da tua ajuda...

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A única coisa que S/N consegue ouvir e sentir é o seu coração bater depressa, consegue sentir o medo, o terror, a angústia , a ansiedade e principalmente a morte a aproximar-se cada vez mais.
Mas por alguma razão, nada aconteceu, por isso, consegues finalmente ganhar coragem para abrir os olhos.
Ao abrires os olhos, o Gabriel simplesmente acabou por desaparecer. Ficou apenas o lugar escuro e barulhento que ele deixou , S/N pôde finalmente suspirar de alivio, pelo menos agora.
E assim acordas. O teu corpo está completamente suado, o teu coração por sinal já está no batimento normal, levantas-te e vais tomar um banho rápido para ires para a escola.
No caminha da tua casa á escola, a tua mente estava em outro mundo, só conseguias pensar no Gabriel e naquele rosto inesquecível, mas tu recompões-te e prometes não pensar nisso, não até á hora de dormir. Chegas á escola e logo encontras-te com os teus dois amigos Mark e Cesar, que estão a jogar numa mesa:

-"Hei malta, o que estão a jogar ?".

Perguntas enquanto pousas a mala no chão e pegas uma cadeira para te juntares a eles, o Mark olha para ti e sorri:

-"Peixinho, queres juntar-te?"

Ainda estás um pouco cansada e assustada pelo o que aconteceu então só acenas que não com a cabeça e sentaste para relaxares um pouco. E por acaso tanto Mark como Cesar notam que, alguma coisa não está bem, portanto, eles pousam as cartas na mesa e olham para ti:

-"Aconteceu alguma coisa...?"

Pergunta o Cesar enquanto recolhe o baralho de cartas que está na mesa,s/n apenas acena novamente com a cabeça e dá um longo suspiro:

-" É só uma paranóia que eu tenho.... á de passar... eu espero".

- "Bem, tem como nós ajudarmos? ".

- "Na verdade não Cesar, pelo contrário, provavelmente iriam colocar-me num manicómio se eu contar o que aconteceu..."

-"Olha, não acho uma má ideia, mas aqui entre nós, eu e o Mark somos todo de ouvidos e não precisas de preocupar-te porque somos de confiança".

-"Mas a ideia do manicómio ainda está válida hehe".

Responde Mark dando um pequeno riso, cruza os braços na cadeira á espera da explicação. Ficas por um tempo calada a refletir sobre se realmente deverias contar alguma coisa, mas talvez eles tenham razão, desabafar com alguém seria a melhor opção:

-"Bem...desde....desde criança que eu sonho com alguma coisa....todos os dias, ao deitar encontro-me com ele, os meus pais sempre o chamaram de amigo imaginário, porque tinham em mente que essa coisa iria desaparecer com o tempo...mas não, todas as noites, ao adormecer, deparo-me com ele...".

-"Mas ele quem?".

Pergunta o Mark curioso mas ainda confuso:

-"...O nome dele é...Anjo Gabriel, ou pelo menos foi assim como ele se apresentou quando o conheci , mas esse não é o caso...o problema aqui é que, desde que entrei para a escola, ele tem estado cada vez mais estranho e irritado só porque eu não chegava às horas que ele queria , então eu acabei por desabafar e disse-lhe que se ele continuasse com a essa birra dele, que hoje o veria mais tarde..".

O Cesar e o Mark estão a olhar para ti com um ar de pavor e confusão ao mesmo tempo, talvez eles não acreditem no que a s/n está a dizer , mas pelo menos contaste, eles suspiram, olham-se e seguidamente te olham:

-"Parando para pensar, já pensaste se não é um substituto? Têm aparecido mais casos ultimamente, a minha mãe está sempre a dar-me nas orelhas para voltar para casa cedo e não confiar em ninguém, mas eu sei proteger-me sozinho! ".

-" Talvez seja...podíamos pesquisar mais a fundo sobre isso na biblioteca, o que achas Mark?"

O Mark olha para o Cesar e acena que sim, seguiram então todos para a biblioteca da universidade.

Ao chegarem á biblioteca, Mark vai direto á estante dos livros sobre "sobrenatural e mundo espiritual" coisas desse tipo, retirou um , outro e mais e mais livros, pousando assim uma pilha enorme de livros em cima de uma mesa:

- "Bem, aqui com certeza conseguiremos bastantes pistas ou poderemos avançar alguma coisa sobre os tais *substitutos* ".

Comentou o Mark enquanto sentada e abria um livro, S/N e Cesar também sentam e agarram em um dos livros da gigante pilha e começam os 3 amigos a procurar as informações que mostravam responder às diversas perguntas que estes jovens aparentavam ter.

Passou quase 1 hora e ninguém encontrou nada de interessante, ou as respostas que queriam encontrar.
Mark dá um grande suspiro e corta o silêncio:

-" *Há muito tempo atrás, existia uma mulher chamada Maria....que vivia numa cidade de Nazaré...bla bla bla..." Desde quando sobrenatural e mundo espiritual tem haver com a biblía??

Olhas para o Mark e tiras-lhe o livro das mãos:

- "Deixa-me dar uma olhadela..."

Começas a folhear as páginas daquele livro e estranhamente paras numa página que continha umas letras um pouco estranhas, não conseguiste entender porque aparentam estar em outra língua:

-"Que estranho...".


Pensas alto enquanto folheias mais o livro para tentar entender onde aquilo iria chegar, o Cesar olha para ti e depois para o livro, estendes o livro para ele e comentas:

-"Tem alguma coisa escrita ai em outra língua, deveríamos perguntar a algum professor? ".

O Cesar acena que não com a cabeça enquanto folheia o livro e responde:

- "Penso que eles não iriam ajudar alunos em algo que não tenha nada haver com a matéria das aulas, confesso que desta vez temos de descobrir sozinhos... Estava agora aqui a pensar....que tal perguntarmos àquela garota da donuteria que disse que sabia muito sobre os substitutos? ".

S/N estava a pensar em hesitar, mas pensando bem, não tinham nenhuma outra saida além da garota desconhecida que estava naquela donuteria, toda a ajuda deve servir!
Então olhas para o Cesar e acenas que sim, o mesmo levanta e vai ajudar o Mark a arrumar a pilha de livros que estavam na mesa antes de sairem e irem para a loja.
Sem demora foram os 3 para a donuteria que por sorte ainda encontrava-se aberta. Entram e lá está a garota com um grande sorriso esboçado na cara, olha para nós e acena:

- "Sejam bem-vindos! O que gostariam de pedir?".

Aproximas-te do balcão, dás um suspiro e olhas nos olhos da garota:

- "Na verdade...precisamos da tua ajuda...".

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