Prólogo

560 57 25
                                    

Harry tinha tudo na vida. Bom, pelo menos tudo o que o fazia feliz. Desde pequeno morava na enorme fazenda dos Styles, junto de seus avós. Seus pais, Desmond e Anne estavam sempre muito ocupados, era muito trabalhoso cuidar de um bebê e eles não tinham tempo, então, ambos decidiram que seria melhor que Harry crescesse com os avós na fazenda.

Apesar de Desmond e Anne não terem o criado, Harry cresceu com todo o amor, carinho e atenção do mundo. Seus avós Tom e Isabella eram encantadores, o típico casal de filmes de romance que tiram suspiros dos telespectadores e, bom, Harry era um romântico incurável — grande influência se dava por crescer envolto de tanto amor — desejava poder ter esse tipo de amor pra si um dia.

Styles não tinha uma relação ruim com os seus pais, mas também não era das melhores. Eles quase nunca estavam reunidos, mas sempre mandavam presentes para o garoto — como se isso fosse magicamente mudar as coisas — e, pra ser sincero, o alfa não sentia falta deles pois tinha os seus avós e Harry os considerava como seus verdadeiros pais. Eles sempre estiveram lá, desde momentos como o primeiro dentinho que caiu ou quando tirou sua primeira nota baixa em redação e chorou no colo dos pais/ avós por achar que tinha os desapontado — e estes conversaram com a criança até ele entender que era o maior orgulho de ambos —.

Conforme crescia, mais certo de suas decisões ficava. Styles queria ajudar na fazenda, além da ajuda braçal, desejava poder administrar o lugar, aumentar as vendas e expandir os negócios, então Harry ingressou em uma faculdade de administração e adquiriu todos os conhecimentos que precisava para poder cuidar de onde morava.

O alfa abriu um novo negócio na fazenda, meses após a sua graduação, a venda de flores para toda a cidade. Todos que compravam com eles adoravam o serviço e recomendavam para pessoas próximas e, assim, eles ganhavam mais clientes e fidelizavam os que já tinham.

Mesmo com todas as maravilhas acontecendo em sua vida, ainda sentia que faltava algo, ou pra ser mais exato, alguém. E não, não era de um par romântico que ele queria no momento, mesmo que desejasse conhecer o amor de sua vida, ainda assim iria esperar. Era um sonho muito maior do que qualquer outro na vida do alfa, que era de se tornar pai. Já era do conhecimento de todos que o conheciam que o alfa sempre quis ter um filhote — vários na verdade — mas tudo em seu devido tempo, é claro.

Sua mãe Isabella sempre lhe contava as histórias de quando ele corria pela casa com seu boneco de pano Jack dizendo que era seu filhote e de como um pequeno Harry cuidava do brinquedo como se fosse um filhotinho de verdade. O alfa sempre gostou da ideia de ter um pedacinho de si no mundo, mesmo sabendo dos desafios que é criar um mini ser humano, ainda mais sendo pai solo, mas Styles estava decidido de que aquele momento era perfeito pra iniciar a sua pequena família.

Se perguntarem a Harry qual foi o momento mais estranho de sua vida, ele definitivamente iria responder "O dia da coleta". Harry havia ido ao laboratório para fazer a coleta de seu sêmen e ele jamais havia imaginado que seria tão difícil um dia gozar. Desde o momento que pegou o potinho e entrou na sala privada, até o momento que começou a se masturbar.

Bom, é aquele ditado: não há nada ruim que não possa piorar. E Harry confirmou isso após longos minutos dentro daquela sala privada quando dirigiu-se a uma enfermeira beta para entregar o potinho cheio de sua vergonha e esta o direcionou um olhar que apenas piorou toda a situação para o alfa. "Uhm, você está bem? O senhor demorou bastante" A beta lhe perguntou e Harry realmente não sabia onde se enfiar para sair daquela situação, então apenas assentiu rapidamente, preencheu o que faltava e saiu o mais rápido possível da clínica com as bochechas vermelhas como os morangos que plantava na fazenda.

Após algumas semanas, o alfa recebeu a notícia de que seria pai. Foi muita emoção na casa dos Styles, eles simplesmente não conseguiam parar de sorrir ao imaginar que daqui a poucos meses teria um bebezinho na fazenda. A ansiedade era enorme, a vovó Bella tricotou durante nove meses várias roupinhas — com o nome do bebê — mantas, fraldinhas, meias e bonecos. O vovô Tom não estava muito diferente, ele havia construído do zero uma cadeira de refeição para o neto, construiu os móveis do quartinho do pequeno e reformou o balanço que fez para Harry, quando esse era uma criança.

Tea With Cyborgs (l.s) Where stories live. Discover now