-Maddy! Maddy!-uma voz familiar me chama, me tirando do escuro, me trazendo de volta a luz. Meus olhos abrem, se embaçam devido a alta quantidade de luz do local, mas consigo ver uma pessoa a minha frente, pelo menos o vulto preto dela, o que me dá calafrios devido o que aconteceu, me pergunto se foi real ou só um sonho, esfrego minhas têmporas, sento-me e acabo batendo minha testa na da pessoa me proporcionando mais dor de cabeça do que já tinha, ouço a pessoa resmungar um pouco e parar logo depois, se afastando, abro e fecho meus olhos até eles se ajustarem a luz, meus ouvidos zumbiam um pouco. Então o que aconteceu foi real?
-Madison?-olho pra pessoa ainda meio abatida, era Kevin. Mas que porra?
-Kev?Ah é você! Puta que pariu! Que susto! -o homem parecia surpreso até. Olho a minha volta, eu tava no meu quarto improvisado, que ele havia feito, o rapaz, eu não tinha onde morar, descobri que a casa que morei na infância inteira e parte da adolescência foi queimada misteriosamente.
A casa de tia Mary(a mãe de Milo) está abandonada, era lá onde eu iria ficar, até arrumar um emprego, mas ela desapareceu ou viajou para algum lugar com um de seus namorados sem dar explicação, eu realmente não sei o que aconteceu, nem quero saber, só de pensar sobre isso minha cabeça dói mais ainda.
-Te encontrei jogada no chão á alguns metros de casa, você sabe pelo menos o que aconteceu contigo? -sim eu sei, mas se eu contar vc vai me achar maluca, eu não vou contar, vou mentir, falar uma mentira, isso é o certo.
-Ah você sabe...eu chapei e dei um apagão, é normal acontecer isso comigo -digo isso como se eu tivesse usado algum tipo de droga forte ou sei lá o que. Ele deve estar convencido, pelo seu semblante.. ele acha que eu continuei a usar, na verdade eu parei, nunca mais usarei aquilo novamente, desde o dia em que vi minha mãe chorar.. eu...merda!
-Desculpa...- fico de cabeça baixa, ele me olha com pena e me abraça-Eu não queria causar um tipo de situação assim... me desculpe... eu não queria...
-Tá tudo bem, vai ficar tudo bem -ele diz, enquanto acaricia meus cabelos tingidos de rubro. Ficamos assim por um tempo até eu apagar em seus braços.
»※«
Procurava na internet algo sobre a entidade, criatura esguia e sem face que vi ontem de noite, descobri que seu nome é Slenderman e que ele tem servos, isso explica o por quê da sombra humanoide que me impedia de levantar estar lá. Mas a pergunta é: Por que?
Ah vai entender...
Pesquiso mais um pouco e descubro que há uns tais de "Sintomas de Slender",o mais intrigante é que venho aparentando estar com esses "sintomas". Começo a me sentir observada, logo desligo o meu notebook, o fecho, olhando a minha volta, não tem nada... que estranho.
Vou para cozinha, passo um pouco de café, enquanto isso a sensação de estar sendo observada não vai embora, pego uma caneca e encho de café até sua metade, bebo um gole, olho pela janela uma paisagem matinal nublada, eu diria que o clima estava chuvoso. Quando do nada alguém me puxa e prensa contra a pia de lavar louças, fazendo a caneca que estava em minhas mãos cair e se estilhaçar no chão em mil pedacinhos. Já era hora de acontecer algo assim comigo, como o famoso ditado diz: "quem procura acha"...
Era Kevin??Pera,o que?!?!?!
NÂO!
Não era Kevin..
Mas se parece tanto com ele...sua pele estava mais escura, as lentes de seus óculos estavam completamente brancas e seus cabelos lisos. Entro em desespero, aquele a homem, criatura, entidade sei lá aquela coisa me olhava como se tivesse sede de sangue, parecia uma besta, sorria de uma forma macabra.
Tive a sensação de me sentir sufocada, a sensação era real. Ele estava me sufocando, suas são mãos grandes e fortes, ponho minhas mãos em cima das dele, entro em colapso, arranho suas mãos agoniada, não consigo me soltar, tento tira-las de mim, não consigo de forma alguma, lágrimas caem de meus olhos. Aquela figura começou rir, rir muito, suas risadas começaram a ficar muito, muito altas...