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Os chifres longos descendo de sua cabeça assim como os caninos se tornavam pontas afiadas e cortantes.
As asas quase rasgadas caídas, unhas sangrentas e pele áspera, os olhos completamente negros, envoltos de medo.
Medo do julgamento.
Chegou mais perto do Lee que estava ajoelhado, usando o terço especial que havia ganhado e rezando, clamando por si. Sorrindo com o pensamentos claros e deslizando os dedos pelo queixo dele, levantando o rosto com cuidado e o sujando com o próprio sangue.
O líquido escarlate ardia como o inferno e Félix gostava daquilo, beijando os dedos e chupando quando eles ficaram próximos de sua boca, sentindo o gosto queimar sua língua.
O demônio era tão lindo que o fazia querer pecar ainda mais, se afastando da mão grande e levantando.
- É lindo... - pediu sua permissão e a ganhando, passou os dedos sobre as marcas na pele pálida, descendo pelos chifres e sorrindo encantado. Suas asas o envolveram e a voz deturpada soou límpida em sua mente.
Tirou as próprias roupas, ainda segurando o colar que tinha ganhado dele, agracidado com o sorriso genuíno que viu se abrir. Suspirando de calor quando as unhas do Hwang passearam por seu corpo, deixando linhas invisíveis, o arranhando e arrepiando.
Como uma espécie de marca, uma possessividade disfarçada de uma proteção verdadeira, Hyunjin desenhava na pele pálida, beijando cada centímetro que percorria. Se ajoelhando e lambendo o baixo ventre que formigava, o olhando de forma tão impura e ouvindo os pensamentos agoniadamente belos.
- Lee Félix, profano seja vosso nome. Venha a mim, faça tua vontade, assim na terra como no inferno. Pecai junto a mim, assim como pecarei junto de ti. Cai em tentação, deleite de mim e do meu mal.
Completamente extasiado de uma sensação que não sabia o nome, de um prazer que não podia ser descrito porquê a sabedoria humana não tinha capacidade de entender. Assistiu o corpo do maior se erguer novamente e prendeu o fôlego, rezando por mais, mas seu Deus agora era Hyunjin.
Perdido entre os sentidos, arfou contra a boca dele quando se encontraram num beijo calmo e molhado, a língua longa se enrolando na sua, um gosto metálico familiar o inundando. Se afastou ofegante, segurando o rosto do maior e selando os lábios novamente por mais alguns minutos, só pra que pudesse manter o gosto dele.
- Minha devoção é sua. - sussurou contra a boca do demônio, mantendo contato visual nublado com os olhos negros, sorrindo ao ganhar um beijo na palma da mão que segurava o terço. - Eu rezei tanto por você...
- Eu ouvi cada prece. - entrelaçou os dedos e brincou com o terço. Tinha feito ele especialmente pro Lee, parecia um normal mas ao invés da figura sagrada comum, era uma representação sua na forma demoníaca natural. - Ouvi cada uma enquanto gozava por você.
- Hyunjin... - juntou os corpos num reflexo interior de desejo, ardendo contra a pele do demônio. - Profana-me com teu pecado, deprava meu corpo e vicia minha alma... Por favor...
Enlouquecendo com os pensamentos sujos do menor, sorrindo ao que arranhava a pele com as unhas. Ainda conseguia ver a cicatriz das letras de seu nome no quadril do Lee, assim como o cheiro impuro do quarto privativo que agora era um templo de perdição depois de terem trepado tanto por todos os cantos dele.
Tinha o dele marcado em seu peito também, como um aviso de que eles eram o deus um do outro e que pertenciam um ao outro. As memórias continuavam frescas em sua mente, talvez por ter sido apenas à duas noites atrás.
A mão dele fez um carinho gostoso em sua bochecha e por instinto fechou os olhos, aproveitando o calor. Deslizou as mãos pelas asas do demônio, encantado com sua beleza, ofegando alto quando sentiu os dentes do Hwang se afundando em seu pescoço, deixando a cabeça cair pra trás e gemendo baixinho.
Ao ser solto, deitou o rosto no peito do maior e fraquejou, foi ajudado a sentar no chão e acompanhado por ele. O beijou novamente, perdido nos olhos negros.- Um de meus companheiros notou meu corpo na hora do banho.
- E você disse a verdade? - sussurrou contra o ouvido dele com um sorriso travesso. - Disse que seu corpo está assim por quê eu te comi a noite inteira? Que está assim por quê você rezou olhando pra estátua de Cristo pra que eu te marcasse como meu? Que você ficou assim depois de xingar as palavras mais sujas que pôde enquanto eu te fodia? Negou com as sobrancelhas curvadas numa expressão sôfrega. - E-Eu menti.
- Aprendeu a pecar tão rápido. - arranhou os mamilos sensíveis e eriçados, brincando com a excitação que sentia crescer nele. - Me diz Félix, o que você pediu entre rezas pra mim naquela hora?
- E-Eu queria... Você. - gemeu choroso e se contorceu nos braços do demônio. A voz dele continuava sussurrando coisas impuras em sua mente, tirando sua sanidade.
- Só isso? Ah, eu acho que ouvi mais... - mordeu sua orelha e brincou com o interior dele, sem ao menos tirar as mãos dos botõezinhos rosados. Era muito bom ser um demônio. - Fala.
- E-Eu queria você me comendo na frente dele! Eu q-queria gozar pra você... Hyunjin... Por favor... - tão lindo implorando por misericórdia. - Eu queria você me fodendo na frente daquela estátua, queria que vissem pra quem eu rezo todas as noites.
- Você quer ser comido na frente da igreja toda? Que pecado, Lee Félix. - os pensamentos desavergonhados se embaralhando ao que perdia a coerência. - Reze.
- Perverte-me com tua malícia, inebria-me com tua luxúria. Inunda-me de ti e conforta-me abaixo de teu corpo. Ouça minhas preces, permita-me pertecer a você, assim como pertences à mim. Hyunjin, me fode.
Hyunjin sentiu cada músculo de seu corpo ardendo num calor infernal, segurando o queixo do Lee com cuidado, encarando a expressão tão sôfrega e manhosa. Sussurando na mente dele, o agarrando e apalpando sem vergonha alguma.
- Você vai gritar de prazer, e não vai ser Deus quem vai estar te comendo. - sorriu travesso e o pegou no colo, beijando cada centímetro da pele impura.
- Então louvado seja você, Hyunjin.
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