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EVELLIN.

chego na sala e Camilla estava no chão. Como se ela tivesse desmaiado ou algo pior.

- ei camilla, acorda! –– começo a chacoalhar seu corpo.
Matheus: você vai levar a menina no céu de tanto que fica mexendo nela.
- ah claro, vou deixar ela aqui no chão aí quando ela resolver acordar ela levanta.
Matheus: sim?
- você tem que se fuder muito.
Matheus: eu sei, olha o pulso dela.
- tá ajudando pq?
Matheus: pq eu trabalho. Você sabe oque é isso evellin?
- sei, é oque eu faço dês dos meus 18 anos.
Matheus: não quero saber disso, cadê seu profissionalismo com a garota? Você tá tratando ela como se fosse uma amiga.
- você espera que Alexia se apaixone por você com um beijo na bochecha? Você tá longe hein, e lento.
Matheus: e quem disse que eu quero que ela se apaixone por mim? Quanto mais longe dela é melhor. Eu só tenho que fazer meu trabalho por 1 ano.
- parece que não foi oque o Shawm disse.
Matheus:e quem disse que eu ligo pra ele caralho? Se não fosse por nós dois ninguém estaria vivo não, ele pensa somente nele.
- e você pensa em alguém além de você?
Matheus: a maioria das vezes não, mas teve algumas que eu me importei com você.
- algumas? –– abaixo a cabeça e olho a pulsação de Camilla que estava estável, coloco algumas gotas de álcool em um algodão e coloco perto do nariz de Camilla.
Matheus: não acorda?
- não.
Matheus: leva ela pro hospital.
- vai comigo?
Matheus: não.
- por favor.
Matheus: não!
- certo. –– coloco Camilla em meus braços e a levo até o carro.

Coloco cami deitada no banco de trás do carro e subo em seu quarto pra pegar seus documentos. Desço pro carro novamente e sigo em frente ao hospital.

Eu tava com medo. Talvez em sla quantos dias eu consigo ter o meu lado preocupante com a cami. Já era pra ela ter acordado. O Matheus? Sério. Eu não sei. Ele não é assim, eu não consigo acreditar que ele seja assim. Não por ela mas por mim. Ele sabe o quanto eu sou dedicada aos meus trabalhos entende? "algumas" Algumas? Pq algumas??

Depois de quase chorar no carro eu chego no hospital e coloco Camilla no meu colo novamente e a levo até a entrada do hospital.

X: boa noite.
- oi, meu nome é evellin, a paciente é aquela no banco. –– aponto pra cami.
X: a senhora poderia me dizer oque aconteceu com ela?
- moça, nem eu sei.
X: certo, os documentos por favor.

[..]

Eu tinha feito a ficha da cami e ela estava com anemia. E agora ela está internada em uma cama de hospital. Eu não sei pq mas eu estou sentada no  banco do meu carro chorando. Eu sei que ela vai ficar bem, nem sei se estou chorando por isso também, talvez eu esteja chorando por qualquer outro problema, eu só queria chorar.

Escuto um carro parando atrás de mim e minutos depois a porta do meu carro se abre.

Matheus.

Matheus: oi.
- sai daqui.
Matheus: talvez eu tenha pegado pesado com algumas coisas.
- tá.
Matheus: oque aconteceu com ela?
- anemia.
Matheus: você tá chorando por isso porra?
- não sei, só quero chorar e você atrapalhou.
Matheus: cala a boca. –– aproximo sua cabeça em meu ombro. - agora pode chorar.
- você é ridículo. –– rio me ajeitando em seu ombro.
Matheus: liga para os parentes dela.
- eu não sei o número.
Matheus: merda. Tudo bem.
- vou entrar, quero ver se ela tá bem
Matheus: vai lá eve.

Saio do carro e vou até a sala que Cami estava. Cami não estava mais inconsciente, ela estava acordada, olhando pro teto branco.

oposto de mim.Onde histórias criam vida. Descubra agora