Vou atualizar a fic de 5 em 5 dias. Tanto pra n ficar pesado pra mim, quanto pra dar uma atiçada em vcs 😈
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Law não conseguiu dormir, não enquanto o canto sofredor de um passarinho atordoado continuasse a soar em seus ouvidos.
'Luffy-ya trouxe este pássaro para que eu cuidasse dele.'
Law se levantou lentamente de sua grande cama e alcançou o passarinho em seu criado-mudo.
Trafalgar foi lenta e calmamente até um armário em seu quarto e pegou um kit medicinal que Doffy havia esquecido no local. Colocou a caixa ao lado do pássaro assustado e a abriu, começando a cuidar da asinha quebrada do pequeno passarinho branco como a neve.
Era início do inverno e Luffy-ya já não mais poderia sair para caçar por conta do frio. A comida ficaria escassa e este pássaro morreria por conta da fome.
"Desculpe por isso. Eu sei que dói, mas é necessário."
Law disse após o pássaro soltar um piado doloroso.
"Desculpe, passarinho."
Quando Trafalgar terminou seu trabalho de terceira mão, o passarinho olhou para a asa enfaixada incrédulo.
"Descanse. Agora."
Agora que Law não tinha mais nada para se preocupar, ele se aconchegou em sua confortável cama, se contorcendo levemente para forçar suas costas a se acostumarem.
Mais ao longe, fora dos ouvidos aguçados de Trafalgar, Luffy procurava por frutas em pés, como mangueiras ou macieiras, ou no chão, como melancias ou tomates.
Luffy não havia trazido nenhum tipo de objeto pontiagudo consigo, apenas sua força física o acompanhava.
Mugiwara pôde ouvir a distância as conversas animadas de aldeões, que riam e se divertiam embaixo de uma árvore florida. Luffy tentou passar por eles, mas um homem estranho chamou sua atenção.
"Olá, meu bom rapaz! Eu me chamo Usopp, e você?"
Luffy o encarou de cima a baixo, se deparando com um homem bronzeado, com um nariz esquisito e com uma altura semelhante a de Law, ou seja, menor do que Luffy.
"Eu sou Luffy."
"Luffy! Ah! Esse nome indica que você será um homem forte e cora- HAA! Nami! Isso doeu!"
A mulher que o homem, Usopp, acompanhava, o deu um tapa na nuca, claramente raivosa.
"Usopp, seu narigudo de merda! Quantas vezes eu já não falei para você largar de ser tão estúpido?! Vai que esse cara percebe sua ladainha e nos mata?!"
"Até parece!"
"USOPP, VOCÊ PERCEBEU O TAMANHO DELE!?"
Luffy estava boquiaberto.
"Okay...? Bem, Nami-san."
"Sim, Luffy-san?"
"Sabe me dizer onde eu posso encontrar uma árvore frutífera? De preferência, um pé de laranjas?"
"Um pé de laranjas? Uau, forasteiro, você é bem exigente..."
Usopp cala a boca antes que Nami o dê mais uma saraivada de xingamentos.
"Posso saber o por que você está precisando de laranjas?"
"Um amigo meu teve uma noite complicada e sofrida. Quero apenas ajuda-lo a saciar sua fome."
"Uma noite complicada?"
"O seu tio miserável transformou nossa noite em um inferno. Que pena... atrapalhou todos os meus planos..."
Os olhos de Nami reluziram.
"Claro! Você tem dinheiro?!"
"Dinheiro? Não."
Luffy respondeu sinceramente e Nami murchou antes de se animar novamente.
"Acho que posso dar uma laranja para o casal! Eu tenho uma pequena plantação de laranjas na nossa aldeia."
'Casal...?'
"Isso é incrível, Nami-san! Não tenho dinheiro, mas posso ajudá-la a completar alguma tarefa."
"Claro! Você parece forte, eu preciso que espante alguns vagabundos de minha plantação em troca de 2 laranjas!"
Luffy murchou. Duas laranjas?
"Nami-san. No mínimo, 5 laranjas."
"3 então?"
"Okay! Negócio fechado!"
Usopp olhou para Nami incrédulo.
Luffy olhou para o topo da torre por cima das árvores e sorriu. Nami acompanhou seu olhar e Usopp comentou.
"Luffy-san, conhece a estória daquela torre?"
"Uma estória? Uma lenda sobre a torre?"
"Correto. Diz-se que há muito tempo atrás, um demônio a construiu para aprisionar suas concubinas humanas e suas crianças. E que quando uma concubina que o demônio gostava morria, ele encarcerava a alma dela dentro dos tijolos do edifício. Por isso é feita de tijolos, para aprisionar as almas. E é por isso que se escutam choros sofredores de almas devastadas daquela torre."
Isso Luffy não esperava.
'Torao é uma dessas concubinas?'
"Claro, isso é só uma lenda."
Nami deu de ombros e deu um puxão no nariz estranho de Usopp.
"Não sabia desta lenda."
"Não? Ela é bem famosa. De onde você veio, Luffy-san?"
Nami e Usopp. Ambos trajavam um manto marrom, parecendo uma seita, com um capuz esfarrapado.
"Eu vim de Goa."
"Goa? Goa é bem longe destas terras."
"Sim. Eu vim de navio."
"Uau! Você deve ser bem rico, então!"
"Não. Eu entrei escondido na dispensa do navio com os meus irmãos."
Luffy disse em um suspiro risonho.
"Achávamos que era o navio de nosso avô, que era marinheiro, e queríamos fazer uma surpresa, então cada um se escondeu em uma das caixas da dispensa. Foi engraçado quando nos separamos."
Luffy sorria, mas era visível que estava triste.
"Bem. Eu ainda estou precisando de laranjas, Nami-san."
"Han? A, ah! C, claro, Luffy-kun! Vamos! Vamos para a vila!"
Nami pegou Luffy pelo pulso e o arrastou para a sua vila, mas Luffy continuou a olhar fixamente para a torre.
"... Será que o torao está dormindo?"
"Torao?"
"O nome do meu amigo."
"Ele mora naquela torre?!"
Usopp corria ao lado de Luffy e Nami enquanto batia o queixo de pavor.
"...Não. Ele é um...um daqueles povos que vivem se mudando. Um nômade."
"Ah sim. É estranho verem-se nômades hoje em dia. Se veêm mais sedentários."
"Concordo."
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Sob meu comando, se rastejarás sobre a lama.
FanficLaw, o sobrinho do chefe de um laboratório extremamente ilegal, é presenteado com um simpático lagartinho fofo e energético, mas com uma alteração que o faz parecer que está sempre usando um chapéu. "Você se chamará Mugiwara-ya." *Mostra a língua al...