Boa leitura!
Josy Beauchamp- 12 anos antes
O sinal da escola tocou, indicando que a primeira aula já iria começar, os alunos começaram a se dirigir para suas salas enquanto eu apenas fingia arrumar meu armário enquanto observava pelas frestas da porta o garoto por quem era apaixonada.
Noah Urrea era o garoto que eu gostava desde os oito anos de idade, ele me viu crescer e eu o vi amadurecer e se tornar uma pessoa estranha cada vez mais.
Por quê ele era estranho?
Bom, Noah é fechado, não conversa com ninguém, vive com fones de ouvido, parece só usar roupas preta e toucas para esconder seus cachos formados por baixo do tecido, seus olhos verdes vivem vermelhos e eu suspeito desde os treze que ele fuma maconha.
Seu aroma natural é nicotina e álcool, fora a faca que ele vive deixando dentro de seu armário - fofoqueiros dizem que a faca vive com o aço vermelho de sangue -, além de quê, Noah vive na escola, mas nunca comparece nas aulas, mas mesmo assim passa de ano e tem notas na média.
O apelido dele na escola é Urrea The Killer, mesmo que ele nunca tenha matado alguém.
Nós conversávamos muito quando tínhamos quinze anos, só que depois de um acontecimento que tivemos, ele acabou se fechando de vez. Hoje, ele está com dezoito anos e eu faltando alguns meses para completar dezoito também, estamos terminando o ensino médio e não conversamos mais, porém, isso não muda o fato de que eu permaneça com sentimentos por ele.
"Josy, eu estou falando com você!" Sabina cutucou meu ombro.
Desviei os olhos das frestas e encarei minha melhor amiga.
"Hum, o que foi?" Perguntei, fazendo pouco caso.
"O que foi? A primeira aula já vai começar e faz cinco minutos que você não para de babar pelo Urrea The Killer." Debochou.
Em seguida, ela pegou a minha mão e me puxou em direção a sala de aula, como previsto, o professor de física já estava em sua mesa.
"Você e a sua mania de chegar atrasada na sala de aula, não é, senhorita Beauchamp? Até parece que vive observando os garotos pelos corredores da escola." Brincou o professor Stewart, fazendo a sala inteira dar risada e eu me encolher sobre minha cadeira, recebendo um olhar debochado de Hidalgo, que se sentava em minha frente.
Segundos depois, o professor Jason Stewart prosseguiu com a aula sem fazer nenhuma piadinha sobre a minha infeliz vida amorosa.
(...)
As aulas acabaram e eu vim junto com Sabina, caminhando pelas ruas de Doncaster, já que não estávamos a fim de ficar esperando o ônibus escolar.
"Você precisa esquecer o Noah,Josy." Comentou ela.
"E quem disse que eu não já esqueci?" Retruquei.
"Você estava encarando ele pelas frestas do seu armário, por isso se atrasou para a primeira aula." Respondeu.
Engoli em seco.
"Você está obviamente exagerando." Falei, revirando os olhos.
"Claro,Josy." Ela abraçou a minha cintura. "Só não quero ver você machucada, amiga." Sussurrou em meu ouvido, me abraçando fortemente.
Ela só não sabia que eu ainda estava machucada desde os quinze anos, quando Noah evitou um beijo meu e ainda sussurrou antes de correr para longe de mim: "Não posso te beijar. Você é diferente."
Três anos se passaram e ele nunca veio me explicar o porquê eu era tão diferente assim que não podia ficar com ele. Não sei se era pela minha aparência ou pela minha voz de menininha, não sei se ele não gostava de garotas com olhos azuis ou com perfume masculino.
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Feelings and Freedom
أدب الهواة{𝑨𝒅𝒂𝒑𝒕𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝑵𝒐𝒔𝒉} Josy era uma adolescente que se considerava incomum - tanto pela família, tanto para si mesma -, além de ter um belo corpo e achar ele um grande erro, ela era apaixonada pelo menino mais solitário da escola desde os s...