Álcool e ciúmes

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Capítulo 3: Álcool e ciúmes

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Quando chegamos tentei reorganizar meus pensamentos.

O plano era simples, iria atrás de Lidya, falaria uma ou duas frases com o cara gato que ela tinha tirado sabe-se lá de onde, inventaria uma desculpa e fugiria do lugar o mais rápido possível. Simples e fácil, não tem como dar errado. Só tinha uma incógnita no plano que não tinha previsto antes.

— Os humanos realmente sabem se divertir. — Falou a incógnita ao meu lado. — Você vem sempre aqui?

Olhei para ele sem expressão, estacionando o carro de qualquer jeito em qualquer lugar. — Pode descer.

— Não vai me acompanhar?

— Não. Já tenho um cara gato me esperando. — Responde, abrindo a porta para que ele saísse.

Parei meus movimentos quando ouvi sua risada alta. Estava rindo tanto que seus olhos se fechavam. Era obrigado a admitir que ele tinha uma risada muito gostosa que poderia fazer qualquer um de apaixonar , obviamente eu não estava incluído nisso, só se eu fosse maluco para me apaixonar por mais um cara assim. Ainda assim, fiquei curioso para saber o que eu tinha falado tão engraçado assim.

Porém, não tive tempo de perguntar pois, logo depois de ter a crise de risos, ele abriu a porta e saiu.

— Hunm, até mais, Stiles. — Se despediu, dando uma piscadela com aquela tentação de olhos.

Fiquei aliviado de ter me livrado. Mesmo sendo um cara muito bonito, ainda gritava perigo em cada canto, e já tinha me ferrado demais por caras bonitos, talvez devesse ir atrás de pessoas mais normais, sem olhos claros, sorriso cafajeste, braços longos e fortes e tem aquele... Foco Stiles! Você é mais forte do que isso.

Sai do carro quando não via mais Damon em nenhum lugar. Ainda que pudesse me virar e ir embora, não tinha nenhuma vontade de lidar com Lidya no meu pé o dia inteiro reclamando. Seus gritos quase faziam meus ouvidos sangrarem, e não tinha nada haver com seus poderes.

O cheiro de álcool era tão forte que me sentia bêbado só respirando. Na casa todos dançavam ou se agarravam em todos os lugares, até em cima da mesa! Ainda bem que não sou eu que vai limpar isso. Ou talvez fosse se Lidya estivesse bêbada demais para lidar com isso antes que seus pais chegassem.

Será que era tarde demais para acabar com a amizade agora?

Sabia que sim quando vi Lidya correndo até mim completamente chapada, tropeçando nos móveis e rindo com isso.

— Finalmente chegou, tava quase para ir atrás de você. — Disse, me entregando uma garrafa de vodka. — Vem, vem, ele chegou. Ah, ele é tão gostoso Stiles!

— Mal posso esperar.

Passamos por vários corpos — vivos, porém, bêbados. — até chegamos no salão de festa que por irônico que pareça era o lugar mais vazio da festa. Talvez fosse pela música que tocava — A Thousand Years — , assim só tinha casais apaixonados dançando no centro, ou uns e outros nas mesas de comida.

Vou considerar uma vitória ser um desses que consegue comer em paz em tal ambiente meloso.

— Stiles, esse é Demon. — Falou Lidya me tirando dos meus pensamentos. — Damon, esse é o meu melhor amigo Stiles, ele não é uma gracinha?

— Sim, uma graça.

“Só pode ser brincadeira”

Na minha frente estava um Deus grego. Ou seja, um grande filho da puta.

Devia ter adivinhado que o amigo gato de Lidya deveria ser ele. Não tinham muitas pessoas novas nessa cidade, muito menos homens bonitos e que a Lidya goste — ou seja com caráter levemente duvidoso — e ainda tinha a crise de risos do outro.

Corromper-se na luxúria (Stamon)Onde histórias criam vida. Descubra agora