natal em vinil.

1.3K 148 34
                                    

Eles estavam na cozinha. Suéteres combinando e meias coloridas vestiam os seus corpos; a neve de dezembro caía gradativamente do lado de fora enfeitando o quintal com pequenos fragmentos em forma de cristais. Bengalas de açúcar sob o balcão e o cheiro de biscoitos de gengibre assando no forno inundavam todo o cômodo enquanto suas mãos trabalhavam juntas na massa do pão.
Risadas mais à frente podiam ser ouvidas, vez ou outra eles se olhavam e sorriam para aquilo; os olhos brilhando na mesma sintonia, mesmo depois de um ano os olhares apaixonados e sorrisos leves permaneciam em seus rostos como uma pintura.

— Amor, você checou os biscoitos? Não queremos uma segunda fornada queimada. – Frizou aquilo. O tom na voz tentando soar zangado não condizia com o canto da boca repuxado; havia uma covinha ali querendo aparecer. O dedo de Louis a pressionou, tão apaixonado.

— E é por isso que temos algo chamado temporizador. – Ele respondeu da mesma forma. Os cabelos bagunçados ainda tinham um toque de farinha por entre os fios, as mãos sujas com um pouco dela não se incomodaram ao pressionar os quadris alheios. A provocação fez com que a covinha ainda escondida fosse exposta.

— Nós tínhamos isso à dez minutos atrás quando a primeira fornada foi a ruína.

Louis quase não podia cogitar que àquele ser humano tão bom e gentil era seu. Seu namorado.

A ceia de Natal e aniversário nunca fora tão especial antes, quanto o que estavam vivenciando agora, uma bolha mágica de amor e a casa deles. Sim, deles. Tomlinson gostava da entonação disso, nossa, nossa.

O olhar apaixonado o denunciou e Louis formigou, as pernas bambas e o rosto meio rosado.

— A fornada. Tão, tão quente. — Apressou em se explicar e ouvir seu namorado humorado devolver com "Claro coisa bonita!" Ah.

— Você está bem- Louis pare de comer... Tantos. — Harry afastou a mão do namorado gentilmente, um olhar duro. — Eu estava falando!

Harry viu o homem piscar, daquela maneira lenta e mordiscar seus biscoitos bem na sua frente. Os lábios chamativos e bonitos. — Eu estava dizendo- Oh certo. Não, não. Pare com esses beijos... Ok! Eu amo você.

— Só me certificando, você sabe. – Ele deu um tempo, no entanto o nariz ainda tocava o pescoço cheiroso. — Eu também amo você- se ainda não ficou claro.

— Beijos na cozinha estão liberados agora? – A voz risonha de Summer soou no cômodo. O cabelo ruivo preso em uma trança, os traços de Harry todos presentes em seu rosto. E bom, os beijos não estavam liberados quando sua mãe a pegou dando eles à alguns anos atrás ali.

— Eu e Louis fazemos a cozinha funcionar. Danças e beijos estão liberados agora. – Ele replicou. O queixo bonito arqueado um pouco para cima, a expressão orgulhosa dançando em seu rosto enquanto Summer e Louis apenas riam da ousadia.

— Me deixe saber disso quando tiver um novo encontro. – Ela se aproximou. A fornada ainda quente chamando a atenção dos olhos, Harry precisava tomar cuidado se ainda os quisesse na ceia; Louis e Summer funcionavam bem como cúmplices. — Louis já acabou com todos os confeites?

— Ainda não. Harry têm me mantido longe deles. – Os lábios bonitos foram projetados para fora, funcionando como um ímã para os de Harry, que não deixou de os selar no mesmo instante. — É assim que ele me mantém longe. – Apontou, a risada do namorado enchendo o seu coração.

— Céus, vocês se tornam mais pegajosos a cada natal! – Exclamou. No entanto os olhos ainda brilhavam para a felicidade a sua frente. — Me chamem quando a mamãe decidir que é hora para comer. Eu e Augustine estaremos na sala buscando por jogos.

chestnuts & silver bells • l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora