Meu amor (Vitoriano)

1- mudança

Meu nome é Lilith, minha mãe Margô Campbell e meu pai Thomas Campbell se casaram e tiveram 4 filhos e eu como sua filha caçula e única garota.

Nossa família era perfeita mas infelizmente minha mãe faleceu devido a uma doença incurável quando eu tinha apenas 8 anos, desde então meu pai fez de tudo para que não faltasse amor a mim e aos meus irmãos.

Meu pai acabou de casando novamente com uma mulher que havia conhecido no exterior, ela era uma mulher doce mas quando meu pai não estava por perto ela mudava totalmente seu comportamento e tínhamos medo de dizer ao nosso pai sobre isso já que ele parecia feliz com o casamento.

Meus irmãos se casaram e seguiram seus caminhos, eu nunca acreditei que alguém poderia me amar da forma que queria ser amada, mas mesmo assim eu tinha uma vida normal.

Até que quando completei meus 20 anos meu pai me disse que havia feito um acordo com o irmão da minha madrasta e eu me casaria com o filho dele, eu fiquei assustada pois nunca pensei que ele faria algo do tipo e ao mesmo tempo eu teria que morar com um desconhecido e mal veria meu pai.

Eu tentei convencer ele a desistir da ideia mas parece que minha madrasta havia feito a cabeça dele e nada conseguia fazer ele desistir

Ele havia me dito que nós conheceríamos em 1 mês então passamos aquele tempo todo me arrumando para encontrar o tal garoto, eu nem sabia seu nome ou muito menos ela havia falado sobre ele alguma vez na vida.

Ela tinha um sorriso grande no rosto quando entrou no meu quarto com um vestido novo, mas ela não queria apenas me dar um presente, ela se aproximou por trás de mim e começou a pentear meus cabelos enquanto parecia ter algo em mente.

Lilith: você quer falar alguma coisa?

Mary: bom, vi que você não está muito feliz com o casamento.

Lilith: bom... eu nem sei quem ele é... como posso o amar?

Mary: meu sobrinho não é um homem tão difícil de conviver, você não precisa gostar dele, você vai viver normalmente mas com a diferença de estar casada.

Lilith: eu não sei... eu acho que ainda sou tão nova para isso tudo...

Mary: não, você tem a idade certa para se casar, vai poder ter experiências novas e ter sua própria vida assim como seus irmãos.

Lilith: você tem razão

Ela normalmente não é tão gentil comigo, ainda mais quando meu pai não está próximo, mas mesmo assim oque ela falou poderia ser verdade, talvez fosse uma forma de fugir dela assim como meus irmãos fizeram.

Se passou 1 mês então e finalmente estava a caminho de conhecer meu noivo, ele morava em outra cidade então a viagem foi longa e cansativa.

Assim que estávamos chegando eu vi que o local era enorme, a família dele parecia bem tradicional e não pareciam querer chamar muita atenção, mesmo sendo tão ricos.

Quando chegamos fui recebida por servos do meu futuro sogro que então parecia estar ocupado demais para me receber, eles levaram minhas coisas para onde seria meu quarto e , felizmente, iríamos dormir em quartos diferentes.

Uma serva ficou no quarto comigo assim que todos saíram, ela parecia ter a minha idade ou coisa do tipo.

Serva: senhorita, eu fui escolhida para ser sua serva pessoal e te ajudar a se adaptar na mansão, me chamo Eliza.

Ela parecia tímida e mal conseguia olhar para os meus olhos.

Lilith: Eliza, não tenha medo de mim, e por favor, me chame de Lilith.

Eliza: sim Senho- digo.. Lilith...

Lilith: sinto que poderemos ser boas amigas, pode me dizer sobre esse lugar?

Eliza: você não sabe?...

Lilith: não... é que... foi um casamento arranjado...

Eliza: pobrezinha... você é tão nova...

Lilith: você também é jovem, porque está aqui?

Eliza: e-eu precisava ajudar minha família com as despesas e esse emprego foi minha primeira chance então aceitei

Lilith: entendo...

Eliza: bom, então vou te falar sobre a família, por favor preste bastante atenção.

Lilith: certo.

Eliza me levou para uma caminhada sobre o jardim enquanto me contava sobre a família.

O pai do meu noivo se chama Daniel Martins, ele é um homem grosseiro e muito ganancioso, boatos dizem que ele se casou apenas para ficar com a riqueza de sua mulher, ele é um homem ocupado e odeia pessoas muito curiosas.

Minha sogra se chamava Bella, Eliza me disse que ela sempre foi uma mulher doce e que foi ela quem a deu o emprego, é uma mãe ótima e todos os empregados gostam muito dela, infelizmente parece que ela não está se sentindo muito bem para me encontrar.

E por final ela me falou sobre meu noivo, Victor, um garoto misterioso, raramente se escuta a voz dele e ele vive trancado no seu quarto ou fazendo alguma de suas atividades, é um garoto calmo e nunca o viram nervoso, dizem que a última pessoa que o viu nervoso perdeu seu emprego e caiu em dividas que devia a família.

Assim que ela me disse tudo isso eu fiquei nervosa.

Eliza: não se preocupe, vou estar te ajudando o tempo todo e você não ficará entediada comigo por perto.

Lilith: muito obrigada Eliza, espero que tudo dê certo.

Eliza: você é como a senhora Bella, e com certeza seremos amigas

Eu sorrio aliviada mas nossa conversa é interrompida por um servo que veio até nos duas.

Servo: senhorita, o senhor Victor está pronto para te encontrar.

Continua~...