2- meu noivo

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O servo me pediu para que o seguisse até uma sala onde meu noivo estaria, eu o segui mas estava muito nervosa e mal sabia oque dizer.

Quando chegamos na sala ele abriu a porta e eu entrei.

Victor estava de costas para mim e parecia estar procurando algo.

Lilith: me chamou?...

Ele se virou e eu consegui finalmente ver seu rosto.

Seus cabelos batia em seus ombros e eram brancos como a neve, sua pele pálida como um vampiro e tinha algumas pintas, seus olhos eram cinzas e pareciam ser frios, ele parecia um boneco de porcelana de tão perfeito que era.

Ele tinha uma expresso seria, apenas fez um sinal e a porta atrás de mim foi fechada, provavelmente melo servo que nos deixou sozinhos.

Ele se aproximou mais para me ver melhor e sua expressão mudou mas eu não entendi muito bem oque era, parecia curiosidade.

Victor: então você é a minha noiva...

Sua voz era calma, mas me deixava nervosa estar com ele em um lugar então desconhecido por mim.

Victor: sente-se

Ele se sentou em uma poltrona e eu fiz o mesmo com uma que estava em frente a ele.

Ele ficou me analisando por uns minutos e então quebrou o silêncio.

Victor: e qual é seu nome?...

Lilith: sou Lilith Campbell...

Victor: nome estranho... Você é uma bruxa?

Quando ele disse aquilo eu me senti um pouco ofendida, ele parece arrogante.

Lilith: oque tem de errado com meu nome? Acho totalmente normal...

Victor: porque você veio?... Não quero que fique no meu caminho... Eu não sinto nada por você e nada que você faça mudará isso... Esse casamento não é nada para mim...

Eu me assusto com o que ele fala mas mesmo assim eu preciso ter uma boa convivência com ele se realmente nos casarmos.

Lilith: eu entendo, eu também não queria fazer isso, mas imagino que poderemos nos dar bem em algum momento.

Ele desvia o olhar para a janela.

Victor: pode sair agora... Nunca entre no meu quarto ou tente me tocar... Você vai se arrepender se fizer isso...

Eu concordo e me levanto indo em direção a saída, eu realmente não quero ter problemas com ele.

Eliza: está tudo bem?..

Lilith: sim... Eu... Eu apenas preciso de um pouco de água...

Eliza me seguiu até a sala onde fiquei sentada enquanto ela ia buscar água para mim.

???: Então você é a garota...

Eu me virei para ver quem era e vi um homem alto e sério olhando diretamente para mim.

Me levantei rapidamente e cumprimentei meu sogro.

Lilith: é um prazer conhecer o senhor, eu me chamo-

Daniel: eu já sei seu nome, minha irmã disse tudo que eu precisava saber enquanto conversávamos pelo telefone, você já se encontrou com meu filho?

Lilith: sim senhor...

Daniel: ótimo, minha esposa quer te ver, você está pronta para a encontrar ou tem algum problema?

Lilith: n-não, está tudo bem...

Daniel: ótimo!

Eu o segui até um quarto, ela estava deitada na cama e parecia muito cansada.

Bella: querido, pode nos deixar conversando?

Daniel: sim, chame os empregados caso precise de algo..

Ele sai nos deixando sozinhas.

E então ela tem o sorriso mais doce que alguém poderia me mostrar.

Bella: você é uma garota tão linda, tenho certeza de que será bem vinda a família.

Lilith: obrigada senhora..

Bella: me perdoe por não poder me levantar e te abraçar, eu me senti muito mal durante essa semana e mal consegui sair do quarto.

Lilith: não se preocupe, você precisa descansar.

Eu me aproximei dela e a senti segurar minha mão de forma gentil.

Bella: eu sei que meu filho será feliz com você, espero que ele não tenha sido grosseiro, ele ficou nervoso com essa minha condição repentina, se ele tiver feito algo me diga e eu o direi para se desculpar.

Lilith: não se preocupe, ele não me fez nada

Bella: isso é ótimo, você será tratada como minha filha, eu te ajudarei no que precisar para se sentir bem em minha casa.

Lilith: muito obrigada, a senhora é um anjo

Bella: e você é uma jovem educada, a pessoa certa para o meu Victor.

Lilith: eu farei meu melhor para ser uma boa esposa, a senhora tem que descansar, se precisar de algo sinta-se livre para me chamar.

Eu me despedi dela e assim que sai do quarto Victor estava me encarando com uma expressão assustada.

Victor: oque você...

Ele me puxou para longe do quarto.

Victor: oque estava fazendo com a minha mãe?!

Lilith: ela apenas queria me conhecer, só isso...

Ele me soltou e arrumou seu casaco.

Victor: espero que não tenha dito nada... Ela está muito mal e não pode se estressar, os médicos disseram que ela pode não sobreviver...

Lilith: eu não disse nada a ela... Aliás eu não tinha o que dizer a ela...

Victor: nem sobre... Nossa conversa?

Lilith: aquilo não me incomoda...

Ele parecia se sentir meio mal pela forma que me tratou

Victor: minha mãe sempre me disse que queria me ver casado antes de morrer... E como ela pode não sobreviver eu acabei aceitando essa ideia de casar sem pensar muito sobre...

Lilith: eu sinto muito sobre sua mãe, tente não pensar no pior, ela vai melhorar e vai ficar tudo bem.

Victor: você não sabe! Apenas não estrague tudo! Eu não quero a ver triste!

Lilith: eu farei meu melhor.

Ele saiu andando e confesso que sua expressão nervosa é muito fofa.

A tarde foi calma e assim que jantamos eu não tinha mais o que fazer então fui ao meu quarto para desenhar em meu caderno que ganhei de presente do meu pai assim que estava vindo.

Ah pai... Como você faz falta... será que vamos nos ver em breve?

Eu me aproximei da janela e comecei a desenhar as rosas que tinham no jardim.

Assim que terminei eu tomei um banho e troquei para minhas roupas de dormir, me deitei e depois de um tempo tentando me acostumar com o lugar novo eu dormi pela noite toda.

Continua~

Meu amor (Vitoriano)Onde histórias criam vida. Descubra agora