Chego em casa e jogo minhas coisas no canto do quarto. Meu pai e minha mãe logo saem de casa para trabalhar, e eu por algum motivo começo a ficar ansiosa.
Talvez eu tenha uma ideia do porquê de eu ficar ansiosa, mas odeio admitir que é por causa deste motivo, então tento o excluir da minha mente. Mas fica difícil quando ouço o motivo tocando a campanhia da minha casa.
Desço para abrir a porta e a deixo entrar. Desta vez ela não está nada Julie, ela está Andrea, ela está tão Andrea que não se importa de entrar com um cigarro na mão na minha casa.
"Você bem que podia ser um pouco mais Julie agora não é?" Faço um sinal de desaprovação com a cabeça.
"Como assim ser Julie? Eu não sou duas pessoas Docinho, só me visto diferente quando estou com os amigos do meu pai."
"Se comporta diferente também," completo.
"Como se você não fizesse a mesma coisa," ela diz dando um longo suspiro. E logo em seguida apaga o cigarro e come uma bala de menta.
"Eu não faço isso, eu me comporto da mesma maneira com todos," digo a guiando ao meu quarto.
"Duvido muito disso Docinho," ela diz entrando no quarto logo atrás de mim, e fechando a porta. Ela olha ao redor e percebe que não arrumei meu quarto. "E seu quarto prova meu ponto.
'"Estou muito ocupada ultimamente Andrea, não tenho tempo para essas besteiras."
"Então por que continua saindo com a Helena?" Ela diz sarcasticamente.
Olho para Andrea tentando ficar séria, mas não posso negar que sua piada foi boa, então dou um sorriso 'falso' para ela. "Ha, ha, muito engraçado."
Eu vou até a minha cama e sento em cima dela com os cadernos para começar a criar este poema. Mas ao invés de Andrea me ajudar a fazer, ela fica dando voltas pelo quarto e olhando ao redor como se estivesse em outro mundo.
"Da pra vim me ajudar?!" A chamo.
"Eu já te avisei que não ajudaria."
"Então porque veio? Só vem logo Andrea, assim acabaremos isso mais rápido."
Ela não vem imediatamente até mim, mas não demora muito para se convencer e vir me ajudar. Ela se deita do meu lado e coloca um pé em cima do outro, e fica em silêncio, sem fazer nada. Essa não é bem a ajuda que eu esperava.
"Sobre o que vamos fazer?" Pergunto. Andrea não responde nada, só fica olhando para mim com cara de tédio. Não pergunto de novo, sei que não adiantaria.
Me concentro no caderno, procurando ideias na minha cabeça do que escrever, mas é impossível, quando ela não para de olhar para o meu rosto.
"Para com isso," digo ainda com os olhos no caderno.
"Isso o quê?"
"De me olhar, me incomoda."
"O fato de eu olhar para você te incomoda?"
"Sim." Olho direto para os olhos dela, mesmo que não tenha sido proposital, mas é impossível não olhar para esses olhos penetrantes.
"Então pra onde você quer que eu olhe?"
"Eu não sei, para qualquer lugar, para o caderno talvez, eu não sei, mas pare de olhar para mim," digo tão rápido que se torna inegável que estou ansiosa.
Andrea se levanta e se acomoda do meu lado. Ela apoia uma mão na cama, atrás de mim, e eu continuo olhando para o caderno, mas ainda consigo sentir seu olhos passando pelo meu corpo.
"E-Eu não tenho nenhuma ideia, nada vem a minha cabeça," gaguejo.
Olho para ela de canto de olho, e quanto percebo que sua mão vem até meu rosto, meu coração começa a acelerar, assim como minha respiração.
Sua mão chega gentilmente sobre meu rosto, e eu instintivamente me aproximo dela, e quando menos percebo, nossos lábios estão grudados um no outro, famintos.
Ela logo fica por cima de mim, passando a mão no meu cabelo e no meu corpo, beijando cada canto do meu pescoço.
"É melhor?" Andrea pergunta enquanto beija meu pescoço.
"O que é melhor?" Pergunto de volta com os olhos fechados.
"Melhor do que quanto está com a Helena" ela diz sem parar de me beijar.
Helena? Porque ela citou o nome de Helena agora? Não acredito que isso está acontecendo de novo, mas não importa o que eu pense, não quero parar agora.
"Como assim?"
"Apenas o meu beijo... é melhor do que quando vocês duas transam?"
Ela realmente está me perguntando isso? O que eu devo responder? Não tenho como responder, como posso falar sobre algo que nunca aconteceu?
"O- O que?" Me faço de desentendida, mas Andrea logo para de me beijar e olha para mim sério. Eu respiro fundo tentando me convencer de que nada disso está acontecendo.
"Não finja que vocês nunca fizeram isso," ela olha para mim maliciosamente, mas meu rosto já conta todos meus pensamentos. "Vocês já transaram não é?"
"Nós... eu..." meu cérebro trava.
"Lena, você é virgem?"
Minhas mãos estão suando. Tento fechar os olhos esperando que isso tudo vai passar, mas é a realidade.
"Droga Lena! Por que você não me contou isso antes?" Ela sai da cama irritada.
"Por que eu iria te contar isso? Eu nem me lembrava quem era você!"
Ela olha para mim como se tudo que estávamos fazendo fosse errado, e eu não posso falar que era certo, mas ao menos era bom.
"Não é assim que as coisas devem ser na primeira vez."
"Espera... você veio aqui esperando sexo? Foi pra isso? Você nem espera me ajudar pelo menos um pouco com o trabalho?"
Ela faz voltas até o quarto, então vem até mim é me olha como se eu fosse a pessoa mais inocente do planeta terra.
"Lena, acorda, ninguém vai na sua casa pra fazer um trabalho."
Olho para ela nervosa, e daí se eu ainda acreditava na humanidade?
"E qual o problema se eu sou virgem? Eu apenas não me sinto preparada para fazer isso com a minha namorada."
Andrea então muda a feição. Seus olhos percorrem suas lembranças, e já sei no que está pensando.
"Você parecia muito pronta para fazer isso na festa, comigo..." ela diz se aproximando mais ainda de mim, destruindo o espaço que tinha entre nós. "Você gosta disso não gosta? Você gosta quando eu te toco."
O que tem de errado comigo? Eu não estou pensando nenhum pouco em Helena, não estou pensando em mais nada que não seja as mãos de Andrea no meu corpo.
Continua...
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Diga meu nome (Rojascorp)
FanfictionLena sempre teve tudo o que quis, mas quando Andrea, a sexy garota chega a escola, ela percebe que, no final das contas não pode ter tudo o que quer. ... Lena tem quase tudo o que quer. Dinheiro, popularidade, beleza, e uma namorada maravilhosa, m...