๑ O Jantar

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O caminho todo foi tranquilo, exceto quando sua mente não parava de pensar em Sasuke. Observou que ele estava indo muito devagar para não deixar Hinata com medo, o que era bem fofo vindo dá parte dele. Se ele realmente gostasse dela, será que eles teriam uma chance? Será que poderiam começar algo sério? Hinata não sabia muito bem o que sentia ou deveria sentir em questão a essas perguntas que rondava em sua cabeça. Era bom não se precipitar, estava falando de Sasuke Uchiha um cara bonitão que não ligava pra os sentimentos de ninguém e que pegava a metade das garotas na escola Noha. De acordo com o que ela ouvia nos banheiros femininos e pelos os corredores.

Não era nada fácil tirar ele dá mente, não quando ele insistia em sempre está ao lado dela. Depois de muito tempo observando as ruas escuras somente com a luz dos portes refletindo o asfalto, percebeu confusa que Sasuke a estava levando-a há outro lugar e não a sua casa. Hinata deveria achar estranho e perguntar, protestar sobre o porquê dele ter mudado o caminho. Porém, não o fez. Não perguntou, ela queria mesmo ir para algum lugar com ele e, como se ele estivesse lendo a sua mente, eles se foram.

Agarrou a cintura de Sasuke, e ele deu uma pequena risada que com muita dificuldade Hinata ouviu. Ela poderia gostar de Sasuke, mesmo que talvez não fosse retribuída. Não importava, só importava o aqui e o agora.


[...]


O pneu da moto rasgou o asfalto em uma parada rápida e sem previsão. Hinata se esmagou nas costas de Sasuke, não esperando o freio repentino. O Uchiha não resmungou e não fez nenhum sinal que indicava uma insatisfação. Ao contrário, ele soltou um suspiro pesado enquanto parecia apreciava os peitos esmagados em direção as suas costas, mesmo com todas as roupas que os cobriam, ele sentiu algo quente e pesado. Porra, eram os peitos dela. Parecendo conhecer Hinata, logo viu ela corar e era lindo ver aquela pele pálida corando em um tom vermelho escarlate tão rapidamente, era divino.

Depois de Sasuke fazer um sinal com a cabeça indicando que Hinata descesse da moto, ele logo a acompanhou no mesmo gesto sentindo falta dos braços finos de Hinata o pressionando.

Quando a Hyuuga começou a observar o local onde Sasuke a tinha levado, agradeceu por não ser um bar cheio de pessoas com o estilo dele. Era uma praça gigante, tinha uma ponte cheias de laços amarrados nos seus braços de metal, embaixo da ponte tinha um lago que logo ia direto para uma fonte onde tinha uma estátua acima de um anjo com asas e segurando um arco e flecha nas mãos. Era um cupido, tudo estava brilhando e lembrou que onde estavam, era na praça de Paris. Engraçado como ela nunca queria ir a lugares românticos, principalmente aquela praça que gritava sufocante "O que uma adolescente solteira faz por aqui!!".  Porém, ela não estava sozinha. Claro que continuava solteira, mas estava com ele. Com Sasuke. Desta vez estava acompanhada.

Ela o olhou de relance se esforçando pra não sorrir ou rir da cara do uchiha. Nunca em sua vida pensaria estar em uma praça do "amor" justamente com uma pessoa - com Sasuke especificamente. Como o destino era uma palavra seca de pensar, esse momento poderia ser qualquer coisa menos destino. Hinata tentou colocar na sua cabeça que tudo aquilo tinha sido um acaso, um imprevisto e somente isto.

- Olha... - Não estava preparada para aquilo, seja lá o que ele estava tentando falar. E em meio as pessoas, as luzes e toda aquela sensação estranha que embaralhava sua barriga, ele continuou.

- Eu...Estava com fome. Tem um restaurante, por isto... - Por esse motivo que eles estavam ali. Quase se permitiu corar de constrangimento pensando outra coisa. Outra coisa bem pior que um simples jantar com um...Amigo?

Porém, algo vacilou na voz do Uchiha como se quisesse por mais palavras. Como se estivesse nervoso e quase contando um dos seus maiores secredos. Ela não tentou elaborar um resposta, mas ele nem sequer a perguntou nada. Hinata somente balançou a cabeça positivamente olhando ao redor admirada demais, esforçando-se para não encarar o Uchiha ao seu lado. Foi em vão já que sentiu um aperto quente que desconfigurou todos os seus sentidos. Todos mesmo. Onde sua mão vasta tocava seu pulso, desceu lentamente em meio a palma fria de Hinata. Expirando alternadamente o ar pelos pulmões, por conta do toque questionável. Esperando sentir menos calor, esperando sua frigidez constante chegar. Para parar toda aquela sensação quente, aconchegante e o pequeno sentimento de empatia e, as borboletas mal educadas e frenéticas em sua barriga. O coração ultimamente estava sem controle, sem nenhum domínio e batia descompassadamente e quando reparou suas mão já permaneciam entrelaçadas, com os dedos perfeitamente encaixados. Até parecia que suas mãos se entendiam. 

Reputation ( On Love)Onde histórias criam vida. Descubra agora