obsession with you - Miguel Cazarez Mora

02

  Assim que cheguei na sala, me sentei e pude ver que a minha situação não era as melhores só pela cara da velha.

- então - ela começou a falar - me explique o motivo da sua "visita"? - ela perguntou fazendo aspas com as mãos.

- não é óbvio? - falei sem paciência e ela me encarou.

- Roxanne você sabe que a sua situação não é boa, suas notas dimunuem a cada semestre e parece que você não está nem um pouco preocupada com isso.

- eu sei, eu.. - fui interrompida.

- Roxanne, eu sei que a falta da sua mãe pode te afetar de alguma forma.. - agora quem interrompeu foi eu.

- pode ir parando, isso não tem nada a ver com ela, eu vim morar com meu pai porque ela não era um dos melhores exemplos, e acho que isso ja é motivo o suficiente pra ela não me fazer falta!  - me exaltei, mas a mesma pareceu compreender.

- se é assim que você encara a situação tudo bem, mas não vamos tolerar comportamentos que não se adequão ao regimento escolar, incluindo dormir nas aulas.

- era meu horário de descanso, ok?

- sra. Ross não fazia meia hora de aula - a mesma disse suspirando.

- sabe como é né... - falei e percebi que ja estavamos quase a meia hora ali.

- eu não vou te dar uma advertência hoje porque estou de bom humor, mas que isso não se repita a partir de hoje - concordei com a cabeça, mas me fazendo porque sabia que não ia ser a primeira nem a última - pode ir, só não abaixa a cabeça que é perigoso você desmaiar.

   Apenas sai sem dizer nada, desci as escadas direto pro banheiro, me olhei no espelho e pude ver certas orelhas, mas não me importei muito, minha beleza continuava intacta, o que? autoestima é tudo hoje em dia. O sinal tocou anunciando a segunda de seis aulas, sem vontade nenhuma me direcionei a sala onde teríamos biologia, mas antes não pude deixar de ir falar com a Liargatixa.

- você tem bosta na cabeça? - eita como me ama.

- a única pessoa que tem bosta em alguma parte do corpo é aquele professor bafudo.

- eu não sei nem porque eu insisto - ela disse levando as mãos a cabeça - oqq deu lá?

- nada - falei - só os mesmos "conselhos" de sempre - digo com cara de tédio.

- menos mal - assim que  nos adentramos na sala de aula e nos sentamos uma ao lado da outra, só pra variar sabe.

  As aula se passaram sem muita novidade, quando nos tocamos ja era hora de ir embora, amém irmãos.

- meu deus, eu não aguentava mais eu ja estava queimando os meus neurônios - resmungou Lia

- você quer dizer, os últimos dois que sobraram né, au! - exclamo após ela me dar um tapa doido - quer passar em casa ou vai me abandonar o resto da tarde?

- vou la né, bater meu ponto de cada dia, aliás, tem comida? - a mesma pergunta?

- se for você perguntando, não - a respondo dando um sorriso cínico.

- rock, olha a sua amiga alí - a mesma disse apontando com a cabeça para Selena, a garota mais ridícula do colégio, bom é assim que se denomina a pessoa mais popular?

- amiga do seu.. - fui interrompida com uma buzina do carro do meu pai, que logo nos avistou e acenou com a mão para que fossemos até ele.

- olá meninas - o mesmo diz quando entramos no carro - como foi a aula hoje - assim que ele falou eu e Lia nos olhamos relembrando o acontecido de hoje mais cedo.

- foi ótima tio Ross -  Lia respondeu como se fosse a pessoa mais santa e angelical que houvesse.

- é Sr.Ross pra você querida - falo fingindo ciúmes.

- essa é a hora que a gente conta que ela é adotada? - Lia disse direcionando a cabeça para meu pai.

- poxa Lia, era segredo - ele diz.

- eu devo lembrar que eu ainda estou aqui? - os dois caem na risada - palhaços.

- podemos pedir pizza, TIO ROSS? - Lia perguntou e eu encarei a mesma.

- claro, sobrinha - assim que ele falou ja estavamos saindo da escola com destino a minha casa.

    Assim que chegamos lia fez o favor de se jogar na minha cama como se fosse a dela.

- pode ir saindo, você esta fedendo, no mínimo um banho você tem que tomar - falei para a mesma que logo jogou uma almofada em mim.

- essa cama ja fede naturalmente, e mesmo que si eu estivesse fedendo, não faria diferença.

- quando foi que eu ti dei liberdade assim garota? - acabamos rindo de tudo.

   Ja havia passado uma hora desde que chegamos, ficamos procastinando até que Lia resolveu falar algo.

- rock...- ela começou a dizer.

- não tenho dinheiro.

- eu não preciso amor - ela disse dando um beijo em seu ombro - mas não é sobre isso que eu quero falar, sabe estamos na época do halloween e sábado nós podíamos fazer algo né...

- como o que? - pergunto - beber sangue uma da outra?

- deixa de ser ridícula - ela exclamou - eu estava navegando na internet até que vi esse lugar aqui - ela me mostrou o celular - se chama horror nights, e eu fiquei sabendo que o Miguel.. - a interrompi.

- pode ir parando, quem é Miguel? o que eu quero com Miguel? - Lia tinha uma obsessão com esses tiozinhos, pra mim, fama era uma coisa passageira, são como supertissoes que você da a pessoa pra ver até que ponto ela vai com isso.

- rock mas é o Miguel, o Miguel cara!

- se você rodar o bairro tenho certeza que encontra uns par igual a ele - eu disse e ela me encarou - tá, mas e si eu quisesse fazer o favor ir, meu pai não deixaria bruxa, vai ser a noite certo?

- sim, mas hoje é quinta, em um dia e meio a gente arruma uma desculpa, fala que você vai dormir em casa e tals..

- não quero trair a confiança do meu pai natalia - eu disse séria.

- você não vai trair a confiança dele, só vai... omitir um passei legal na fazendinha de horrores - ela disse sorrindo e eu me rendi.

- ok, ok, eu vou, mas vamos pensar em uma coisa até lá.

- é por isso que eu gosto se você garota, você é fechamento truta - apenas ri, mas era uma mão na barriga e outra na consciência.

   O tempo passou e Lia resolveu dormir aqui, ja estava tarde e ja estavamos acomodadas para dormir quando eu apago as luzes e escuto um estrondo vindo da coberta.

- lia você peidou?

vale ressaltar que os primeiros cap eu preferi focar na rock pra no futuro tudo fazer sentido ;)