conflito no estacionamento. - kiribaku.

eijirou.

Eijirou Kirishima se sentia o homem mais privilegiado do mundo. Recentemente conseguira o cargo que tanto almejava a meses em uma das mais famosas e renomadas empresas de moda de Musutafu, cidade de Tóquio. Estava orgulhoso de si mesmo. Tinha lutado muito afim de conseguir esse emprego. Estudou com muito afinco por 3 longos anos na Universidade de Musutafu, aonde se destacava pela sua determinação e empenho, assim recebendo elogios e recomendações notáveis de seus superiores.
 
  De fato, Eijirou era um rapaz brilhante e muito determinado. E também muito desastrado.

  Tinha acabado de completar mais um dia de trabalho na SutaFass, que levava nas costas o peso e a honra de ser uma das maiores e mais conhecidas empresas de Design e Moda de Tóquio. O mesmo não via a hora de chegar em casa e poder contar todos os detalhes de seu dia para sua melhor amiga, Mina Ashido, que sempre acreditou muito na capacidade do amigo, estando ao seu lado em inúmeros momentos em que o mesmo sentia que nunca conseguiria, procurando passar-lhe algum conforto. Uma amizade de anos que surgiu ainda no ensino médio, e que continuava firme até os dias atuais.

  O rapaz dono dos cabelos escarlates, carregava um sorriso de orelha a orelha, a caminho do estacionamento da SutaFass que ficava poucos andares abaixo do Setor Principal da empresa. Um breve som indicava que o elevador de serviço havia chegado ao primeiro andar, pertencente ao estacionamento da empresa. Era uma fresca e calma noite de verão e uma leve brisa era capaz de se sentir vindo das áreas descobertas do estacionamento.

Olhou em volta por alguns instantes e logo avistou seu carro, qual ganhara a pouco tempo, surpresa de suas mães. Um Hyundai HB20 Vermelho, claro. Assim que entrou em seu carro, logo tratou de ligar o aparelho de som, qual automaticamente já estava conectado com a playlist favorita de Eijirou em seu celular. Começara a dar partida quando o som de "You Give Love A Bad Name" ecoou pelo ambiente trazendo para o rapaz mais ânimo e empolgação ainda, já que, Bon Jovi era com certeza uma de suas bandas favoritas de toda a vida desde que Kyouka, outra amiga,  lhe apresentou a banda alguns meses atrás.

  Se divertia imaginando baquetas imaginárias em suas mãos enquanto acompanhava a batida da bateria enquanto cantarolava o refrão da música animadamente. Estava distraído e tão entretido com a música, que foi quando dando a ré se pode ouvir um alto estrondo de algo caindo, chamando assim, a atenção do jovem que logo tratou de sair do carro com uma expressão um tanto preocupada em sua face, já imaginando o que teria sido.

Deu a volta até a parte traseira de seu carro, verificando se não havia ocorrido nenhum problema ou se não havia arranhado nada. Suspirou aliviado ao notar que estava intacto, mas seu contentamento foi embora em questão de segundos quando seus olhos miraram em um retrovisor caído e completamente aos pedaços poucos centímetros de seus pés.

-merda.

  Sentiu sua empolgação se esvair para fora de  seu corpo e se transformar em pânico na hora, havia praticamente destroçado um dos retrovisores do carro estacionado atras do seu. Olhou rapidamente para os lados verificando se não havia tido testemunhas. Não gostaria de criar um conflito com algum dos caras com qual trabalhava, mesmo que fosse por conta de um retrovisor quebrado. A maior parte, se tratavam de homens bem sucedidos e que facilmente poderiam acabar com a carreira de Eijirou com um estalar de dedos.
  Certo, a merda já estava feita. Sabia que precisava resolver aquilo como um adulto civilizado e responsável que era. Entrou novamente em seu carro buscando por sua mochila, afim de achar um pedaço de papel e uma caneta. Já com ambos nas mãos, um bilhete resolveu escrever e deixar para que fosse lido mais tarde pelo dono já que já estava ficando tarde, precisava voltar para casa, então, não poderia esperar o dono do carro aparecer.

"foi mal pelo acidente bro, não foi intencional. me liga para conseguirmos resolver isso. (xx)xxxx-xxxxx ".

  Posicionou o pequeno pedaço de papel entre os para-brisas do carro da outra pessoa e logo se retirou com cautela do ambiente, adentrando novamente em seu carro e dando a partida.

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