katsuki.

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  Katsuki Bakugou era, definitivamente, um homem elegante e ninguém poderia dizer o contrário. Sempre sendo visto trajando as melhores roupas e ternos, em especial, seus chapéus e boinas, tais quais eram mundialmente conhecidos e amados pelo público. De fato, eram peças únicas e feitas com muito esmero pelas mãos e supervisão do loiro. Mas, mais que elegante, era com certeza uma pessoa um tanto… exigente.

Bom, talvez "exigente" seria um eufemismo. Katsuki estava mais para um homem totalmente paranóico mesmo, principalmente quando se tratava de sua tão amada profissão. Tudo sempre precisava estar perfeito, simplesmente não admitia erros, fossem eles os mais simples, todas as suas peças deviam ser impecáveis. Um passo em falso, e tudo se romperia.

  Vindo de uma família respeitada de uma das partes mais distantes de Tóquio, o nome de Katsuki circulava pelos extensos corredores da SutaFass, todos o conheciam, respeitavam a ele e sua arte. Mas, também o temiam como profissional. Sua aura tinha tamanha presença e receber um de seus temidos olhares já tinha a capacidade de te deixar em pânico. Nunca foi lá uma pessoa muito paciente, mas, recentemente, com a chegada da nova coleção de verão, parecia que tudo testava sua sanidade mental, deixando o loiro mais irritado.

Se encontrava atualmente, em seu escritório no meio de uma reunião que, segundo Katsuki, já devia ter acabado. Ou sinceramente, nem começado. Shoto Todoroki era o filho mais novo de Enji Todoroki, um dos maiores fornecedores em parceria a anos com a SutaFass e recentemente ele e o loiro estavam trabalhando em um novo projeto inspirado na nova coleção de verão que Katsuki criara. Enji havia dado a ordem que Shoto deveria ficar em seu lugar cuidando de todas as demandas à respeito da nova coleção de Bakugou, assim obrigatoriamente, também sendo intimado a estar presente em todas as reuniões ao lado do loiro. Um verdadeiro desafio para Katsuki, que tinha que se esforçar muito para se controlar e não mandar Shoto para puta que pariu a cada 5 minutos. Odiava com todas as suas forças ter que trabalhar ao lado do "meio-a-meio de merda", como o loiro o chamava. Já passavam das 21h, e a única coisa que pensava era no quanto queria que o lustre de decoração acima da cabeça do Todoroki, simplesmente se soltasse do teto.

  - Bom, se minha análise estiver certa, já revisamos todos os mais minuciosos detalhes do contrato do projeto e também avaliamos todas as peças. Acho que podemos encerrar por hoje, Senhor Bakugou. - comentou Izuku Midorya, secretário de Katsuki.

  - Porra, finalmente! Não via a hora de ir embora dessa merda. - O loiro bufou entonando sua voz, se levantando e  assustando os dois à sua frente. Sentia que, se continuasse mais 5 minutos naquela sala, começaria a colapsar em desespero. Podia sentir seu sangue ferver toda vez que Shoto abria a boca para argumentar algo.

  Arrumou suas coisas, e não demorou muito para se encontrar no primeiro andar do grande edifício, aonde estava localizado o estacionamento da empresa.

Deu meia volta pelo grande espaço do local e logo avistou seu carro, caminhando até a parte traseira de seu automóvel quando, de relance, viu algo no chão. Um dos retrovisores de seu carro totalmente destruído a poucos metros de seus pés.

Naquele momento, provavelmente nem um vulcão em erupção ferveria tanto quanto Katsuki estava fervendo de raiva. Podia sentir sua cabeça latejando de dor de tanto ódio. Porra, havia acabado de terminar de pagar as prestações daquele carro, que tanto almejou em ter por meses. mentalmente xingava todas as gerações da família de quem quer que fosse que tivesse feito aquilo com seu carro.

Não lhe importava mais nada, nem o quão cansado estava. Seu foco estava completamente voltado na idéia de descobrir quem era o arrombado que havia quebrado seu retrovisor, e ele iria até o inferno para garantir que a pessoa morresse explodida de dentro pra fora. Ou que só pagasse o concerto de seu carro.

Respirou fundo, tentando ao máximo se acalmar, se agachando e pegando seu retrovisor que ainda permanecia no chão e colocando-o no banco de trás. Iria descobrir a qualquer custo quem havia feito aquilo e, para o alívio do loiro, sabia exatamente quem o poderia ajudar a obter essa informação.

conflito no estacionamento. -  kiribaku.Onde histórias criam vida. Descubra agora