𝐄𝐑𝐑𝐎𝐑, 𝐂𝐀𝐑𝐋 𝐆𝐑𝐈𝐌𝐄𝐒.

07

Summer Jenner.

Maggie disse que poderia ir até a rodovia a cavalo e avisar sobre o acidente de Carl, Sophia e eu pedimos a ela para que avisasse que estávamos bem e seguras na fazenda.  Ela voltou com Lori em seu cavalo, a mulher parecia tão assustada que também me assustou. A última vez que vi uma mulher com aquele olhar foi quando Candice morreu.

Ela desceu com dificuldade, seus olhos marejavam e exalava medo, mas mesmo assim ela veio com um sorriso nos lábios até mim e Sophia e nos abraçou com muito afeto. Lori era legal comigo, eu gostava dela também.

— Graças a Deus, vocês estão vivas! – beijou o topo de nossas cabeças, parecia um pouco mais aliviada mas eu ainda via seu desespero. Era algo que eu podia sentir.

Quando Lori me abraça e meu corpo toca o dela, eu pude ouvir todos os corações batendo, mas algo estava estranho, talvez seja a minha cabeça fazendo com que eu escute demais. Resolvo afastar meus pensamentos e focar no que acontecia, o assunto que realmente importava.

— Minha mãe está vindo? – Sophia perguntou, seus olhos úmidos e a voz estranha.

— E o Glenn? Ele vem também? – Me vi questionar. É estranho que eu me importe tanto com um civil como me importo com o coreano que me salvou da explosão.

Nossas vozes se misturavam uma com a outra em um turbilhão de questionamentos, não deixávamos Lori responder, então Maggie interviu nosso afobamento.

— Crianças, por favor!  –  Chamou alto, Sophia e eu nos calamos e olhamos para ela, que pareceu tão calma e serena que instantaneamente me aquietei. — Eu avisei sobre vocês para os responsáveis, não devem demorar a chegar, tudo bem?

Suspirei, Sophia concordou e juntas saímos andando para a ponta da varanda, me sentei no canto, encostada na parede, Sophia se acomodou  ao meu lado e encostou sua cabeça em meu ombro. Maggie indicou o caminho para Lori e veio até nós, ela se abaixou em nossa frente e respirou fundo.

— Sei que é chato ficar longe da família, também sei como é ver um amigo sofrer e não poder fazer nada para ajudá-lo a sair daquela situação, mas precisam confiar em nós para que tudo dê certo, tudo bem?

Sophia murmura um "tudo" e Maggie olha para mim, esperava a minha confirmação, bufo e balanço a cabeça para cima e para baixo, ela sorri e toca minha bochecha com carinho. Também gosto de Maggie, ela é doce e amável comigo.

— Certo, então eu vou ver o que acontece lá dentro. Se precisarem de alguma coisa não hesitem em chamar, tá bom?!

Maggie é legal, eu gosto muito dela, ela me passa confiança e faz com que eu me sinta bem. Não entendo como gosto de pessoas em tão pouco tempo de convívio, eu só... gosto. A verdade é que eu não entendo muita coisa aqui fora, é como um novo desafio que preciso enfrentar.

Fiquei ali com Sophia por um bom tempo, ela me contava uma história de uma princesa ruiva, me disse que seu nome era Merida, uma princesa linda, solteira, corajosa e um pouco rebelde, mas que a moral da história não era essa e sim a importância da família.