Capítulo 3

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AYLA MILANI

— Que tal esse? – Mari me apresenta o que parece ser o vigésimo vestido.

O meu guarda-roupa é bem limitado no que se refere à vestidos de festa. Como eu não frequento esses lugares, naturalmente, não possuo os trajes adequados. Por esse motivo, Mari me chamou para nos arrumarmos em sua casa, ela me emprestaria um vestido, já que diferente de mim, ela possui vários, e por sorte temos o mesmo tamanho.

— Não é decotado demais? – pergunto evasiva.

— Amiga, estamos ficando sem opções – diz com as mãos na cintura, já sem paciência.

— Só quero algo que seja menos revelador – comento.

— São vestidos de festa Ayla. O que você espera? Uma burca? Eu não tenho! – fala jogando as mãos no ar.

— Que engraçada Mariana – falo revirando os olhos – Tudo bem, então me ajude a escolher.

Mari passa o olho sobre os inúmeros vestidos espalhados pela cama e se estica para alcançar um
vestido no tom verde marciano de frente única e que aparentemente ficaria bem justo no corpo.

— Acho que este vai realçar a cor de seus olhos – Mari declara, estendendo-o a mim.

Realmente é um lindo vestido e na exata cor dos meus olhos. Eu somente o tinha vetado antes porque ele deixa as costas completamente expostas. No entanto, decido experimenta-lo de uma vez, já que estamos atrasadas.

— Ficou perfeito, Ayla! Você está uma gostosa – Mari diz com entusiasmo, admirando meu look

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— Ficou perfeito, Ayla! Você está uma gostosa – Mari diz com entusiasmo, admirando meu look.

— Igual você? – pergunto em tom de brincadeira, levantando uma sobrancelha.

Mari está linda, com o cabelo preso em um penteado despojado e um vestido curto azul royal de alcinha apertado no corpo, todo de paetê.

— Claro que não amiga, mas dá pro gasto – dá uma piscadela e nós duas rimos juntas.

— Mas sério, não acha um pouco aberto demais? Sinto que meus peitos podem escorregar para fora – falo receosa, fazendo com que Mari dê risada da minha cara.

— Ayla, isso não vai acontecer. Podemos ir? – fala impaciente.

— Tudo bem, então vamos – termino de falar e já começo a calçar minhas sandálias pretas de tiras e salto fino.

— Ótimo, vou chamar o Uber – diz prontamente, já pegando o celular na mão.

***

Chegamos no endereço indicado no GPS, que fica em um dos bairros mais nobres da cidade, e confesso que fico um pouco assustada com o tamanho da casa.

Logo adentramos o portão, que está aberto, e avistamos vários rostos familiares. A frente da casa possui um extenso jardim, com uma grama muito verde. Passamos pela porta de entrada, encontrando a sala de estar, impecavelmente decorada.

Cortando LaçosOnde histórias criam vida. Descubra agora