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13 de novembro
Novembro havia chegado e com ele as decorações natalinas iniciavam-se na grande e fria Nova York. As pessoas andavam apressadas para todos os lados, os pés pareciam flutuar no concreto da calçada, crianças brincavam entre corridas e pulos com seus bichos. As cafeteiras eram mais cheias que em outras épocas do ano, a cidade era ainda mais calma e os veículos desapareciam consideravelmente.
Em um estabelecimento específico, alguém pegava o café expresso, a fumaça aromática molhava levemente a ponta do seu nariz que antes estava gélido. Tomava caminho para casa, até lembrar do pedido da sua mãe. Entrou na loja que era frequentada por mulheres consideravelmente mais velhas, tentando olhar por cima dos ombros das figuras femininas entretidas em conversas exibindo sua futura compra, passou seus olhos pelos fundos da loja tentando encontrar os belos cabelos louros.
A mulher pareceu adivinhar a presença da garota e virou-se em sua direção sorrindo e acenando, a mais nova dirigiu-se até ela sendo recebida pelos braços calorosos daquela a quem considerava sua tia.
— Oi, meu amor. — Brie selou seus lábios quentes na testa da menina. — Veio buscar as coisas das suas mães? Sabe que o espírito natalino age na nossa família, então pedi para um táxi levar. Não quero você carregando sacolas na rua.
— Fico muito feliz por ouvir isso, tia. — S/n respirou aliviada.
A vida de s/n costumava ser intensa ao longo dos anos, dedicou-se ao estudo e agora trabalho. Tão nova e precisava administrar a empresa da família porque suas mães achavam conveniente ter lua de mel eternamente agora que seus filhos estavam crescidos. Era totalmente cansativo para ela, apesar da ajuda e apoio. Todos pareciam viver normalmente, mas não ela. Algo estava errado, fora do lugar, estava faltando.
S/n simplesmente estava esgotada durante os meses anteriores. O natal era a época em que tudo mudava, tudo tornava-se calmaria e conforto, seu trabalho excessivo passava disso para um descanso. Essa época, mudava seu coração para mais calmo e amoroso, todo estresse e raiva que sentia, sumia. A paz e empatia dominava todo seu ser e até mesmo toda sua família reunia-se e ficava ainda mais amorosa.
A sensação de leveza que s/n sentia a partir daquela manhã do penúltimo mês do ano, era ainda mais profunda que nos anteriores. Ela não via a hora em que suas pessoas favoritas chegavam, não via a hora em que veria a neve cair sobre seu corpo.
S/n andava na rua tão pensativa e feliz que nem sequer percebeu alguém caminhando distraída em sua direção até seus corpos colidiram violentamente derramando todo café na sua roupa. A preocupação de s/n com a pessoa que caiu no chão depois do impacto impossibilitou que ela sentisse o café queimando sua pele através da do tecido, suas mãos estenderam-se rapidamente tentando levantar a outra pessoa que tinha a cabeça baixa resmungando palavras inaudíveis enquanto olhava para baixo. A garota ergueu-se para levantar e s/n a auxiliou desesperada e culpada pelo incidente que ocorreu.
