Eu disse que iria cobrar uma rolada (mentalmente, mentalmente) do meu amigo como forma de pagamento depois que fizesse o favor que ele me pediu. Pensei nisso porque já faz um certo tempo que estava afim de pegar uma varrada dele e nada mais justo que ele me comesse em troca, e eu sei que ele nunca me daria senão cobrasse. Sou um bom amigo, mas não besta!
Brincadeiras à parte e tirando esse começo meio sem noção, confesso que faz um certos dias que estou sem sexo, então creio que seja por isto que estou apontando para todos os lados. Quer dizer, talvez eu peça mesmo uma bombada do Thomas outra hora - numa outra hora bem mais propícia que essa -, mas não hoje, porque a sorte sorriu para mim de um jeito esquisito. Não, Infelizmente não dei o cu hoje como eu tanto queria, porém conheci alguém que, se der tudo certo, irar me arrombar daqui há alguns dias.
Sério, a forma como conheci esse carinha foi bem inusitada. Foi tanto que resolvi escrever isso por aqui. Sou o tipo de cara que curte extravassar quando conhece alguém, mas não quero contar nada pra ninguém porque nada deu certo ainda. Aí, caso não role nada, seria chato mentir para quem confindeciei. Só rolou uma conversa, troca de número e uma promessa de um possível encontro se der tudo certo pois a gente vai trocar bater mais uns papos antes que role algo.
Tudo começou quando meu amigo (o que pretendia cobrar a pirocada, o Thomas) me ligou. Ele perguntou se eu poderia pegar uma pasta super importante na casa dele e entregá-la para ele lá na faculdade. Putz, nessa hora eu revirei os olhos, pois eu não queria ir: eu estava mó de boas na minha cama, escutando umas músicas e planejando qual série iria assistir mais tarde. Além do quê, estava fazendo um calor do caralho, então podem imaginar como eu fiquei quando ele me chamou, né?!
No fim, falei que ia - óbvio que ele implorou muito antes de me convencer totalmente. Antes de ir, tomei um banho rápido, depois fui até a casa dele. Eplicar toda a situação para a mãe dele (tenho quase certeza que ela tem um crush por mim) custou uns bons dez minutos. Após ela pegar a pasta e me entregar, fui correndo fui para o ponto de ônibus. A sorte do meu amigo é que qualquer um passa em frente da faculdade. O percurso é de mais ou menos uns quinze minutos.
Assim que o automóvel chegou, me encaminhei direto para fundo sem olhar para as pessoas que já estavam sentadas. Depois de me sentar confortavelmente na poltrona de couro, conferi a hora no celular. Era 14:30. Mandei uma mensagem para o Thomas, anunciando que já estava a caminho. Em seguida, mandei outra mensagem, perguntando onde a gente poderia se encontrar. O idiota me respondeu que era no bloco F, perto do refeitório. Fiquei irritado, pois não conheço muitos bem os lugares de lá. A UEPI é enorme.
Pensando nisso, respondi que seria melhor se a gente se encontrasse logo na entrada, pois facilitaria muito minha vida. O filho da mãe disse que não seria possível porque estava em aula e que não podia sair. Bufei nessa hora, finalizando a conversa com um "tudo bem, arrombado". Desliguei os dados móveis para poupar tanto a internet quanto a bateria, já que a mesma estava quase no fim.
Enquanto seguiámos o percurso, me recostei na poltrona e fiquei olhando pela janela as casas e as pessoas que passavam. Num dado momento, o ônibus parou para pegar outros passageiros. Olhei para frente, curioso, para ver quem entrava. Era apenas dois caras e uma mulher idosa. A senhora ficou num banco à frente e os dois caras vieram para o fundo, um sentando numa poltrona a frente de mim e outro ao meu lado. Eu trinquei os dentes para o que veio para o meu lado.
Depois de mais quatro paradas, enfim cheguei ao meu destino. Nessa hora, os dois caras se levantaram também, e, antes que eu pudesse sair da frente, eles se colocaram no meio. Revirei os olhos para o cara que estava na minha frente, incomodado. Eu encarei as costas magras dele enquanto esperava o da frente pagar e seguir seu rumo. Ele usava uma camisa de capuz cinza e vestia uma calça preta justa. Havia uma bolsa azul marinho em ombros. Acho que ele tinha 1.80 de altura.
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O Seguidor
Historia CortaVictor só tinha uma missão: entregar uma pasta super importante para o seu amigo na faculdade. Porém, depois de pedir ajuda para um carinha e após uma conversa um tanto constrangedora, o estranho faz uma proposta peculiar para o jovem.