O evento.

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Ei, gente!! Não sei escrever muito bem mas esse reencontro reviveu uma chama no meu coração, não tem jeito, jamais vou superar Girafa kkkkkkkkk. Essa história é totalmente ficcional, e não tem nenhuma intenção de forçar ou ofender nenhuma das meninas. Espero que gostem, deixem comentários. Aceito críticas mas também não fico calada (é meme). Boa leitura :)

11 de novembro de 2022.

Narradora

O sol brilhava pela janela em mais uma tarde fria de São Paulo. A concentração para a partida com destino a Caldas Novas no voo fretado pela Brahma ia se aproximando do horário juntamente com a – clara- ansiedade nos olhos de Gizelly. Qualquer mera expressão despertaria em Talles a inquietude de sempre, seguida de diversos questionamentos e uma possível briga. Era tudo que naquele momento a capixaba não queria. Seus pensamentos deveriam se desprender de suas ações. O quão cansativo isso soa? Brigar com sua própria mente para afastar toda e qualquer dúvida, ou melhor, toda e qualquer certeza. A certeza era tudo que ela menos desejava. Lidar com um universo alternativo criado pelo twitter mexe com a cabeça de qualquer um, mas convenhamos, o ano é 2022 e essa desculpa não cabe mais. Não depois de dois longos anos de idas e vindas de emoções, sensações e encontros quase secretos.

Talles por muitas vezes taxado de bobo, não era burro, percebeu o clima estranho em algumas poucas vezes que se encontraram. Aqueles olhos verdes quase perfurando sua pele com total desdém, não precisou de muito para montar o quebra cabeça. Por que motivo a amiga de sua namorada o olharia assim? Gizelly ainda tentava disfarçar, mas quase sempre era em vão. Desde então, a repulsa criada por seu namorado passou a se tornar verbal e motivo de gritos e acusações. O coração acelerava na possibilidade de demonstrar quaisquer vestígios de interesse ou olhares de admiração. Portanto cravou, não beberia nos dias do evento. A bebida entra, o desejo saí. Os olhos não mentem, os castanhos amendoados gritavam uma saudade, a saudade de toda história não contada, mas vivida e sentida à flor da pele.

No caminho para o aeroporto, Gizelly fitava o nada, havia pesquisado o perfil de Rafaella durante o dia buscando qualquer detalhe que indicasse que embarcariam no mesmo voo. Mergulhou em lembranças de um passado não tão distante e se perdeu no tempo, voltou à realidade quando sentiu um toque em seu braço e retomou a consciência da voz gaguejante que estava ao seu lado.

- Será que dá pra você pelo menos fingir que não tá assim por causa dela? -disse Talles.

O suspiro longo deixou claro a exaustão daquele assunto, daquele momento, daquela pessoa.

-Por favor não começa, 'tô indo trabalhar.

E o silêncio voltou a reinar, só parou de escutar a algazarra dos seus pensamentos no momento em que adentraram o aeroporto. Um grupo de pessoas tão diferentes entre si, cada um com sua particularidade, problemas, amores. Será que eles também se sentiam perdidos e vazios as vezes? Aquele buraco no peito parecia não ter fim. Cogitou muitas vezes dividir com os colegas que também participaram do programa, mas desistiu. A verdade é que Gizelly se isolava toda vez que se sentia fragilizada, era quase um padrão. Se afastava, se escondia. A fortaleza criada para lidar com tudo que passou vinha se desmoronando já há algum tempo. Talles se tornou um colete salva-vidas. No fim, ela sabia que ele estaria ali, talvez não por todo amor do mundo, bem sabia que ele amava se aproveitar e viver a vida boa que a capixaba proporcionava pela fama, mas e se tudo acabasse, ele ainda a amaria?

E mais uma vez mergulhou em incertezas, fechou os olhos e pediu a Deus para que essa viagem durasse pouco. Buscou com os olhos mais uma vez a imagem da mineira no avião e não encontrou, o sentimento de frustração atingiu. Talles por sua vez não deu uma palavra sequer após saírem do Uber, e a capixaba agradeceu mentalmente por isso. Abriu os olhos novamente quando Larissa Tomásia apareceu gritando com o bom humor de sempre. Se viu constrangida a interagir com a garota que sempre lhe tratou tão bem. A recifense acabou poupando-lhe os pensamentos, o que foi bom, já que a viagem transcorreu rapidamente.

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