Twice Love- Seddie - Completo

Capítulo Quinze.

Escuto alguém bater na minha porta e eu resmungo, odeio ter que levantar para abrir a porta mas ainda assim vou até agora.

Olho pelo olho mágico e vejo que é o Freddie.
Ele tem a chave, por que não abriu e me fez levantar?

- Por que você estar batendo na porta...

- Eu esqueci a chave. - Ele me interrompe me abraçando de uma forma longa e acolhedora mas depois ele se separa de mim e eu olho para ele que sorri feliz. - A Milicent disse que vai nos apoiar a partir de agora, eu estou tão feliz.

Já?
Eu achei que ela demoraria uns dias para falar com ele. Deve estar mesmo desesperada.

- Que bom né. - Digo fechando a porta.

- Não está feliz? - Ele me pergunta um pouco decepcionado. - Eu vim te contar assim que ela me disse, pensei que ficaria feliz por finalmente perdermos ficar juntos sem precisar pisar em ovos.

- Eu tô feliz. - Digo. - Mas ela só aceitou por que eu meio que obriguei ela a fazer isso.

Eu sei que prometi não contar nada pra ele, mas se o Freddie descobrisse e soubesse que eu sabia de tudo provavelmente vamos discutir e eu não quero isso. Não mesmo.

- Como assim? - Ele se aproxima de mim outra vez.  - Do que está falando?

- É melhor a gente conversar no sofá. - Digo e ele me segue até o sofá onde sentou do meu lado, longe o suficiente para me olhar. - Milicent me ligou hoje mais cedo me pedindo ajuda.

- Ajuda? Com o que?

- Ela estava na diretoria por que bateu em um colega. - Conto e vejo ele me olhar com preocupação e espanto. - Calma Freddie, eu já resolvi tudo por lá. - Seguro o seu braço.

- Não me mande ficar calmo Sam, Milicent nunca bateu em alguém antes, eu sei que ela tem um temperamento ruim mas todos os seus conflitos são resolvidos na base do diálogo e não com os pulsos, foi assim que eu criei ela. - Ele levanta. - Vamos ter uma conversa séria.

Droga.

- Você não pode contar a Milicent que você sabe, ela me fez prometer que não te contaria. - Fico na sua frente impedindo que ele passasse. - Se você contar ela não vai mais confiar em mim.

- Sam, eu não posso fingir que não sei. - Ele cruza os dedos. - Minha filha está batendo nas pessoas na escola, como pai devo conversar com ela.

- Eu sei que você é um bom pai, mas as vezes não fazer nada é a melhor opção. - Digo. - Por isso que a Milicent aceitou o nosso relacionamento, eu disse que se ela não aceitasse eu contaria para você.

Ele me encara pensativo e eu respiro fundo.

- Eu não estou contente com isso. - Ele diz. - Eu não acho que a violência resolva as coisas.

- É por isso que você apanhava na escola. - Digo e ele me olha sério.

- Você que me batia.

E eu seguro o riso. É verdade, eu fui muito cruel com ele por anos. Mas em minha defesa, eu era assim com todo mundo.

- Você pode não gostar mas é melhor bater do que apanhar. - Cruzo os braços. - Mas é sério, como você sabe Milicent não é uma valentona, essa foi a primeira vez e tenho certeza que vai ser a última, então podemos fingir que nada aconteceu?

- Mas...

- Qual é amor, o garoto era um imbecil que mereceu apanhar. - Digo me aproximando mais dele e coloco a minha mão no seu peito fazendo pequenos círculos. - Vamos esquecer isso. E agora ela não vai mais implicar comigo perto de você.