a viagem

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Enquanto saio do vilarejo Hoogle, temos os olhares de julgamento para a moça que eu acompanhava, mas mesmo assim decidi ir com ela.

Passando pelas fronteiras do vilarejo Hoogle, vejo um guarda com chifres longos dizendo:

— Foi uma boa escolha sair cedo deste vilarejo menino. 

Ignoro, pois eu estava ciente do tipo de atitude daquele Hoogle com chifres longos e com pontas iguais adagas. Logo parto daquelas terras com Líria para a floresta incandescente, onde a noite brilha em cor vivida com um cenário encantador, onde o sono não tem vez, onde as terras nos ajudam a manter a lucidez.

Seguimos em direção as terras do norte, onde Líria escutou rumores de um desaparecido que mexia com um livro imbuído de magia negra. Passamos muito tempo tentando achar o norte, paramos a oeste em um acampamento de humanos que estavam em expedição nos territórios dos goblins, em busca de cristais de fogo, onde sua terra Natal era o reino Zarth, lugar de onde veio os rumores do livro de magia negra. Um bom ponto para começar.

Falamos com o espadachim que liderava a expedição, o único que parecia que sabia o que estava fazendo.

— Líria você por essas bandas, a quanto tempo... — Risha fala com ânimo, mas logo se cala

— Mas que criança traz contigo

Risha parecia inquieto e queria saber o porquê de Aylo esta ali diante deles com a Líria.

— Este vai ser meu discípulo por um tempo. — diz Líria com um sorriso em seu rosto.

— Olha que surpresa desde quando a Líria a tiran... —sendo acertado com um soco no rosto.

— Passado deve se manter no passado Risha. —levemente alterada.

Vejo que os dois ficaram quietos durante um instante até que Risha da ordem de entrarem na caverna para procurar os cristais, grupos de sete.
— se dividam entre as três ramificações da caverna.

Um aroma diferente entrar no nariz de Aylo, o fazendo tremer.

— Esta sentindo, Aylo é o cheiro de morte que ecoa nessas cavernas.
— Você tem ótimos sentidos para conseguir sentir isso tão naturalmente, mas também se torna o que poderia lhe travar de medo, decidi nos juntarmos a esses brutamontes para lhe ensinar a não ter medo.
Adentrando na caverna, apenas alguns monstros de níveis mais baixos que os aventureiros ali presente aparecerão, nenhum problema até aqui.

Continuamos a descer as cavernas e o cheiro de morte avia aumentado mais que o normal, só havia duas explicações para isso. Uma horda de goblins superiores que mesmo estando um nível acima não deveriam ser problemas para nenhum dos brutamontes lá traz, ou um monstro nível superior chamados comumente de litch.

— Esperaremos e observaremos no que dá. —Diz Líria com um sorriso cético no rosto.

— Esta louca Líria, mesmo estando com vinte e três guerreiros e um pouco mais de cinco magos obrigatórios para missões assim, você mesma sabe que tem que reportar para o mestre. —Risha assustado a questiona.
— Não acha que seria suicídio Líria, você é boa, mas não é deus.

— Sim, você está certo mesmo sendo eu, não acho que eu vá conseguir segurar o que esta por ali. —líria parece estar sorrindo sem graça agora.

Saindo da caverna e dando uma última olhada para trás, Aylo inquieto a surpreende:

— Líria, realmente não quer ver o que é aquilo lá? Esta tudo bem mesmo deixar la no fundo, aquilo! —Aylo diz com um tom meio irritado.
— Consigo matar aquilo, mas não garanto que sairei ilesa, quer ir mesmo Aylo?

Após Aylo e Líria conversarem no canto, começaram a correr para dentro da caverna novamente.

Risha grita para a Líria não entrar, mas já é tarde demais para ela os escutar. Voltando ao ponto que partiram da última vez, calculava que teria cerca de quinze a vinte minutos até o grupo de Risha estar pronto para vir e chegar até aqui, então começamos a ir além do imaginável.

— E aí o que achou aylo, algo diferente?

— Não apenas mais algumas carcaças, mas tenho certeza que só viemos a cerca de setenta metros daqui.
— Algo está estranho, fique alerta com tudo.

Logo após essas palavras ecoarem pelo ambiente cheio de estalactites e rochas com sangue e um cheiro quase que podre, a presença quase que ameaçadora para Líria quase a fez cair de joelhos implorando por sua vida.

Aylo olhando com medo achando que não poderia ser verdade, o monstro que estava ali, em carne e osso, bem na frente dos dois, chifres afiados e com sangue, couro negro rígido, apenas usando uma bermuda feita de curo de zilbens.

Goblins dilacerados com tanta força que sua pele já não havia o verde. Imóveis se mantiveram até que quando o monstro começou a andar em direção a eles.
Com um machado feito de pedra e osso, o peso não parecia afetar o jeito no qual a criatura manuseava o machado, mas o que mais ficou marcado ali não foi o machado ou a força absurda.

 Mas sim o monstro parecido com um minotauro, um ser que deveria estar guardando um dos cinco portais das terras caóticas.


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⏰ Última atualização: Feb 26, 2023 ⏰

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