A volta do comendador do mundo dos mortos era para ser motivo de alegria, mas, o que era para ser bom, se tornou ainda pior. Mesmo depois de tudo que aconteceu, o homem se achava no direito de ditar regras. Tudo começou quando José Alfredo resolveu voltar a vida, a sua casa, a sua "família" e a sua rotina. Os filhos ansiavam por respostas, queriam entender o por que de tudo aquilo, o desgosto e a tristeza pairavam a vida de todos. Como desgraça pouca é bobagem, o homem resolveu levar a sua amante para morar na mesma casa que sua mulher e seus filhos. Aquilo com certeza foi a gota d'água. O comendador estava travando uma guerra com a sua família, poderia perder o amor dos seus filhos, mas jamais deixaria de satisfazer as suas vontades. Maria Marta já não tinha mais forças para brigar, todas as suas forças ficaram quando tentou sobreviver perante a morte do comendador. Mesmo sofrendo, sonhando com ele, ela precisava ser forte, por ela e pelos seus filhos. Uma parte de Marta havia sido enterrada junto com o comendador, e ela estava toda despedaçada, não tinha forças para travar mais uma guerra. Ela então resolveu se manter neutra perante a situação, fingia não ver a mulher transitando pela casa, evitava estar presente na mesa de café da manhã juntamente com todos, não almoçava, não jantava, e sempre quando queria fazer alguma refeição, Silviano levava até o quarto. Os filhos ficaram do lado da mãe, não conversava com o comendador e também fazia questão de ignora-ló sempre que ele tentava iniciar algum assunto.
Estavam todos a mesa de café da manhã, Maria Marta já havia tomado o seu café no quarto e foi para a Império. Os filhos jogavam conversa fora enquanto tomavam café, até que, o comendador chegou de mãos dadas com a mulher, sentou-se à mesa e serviu- se com o café.
- Bom dia a todos. - disse o mesmo levando a xícara de café a boca. -
- Se vocês me dão licença, perdi o apetite. - João Lucas colocou a xícara na mesa e levantou. -
- Espera, Lek. Vou ver como está as crianças. - disse Eduarda levantando e indo em direção ao marido.-
- Eu também estou indo. - Disse José Pedro.-
- Espera, Pedro. Quero carona até a império.
- Então vamos, Clara.
Todos se levantaram e deixaram o comendador com a amante na mesa. Ele não gostava de ser ignorado, não sabia até quando os filhos o trataria como se fosse invisível, mas, como ele não voltava atrás em uma decisão, ele iria até o final, mesmo isso lhe custando o perdão dos filhos.
- Zé, você não pode deixar os seus filhos te tratarem assim. Eles tem que entender que você é um homem bom, que você fez tudo pensando neles também. Eu não acho certo eles agirem assim com você. - disse a moça fingindo indignação.-
- Calma, Swet Child. Eles apenas estão agindo como crianças mimadas, mas já já isso passa. Estão em defesa da Marta, mas, vão acabar percebendo que, a atitude deles não vão servir de nada. Agora toma o seu café e relaxa.- disse o homem dando um selinho na mulher.Todos já estavam na empresa. Maria Marta estava ocupando a sala de reuniões, pois, ela ainda não tinha uma sala só para ela. O comendador chegou e foi direto para sua sala. Estava chegando o dia da festa da império, e a empresa estava uma verdadeira correria.
- Valquíria, você sabe se a minha mãe está na sala de reuniões?
- Está sim, Clara.
- Obrigada. Vou até lá.
A menina foi em direção a sala onde se encontrava a mãe e bateu na porta, tendo permissão, ela entrou.
- Aconteceu alguma coisa? - pergunta a mais velha.-
- Não, mãe. Só queria sua opinião para o desenho dessas joias que eu acabei de finalizar.
- Claro, meu amor, vem cá, deixa-me ver.
Com a morte do comendador, Clara e Maria Marta ficaram muito próximas, era lindo de se ver o relacionamento das duas.
- Nossa, Clara. São lindas, minha filha. Eu amei!
- Estou pensando em reproduzi-las já para a festa da império.
- Eu acho uma ótima ideia! Tenho certeza que todos vão amar. - Disse Marta super animada-
- Só está faltando as modelos, mãe. Ainda não conseguir ver isso. - a moça fez uma expressão triste.-
- Pode deixar que eu resolvo isso, minha querida. Tenho ótimos contatos, e, vou poder ocupar minha mente também.
- Obrigada, mãe.
- Magina.
- Mãe, você está mal com tudo isso, né?
- Isso o que, Clara? - a mulher fazia- se de desentendida.-
- Você sabe do que estou falando. Da volta do pai, da Ísis morando na nossa casa. Eu sei que você está mal com tudo isso, dá para ver no seu rosto.
- Clara, minha filha. Seu pai já me fez sangrar tanto por dentro, isso é só mais uma tarefa para a listinha dele. Se fosse em outros tempos, com certeza eu já teria quebrado aquela casa inteira com ele e com aquela menina dentro, mas hoje, hoje não. - riu sem humor- Quando o seu pai "morreu", eu praticamente morri junto com ele. Meu coração foi enterrado junto com ele. Você sabe de como eu sofri, de como eu pedi para que aquele pesadelo acabasse, mas, quando finalmente eu achei que tivesse acabado, ele estava apenas começando. Eu não quero mais brigar, não quero mais sofrer pelo seu pai, nossa história já acabou a muito tempo. Eu nunca aceitei que nosso casamento só existia perante um papel. Muitas vezes, eu tentei me enganar, pensando que ele ainda me amava, mas hoje, hoje eu me pergunto: - será que ele já me amou um dia? Eu sempre amei o seu pai acima de tudo e de todos. Mas eu preciso me amar primeiro, pensar mais em mim, em vocês, nos meus netos. Estou sofrendo sim, mas nada do que eu já não esteja acostumada.
- Não gosto de te ver assim, mãe. Você não merece sofrer tudo isso por causa dele, não é justo.
- A vida não é justa, Maria Clara. Mas, mesmo assim, temos que aprender a seguir em frente. Não conseguimos seguir a nossa vida sem o seu pai? Por que agora seria diferente?
- Eu sei, mãe. Mas nunca vou me acostumar com essa ideia. Você sabe como não suporto aquela menina, se eu pudesse, eu arrancava ela pelos cabelos e a colocava para fora de casa. - disse Clara com certa irritação.-
- Calma, minha filha, é tudo questão de tempo! Depois da festa da império, estou pensando em passar uns dias em Petrópolis, se você quiser ir comigo, será muito bem-vinda. E só você sabe disso, não comenta com ninguém, por favor.
- Mãe, você vai mesmo se exilar por causa do pai?- diz preocupada-
- Não é por causa do seu pai, mas sim, por minha causa. Esse tempo vai me fazer bem, vou pensar em minha vida, vou cuidar de mim, e, assim que eu estiver recuperada, eu volto.
- Mãe, você tem certeza disso?
- Tenho sim, Clara.
As duas foram interrompidas por batidas na porta, tendo autorização para entrar, a mulher entrou:
- Dona Marta, o comendador está esperando vocês na sala dele para a reunião. - diz Valquíria.-
- Mas as reuniões sempre acontece aqui, por que será lá? - Clara pergunta confusa. -
- Não sei, dona Clara. Ele só deu ordem para que eu viesse chamar vocês, já estão todos lá.
- Ok, já vamos. Obrigada, Valquíria.
A mulher se despediu e saiu.
- Melhor irmos, antes que o comendador se estresse. - diz Clara rindo. -
- Vamos.
As duas se abraçam e vão até a sala do comendador. Chegaram e nem bateram na porta, só entraram.
- Até que enfim, né? Ia começar a reunião sem vocês. - disse o comendador impaciente.-
As duas só ignoraram a fala do homem.
- Vamos logo, precisamos decidir sobre a festa da império. - o comendador estava apressado-
- Não tem muito o que conversar, praticamente todas as coisas já foram decididas, só você que não está a par de tudo.- Maria Clara-
- Como não estou a par de tudo? Eu sou o dono disso aqui, deveria ser informado de tudo que acontece.- disse o homem em tom de irritação.-
- Ninguém mandou ficar brincando de morto e vivo.- debochou Clara.-
- Maria Clara, eu exijo respeito! - as feições do comendador mudaram rapidamente, estava explícita sua cara de nervoso- Ninguém estava brincando de morto e vivo, eu fiz tudo isso para salvar a nossa empresa.
- E fracassou! Por que a império vai de mal a pior. - debochou novamente-
- Clara, a império está com falta de dinheiro, por que, usamos o único que tinha para enxotar o Maurílio daqui. Mas já já isso será resolvido. Sei que, com a festa da império, tudo voltará aos eixos. - disse Cristina.-
- Ninguém pediu a opinião da defensora preferida do comendador.- a fala da menina era banhada em deboche.-
- Vamos parar com isso agora. - gritou o comendador- Clara, eu exijo que você me respeita e respeita sua irmã.
- Respeito se conquista, comendador, e a única coisa que você tem conquistado nos últimos tempos, é, desprezo e raiva! - disse a menina. -
- Clara, minha filha, por favor. Eu entendo sua raiva, você está no seu direito, mas, deixa para outra hora, vamos resolver logo as coisas da festa, que é muito importante. - disse Marta. -
- Obrigada, Marta.- disse o comendador-
- Não agradeça, não estou fazendo isso por você.
- Tá bom, gente. Vamos voltar ao que interessa.- Cristina cortou a discursão.- O que resolveu das modelos?
- Irei ficar responsável por essa parte. Não precisa se preocupar.
- Ótimo, dona Marta. E as joias, Clara?
- Está tudo sobre controle, querida irmã. - ironizou a menina- acabei de finalizar as últimas joias, minha mãe aprovou, então, será lançada juntamente com as outras.
- Que maravilha! - disse Cristina.-
- A questão da recepção, das comidas e entre outras questões, não precisamos nos preocupar, fica por conta da Beatriz e do Cláudio.
- Acho que não tem mais o discutir. - Fala João Lucas.
- Declaro reunião encerrada. - disse o comendador-
Todos se levantaram e seguiram para seus afazeres, até que o comendador chama Marta:
- Marta.
A mulher parou onde estava e olhou para trás, com a feição de quem dissesse: "- que foi?-" .
- Será que poderíamos conversar?
- Não temos o que conversar, José Alfredo.
- Da minha parte temos, por favor, sente-se.
A mulher virou os olhos em forma de impaciência e sentou em frente a mesa do mesmo.
- Diga rápido, tenho coisas mais importantes para fazer.
- Marta, eu sei que vocês tem motivos para estarem chateados comigo, mas eu gostaria que você conversasse com os nossos filhos, e, pedisse para que eles voltem a conversar comigo, ou, pelo ou menos, não me ignorem.
- Eu vou fingir que não estou escutando isso. Isso só pode ser mais uma brincadeira ridícula da sua parte.- a mulher fez uma expressão de incrédula-
- Por que estaria? Estou falando sério.
- Para de ser ridículo, José Alfredo. Você acha mesmo que vou conversar com nossos filhos sobre esse assunto? Você está apenas colhendo o que você plantou. Quando você foi pensar em fazer o que fez, você deveria ter pensado nas consequências, e, se não pensou, problema seu. O desprezo que os seus FILHOS estão tendo por você, é fruto das suas ações. Se você tivesse muito preocupado com o amor deles, com a atenção deles, você não teria trago aquela vagabunda pra dentro da nossa casa. Já não basta a falsa morte? A dor de um luto que jamais existiu? - a mulher estava indignada com o pedido do comendador.-
- Então o problema é a Ísis? Por isso você não irá me ajudar?
- É óbvio que o problema é a Ísis, mas quem dera que ela fosse o único problema! Eu acho que você ainda não entendeu a gravidade do assunto, José Alfredo, mas faço questão de lembrá-lo. Você fingiu uma morte por meses, enquanto eu, os seus filhos, estavam sofrendo pela sua morte, você estava se esfregando com a sua amante. Até a sua filha bastarda sabia que você estava vivo, ela também viu o nosso sofrimento e simplesmente não ligou. Você acha mesmo que iríamos te perdoar? Ok que você não está nem aí para meu perdão, você nunca ligou para mim, agora não seria diferente. Mas você deveria ligar pelo ou menos pelo perdão dos seus filhos, que são sangue do seu sangue. Mas você não ligou, como sempre, só pensou em você. Então, assuma suas responsabilidades, querido.
- Isso é dor de mulher trocada, Marta? - debocha ele-
- Vai pro inferno, José Alfredo. Você acha que a minha vida gira em torno da sua? Antes eu poderia dizer que sim, mas Graças a Deus eu me toquei, hoje, eu penso em mim. Quantas vezes você me traiu com um bando de vagabundas, eu sempre fingindo que não estava vendo, para não sofrer mais, e você acha mesmo que vou me vingar por conta da Ísis? Se eu quisesse vingar de você por causa dela, vingaria assim que descobri a traição, agora você acha mesmo que eu iria perder meu precioso tempo agora? Me poupe.- a mulher levantou e ameaçou sair-
- Marta, volta aqui. Isso não é bom para nós, para nossos filhos e nem para a empresa.
- Pensasse nisso antes. - a mulher saiu deixando o mesmo sozinho. -
- Shit, que mulher difícil. - esbraveja o mesmo.-
Maria Marta foi até a sala de reuniões, pegou sua bolsa e deu um recado para Valquíria.
- Valquíria, eu não volto para a império hoje, se por acaso acontecer algo e for urgente, peça para ligar para minha casa ou para o meu telefone.
- Sim, senhora.
A mulher saiu da empresa, Brigel já estava a postos esperando pela mesma. Ela então entrou no carro e deu autorização para o motorista ir para casa. Sua cabeça parecia que ia explodir de tanta dor, ela só desejava chegar em casa, tomar um bom banho, tomar um dos seus calmantes e dormir por três dias consecutivos.
- My lady, tão cedo em casa, aconteceu alguma coisa? - pergunta o mordomo preocupado.-
- Aconteceu, Silviano. Maldita hora que aquele comendador de Shit resolveu ressurgir dos mortos! Prepare um banho bem relaxante para mim, separa os meus calmantes, e, não estou disponível para ninguém hoje, somente se for importante.
- Sim, senhora.
A mulher então subiu e foi em direção ao seu quarto, ao passar pelo corredor, escuta a voz de Maria Ísis conversando no telefone com a mãe. Como aquela voz irritava Marta, ela não sabia mais ao certo o tamanho do seu ódio, mas, clamava aos céus insistentemente para que aquele pesadelo acabasse. Ela entrou para o quarto, tirou suas roupas, e vestiu um hobby, deitou na cama e esperou com que Silviano terminasse de preparar o seu banho.
Enquanto estava deitada, ela pensava em como sua vida mudou. Pensou que poderia ter casado com um homem a sua altura, que lhe valorizasse, que a amasse de verdade, e que, daria o mundo para ela se fosse preciso. Para ela, a única coisa boa que teve em casar com o comendador, foi os filhos. Para ela, era a única coisa que a fazia ser forte. Até que seus pensamentos foram interrompidos por Silviano.
- Madame, o banho está pronto!
- Ah, Claro. Obrigada, Silviano.
- Precisa de mais alguma coisa, senhora?
- Não, obrigada. Se eu precisar, eu te chamo.
O mordomo pediu licença e saiu. A mulher pegou o celular que estava no criado mudo do quarto e foi em direção ao banheiro. Ao entrar na banheira, sentiu seu corpo relaxar. Estava tirando toda a tensão que seu corpo tinha naquele momento. Pegou o celular e discou um número já conhecido por ela.
- Minha tia, que surpresa agradável!
- Como está, minha querida?
- Estou bem. Morrendo de saudades! Que devo a honra dessa ligação?
- Preciso que você venha para o Brasil, antes mesmo da festa de lançamento da império.
- Para o Brasil? Se o comendador me pega aí, ele me mata.- gargalha a mulher do outro lado da linha.-
- Não precisa se preocupar com o comendador, não confia na sua tia?
- Claro que confio.
- Pois então, quero que você venha ainda essa semana.
- Fico por quanto tempo?
- Tempo indeterminável, minha querida.
- Que maravilha! Estava com saudades do Brasil. - disse a moça empolgada.-
- Mais uma coisa, eu quero que você traga as melhores modelos possíveis.
- Para desfilarem na festa da império?
- Exatamente. Confio no seu bom gosto, querida.
- Pode deixar, não irá se arrepender, minha tia.
- Sei que não. Assim que chegar ao Brasil, me avise por favor.
- Claro.
- Au revoir, mon cher.
- Au revoir, ma tante.
A mulher desligou o telefone e foi relaxar. Ficou lá por algum tempo, depois, trocou de roupa e foi ler seu livro. Estava tão atenta que nem viu a hora passar, foi desperta da sua leitura pelo choro dos gêmeos. Ela então colocou o livro sobre o criado mudo e foi até o quarto dos meninos. Chegando lá, a babá estava tentando acalma-los.
- O que está acontecendo? Por que eles estão chorando desse tanto? - pergunta Marta preocupada-
- Não sei, dona Marta. Eles estavam quietinhos dormindo, e, do nada começaram a chorar.
- Tenta acalmar a Martinha que eu tento fazer o Alfredinho dormir. - diz a mais velha-
- Sim, senhora.-diz a mesma indo até o berço e pegando a menina.-
- Que foi, meu amor? Conta para a Marta, o que você tem? - ela falava com uma vozinha fofa enquanto ninava o neto- O que você está sentindo?
Eles não paravam de chorar, e, já incomodado com o barulho, o comendador foi até o quarto dos gêmeos para saber o que aconteceu.
- O que está acontecendo aqui, Marta? Cadê a mãe dos gêmeos? - pergunta o comendador preocupado-
- Saíram para jantar. - foi ríspida ao responder-
- E deixaram os dois aqui sozinhos? Que irresponsáveis!
- Não estão sozinhos, a babá está aqui e eu também. E não são irresponsáveis, são pais mas também são um casal, precisam cuidar do casamento para que não acabe fracassado assim como o nosso. - a mulher já estava irritada.-
- Ah, Marta.
- Se você não vai ajudar, não atrapalha.
- O que você quer que eu faça?
- Pega a Martinha da babá e tenta acalma-la.
A babá entrega a menina para o avô.
- Pode descer, tomamos conta a partir de agora.
- Tem certeza, dona Marta? - pergunta a babá-
- Tenho sim, pode ir querida.
A mulher então saiu e deixou os avós com as crianças.
- Calma, meu amor, a Marta está aqui com você.-ela acalmava o neto-
De acordo ela ia ninando o menino, ele começava a ficar sonolento e estava quase pegando no sono. Assim que ele dormiu, ela colocou ele no berço.
- A Martinha dormiu, Zé?
- Sim.
- Coloca ela no berço então.
- Vou colocar e vou voltar para o quarto, a Ísis acordou e ficou um pouco estressada com o choro dos gêmeos.
- Problema é dele, ela tem que entender que você tem netos, e seus netos são prioridade, em uma casa com criança, e, não tiver choro é meramente impossível, né? - diz a mulher com raiva.-
- Tá bom, Marta, não começa.
- Vai a merda, José Alfredo. - diz a mulher se retirando do quarto dos gêmeos.-
Marta voltou para seu quarto, tomou seu remédio, deitou na cama e pegou no sono.
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Corda bamba da insanidade
FanfictionA desconfiança pode trazer sérios riscos. Só o amor não é a base de tudo. "Não, o amor sabe tanto quanto qualquer um, ciente de tudo aquilo que a desconfiança sabe, mas sem ser desconfiado; ele sabe tudo o que a experiência sabe, mas ele sabe ao me...