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Eu me virei para trás lentamente e vi todos os professores.

- Nos conte S/n. - Sanzu cruzou os braços.

- A-A aula já vai começar. - eu dei passos para trás enquanto coçava a nuca e bati as costas no peitoral do Haruki, e o olhei.

- Chega de graça, S/n. - Haruki disse com a expressão séria.

- Eu-

Fui interrompida por Sanzu me puxando brutalmente até uma sala na qual estava escrito " Não entre " todos os professores e o Haruki entraram também.

- Conte agora. - Sanzu me colocou contra a parede.

- Eu vou contar. - engoli seco e comecei a contar, talvez não haveria problemas.

...

Fuyu Nishida é o meu pai. Minha mãe engravidou por acidente na sua adolescência, ela tinha por volta dos dezessete anos e o meu pai também. Ele era líder de uma gangue na época, eu sempre presenciava cenas dele e da minha mãe brigando por conta disso. Ele chegava machucado quase sempre. Em um certo dia ele disse que iria enfrentar a sua maior gangue rival e no ano em que isso ocorreu eu tinha oito anos.

- Papai, onde o senhor vai? - eu o olhei.

- Eu voltarei logo, pequena. - ele afagou meus cabelos. - Beijo. - deu um beijo no topo da minha cabeça e saiu.

Eu estava sozinha em casa, a minha mãe estava trabalhando.

Eu fiquei assistindo televisão e quando eu estava quase pegando no sono, eu ouvi altos barulhos de tiros.

Eu me levantei do sofá, coloquei os meus chinelos e abri a porta.

Eu olhei para os lados e continuei ouvindo barulhos de tiros, então sai para o lado de fora e fechei a porta.

Já era tarde da noite e eu descobri da onde vinham esses barulhos.
Eu cheguei em uma rua fechada e vi alguns caras jogados no chão em volta de poças de sangue

Eu me aproximei e me escondi atrás de um carro observando tudo.

Eu vi o meu pai atirando em um cara e sangue voando para todos os lados.

Eu olhei mais uma vez e eu simplesmente me arrependi amargamente.

Eu vi um tiro pegando no peito do meu pai o fazendo cair no chão.

- Paai! - eu gritei assustada e corri até ele. - P-Pai... - as lágrimas escorreram pelo meu rosto.

Nenhum deles pararam de brigar,  os tiros eram tão altos que eles provavelmente não me ouviram.

Um cara da gangue que meu pai liderava segurou o meu braço fortemente e me tirou dali.

- S-S/n, o que faz aqui?! - ele me segurou em seu colo.

- O-o meu pai... - eu disse soluçando.

- Merda. - ele saiu dali comigo nos braços e me levou até em casa.

- S-S/n? - a sua mãe perguntou em um tom de preocupação ao ver você entrar.

- M-Mãe... - ela me pegou nos braços.

- Oi, S/m. - ele a cumprimentou.

- O-O que aconteceu? Onde vocês estavam?

- O papai... - seus olhos estavam marejados. - O papai levou um tiro!

- O que..?

[ . . . ]

- E ele não resistiu . - meus olhos estavam marejados. - Depois disso a minha mãe sempre me disse que gangues não são boa coisa e que eu devia ficar longe dessas coisas para não ter o mesmo fim que o meu pai. - uma lágrima escorreu pelo meu rosto.

_𝑩𝑶𝑵𝑻𝑬𝑵 ᵗᵉᵃᶜʰᵉʳˢOnde histórias criam vida. Descubra agora