As vezes, eu gostaria de ser menos "eu"
Não sei ser menos intensa
Nem sei transbordar menos
É tudo extremo
sempre
E meus extremos me matam
Todas as vezes
Buscando e analisando cada brecha
Esperando pela oportunidade de explodir
Uma explosão que nunca é bonita
Nunca foi admirável
Se tornando um misto de tinta e sangue,
Ossos e pincéis,
Asas e chão
Muito chãoÉ a queda.
Ela dói, me rasga o peito, destruindo todos os vestígios do que fui, do que tentei e poderia ser.
Ela arranca todas as minhas máscaras, estraçalha e arranca os disfarces, fantasias, esconderijos e mentiras.
Me despindo por completo e me jogando nos braços de meu pior inimigo
Me pondo frente à frente com ele
Numa conversa agressiva, dolorosa e sincera
Eu mesmo.
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entrelinhas e abismos
PoetryEntre a linha do estar e ser cabe muita coisa. Morte, cor, dor, vida... O quanto de mim existe no abismo indecifrável das palavras? No final, quem determina toda a história são as palavras não ditas. (conjunto de textos e poemas desconexos-interli...