3. DESPERTAR

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Olá amores, desculpa a demora... Tive um leve incidente com meu notebook e como não tinha nada salvo na nuvem perdi todos os capítulos e por isso tive que reescrever. Acabei esse agora e já estou postando aqui para vocês.

Obrigada e boa leitura.

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Abri os olhos vagarosamente, pisquei algumas vezes por causa da claridade que incomodavam muito. Senti meu rosto quente por algumas lágrimas que desciam ali, a realidade bateu com tudo sobre minha alma.

Avistei meus pais sentados no sofá ao lado, estavam vendo alguma coisa em uns papéis e não pareciam preocupados. Será que eu dormi por muito tempo?

- Mãe, pai...

Eles me olharam rapidamente e abriram um sorriso enorme de ponta a ponta.

- Como você está princesa? - Disseram em uníssono.

- Vocês que tem que responder isso. - Todos nós rimos daquilo.

- Você está sentindo algo? - Minha mãe me perguntou apertando minha mão.

- Fome, sede, vontade ir pra casa.

- Nenhuma dor?

- Não pai. Vão me dizer como eu estou?

- Não foi nada sério. Apenas um tiro de raspão, um raspão quase certeiro já que você sangrou.

- E por que eu apaguei sem eles me dar sedativo?

- O médico disse que o seu desmaio foi causado por estresse emocional.

- Ele nos indicou uma psicóloga.

- O que mãe? Psicóloga por causa de um tiro que não me acertou? - Falei indignada.

- Não Luiza. - Falou meu pai com um tom de voz séria.

- Não é só por causa disso querida. Você tem andado desolada, não come nem bebe.

- Você sabe o motivo disso tudo Luiza. - Meu pai falou interrompendo minha mãe.

- Que saco! - Cruzei meus braços e não falei mais nada.

Ao fim da tarde quando todo medicamento que eu estava tomando na veia terminou eu recebi alta. O médico veio algumas vezes conferir se eu estava bem e as enfermeiras vinham há cada 2 horas trocar meu curativo.

- Prontinho Luiza! Você já está pronta para ir pra casa. Não esqueça do que eu te falei. Repouso, trocar curativo e se alimentar direito. Estamos certos assim?

- Dr. Adalberto, a sua sorte é eu tenho uma mãe e um pai que não vão me deixar esquecer.

- Eu tenho certeza disso. - Ele lançou um sorriso e se virou para meus pais.

- S.r. e Sra. Reis, vocês já preencheram todos os papeis?

- Ah, sim. - Meu pai virou-se para a mesa ao lado e pegou uma prancheta rosa com papeis presas nela e os entregou ao doutor. Ele deu uma folheada e logo saiu.

- Vamos esperar você se trocar lá fora. Tem uma mochila com roupas que a Cloe trouxe. Escolhe alguma e não demore.

Meus pais saíram e eu fui me trocar. Ao abrir a mochila constatei o que lá fundo eu temia, eram todos vestidos.

- Ah Cloe, você não sabe o ódio que eu estou de você.

Balancei a cabeça por alguns instantes, respirei fundo uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete e pôr fim a oitava vez. Fechei meus olhos e peguei qualquer um deles, eu não tinha saída mesmo.

VOCÊ AINDA É TUDO - VALUOnde histórias criam vida. Descubra agora