Já faz algumas horas que estive com Valentina. Estou chegando neste exato momento em meu escritório e de Bárbara. Tudo aparenta estar tranquilo, como deixei. A recepcionista me saúda e eu sigo diretamente para a sala oposta à minha. Dou três batidas e a voz de Bárbara ressoa pelo ambiente.
- Entra - ela manda.
- Oi - falo ao entrar, e ela me olha com um sorriso de canto.
- Finalmente você me deu o ar da graça. - Ela se levanta e vem até mim. Nos abraçamos, e ela me dá um beijo no canto da boca.
- Vim resolver alguns problemas. Como você está?
- Estou ótima. Sente-se - ela aponta para a cadeira que está em frente à sua mesa. Nos sentamos. Olho para a mesinha que está no canto de sua sala e percebo um buquê de flores.
- Recebendo flores? Ui!!!
- Nem vem que não tem, Luiza. Eu sei que isso é coisa sua. - Ela fala sorridente.
- Oxente - Finjo que não entendo.
- O que você quer?
- Ok. Eu realmente lhe comprei essas flores, você gostou?
- Você não dá ponto sem nó, Luiza. Desembucha.
- Eu quero que você se case comigo. - Falo diretamente. Ela me olha incrédula.
- Casar? Luiza... você pirou?
- Não. Presta atenção... tem um garoto, ele se chama Léo. Estou em processo de adoção. Você sabe que sou bem estruturada, mas apesar disso, tem um fator "x" que pesa muito: eu sou solteira.
- E o que eu tenho a ver com isso? Espera... adotar? Quem é você e o que você fez com a Luiza? - Ela estala os dedos na minha frente.
- Deixa eu terminar meu raciocínio. Eu preciso que você finja ser minha mulher por uns dois anos. Vamos casar formalmente, e depois de dois anos a gente inventa alguma coisa e nos divorciamos. É só para que eu possa ter mais chances de adotá-lo.
- Isso é perigoso, Luiza. Se alguém descobre você perde esse garotinho.
- Eu sei dos riscos, mas estou disposta a arriscar.
- E o que eu ganho com isso?
- O peso do meu sobrenome no seu.
- Bitencourt também é um sobrenome de peso.
- Mas nós sabemos que o meu é mais. - Fui incisiva.
- Até agora não vi benefícios, Luiza. - Realmente, essa coisa do sobrenome foi apenas uma piada. Embora, meu nome ajude muito aqui.
- O que você quer? Eu faço qualquer coisa, mas por favor, me ajuda.
- Me casar? Luiza, apesar de gostar muito de você, isso eu não consigo. E as mães carentes que vez ou outra eu encontro por aí? - Ela para pensativa, como se fizesse uma viagem no tempo. - Não posso, me desculpe.
- Eu não me importo que você continue pegando quem você quiser, só faça isso escondido.
Ela me olha, balança a cabeça em negação e sorri.
- Dois anos?
- Nada mais - Acrescento.
- Teremos que dividir a mesma casa?
- Sim. Mas será aqui. Esse mês começa a reforma.
- Esse garoto vai me chamar de mãe?
- Eu não sei. Só se você quiser. Ah, sei lá. Não dá para confirmar nada.
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VOCÊ AINDA É TUDO - VALU
FanficO amor de verdade vai sempre te levar a lugares que você nunca ousou sonhar. Mas será que só o amor é suficiente para que duas pessoas fiquem juntas? Luiza foi uma adolescente que sempre teve tudo de seus pais, mas o seu bem maior era o amor de Vale...