O Imperador da Humanidade

Operação Inverno Infernal

[Alguns meses depois ...]

Os combates que ocorriam em todas as regiões do Submundo se intensificaram cada vez mais, o avanço humano no território inimigo foi constante e contínuo, com um número considerável de perdas, embora o número de baixas dos demônios fossem ainda maiores do que a dos humanos. Ambos os lados já estavam extremamente desgastados pelo conflito e as consequências da Guerra a longo prazo enfim começaram a aparecer.

A economia do Submundo entrou em uma grande estagnação sem precedentes em toda a sua história pela falta de mão de obra, mesmo com o uso de híbridos para substituir os demônios de baixo escalão, o número de híbridos ainda era insuficiente para compensar a grande demanada de mão de obra para os setores econômicos da sociedade.
O Sacro Império Cabalístico, também não saiu totalmente ileso das consequências da guerra, sua economia sofreu uma inflação relativamente alta, mas ainda controlável pelo governo que tinha despesas mensais com as Legiões humanas que lutavam no Submundo.
O custo para se manter firme na Guerra era gigantesco, mas algo que não podia ser adiado tão facilmente e tão pouco ignorado.

Se não fosse pela Facção do Céu estar interditando o avanço dos anjos caídos pelo território demoníaco, era provável que tanto os demônios quanto os humanos se encontrassem num estado mais vulnerável e desgastado, permitindo uma vantagem ampla para o Grigori sobre os dois lados da guerra.
Até o momento, os líderes de mais alto escalão da organização dos anjos caídos não se movimentaram para o campo de batalha, assim como os serafins que permaneciam de guarda no Céu, o conflito não apresentava progresso e poderia continuar por um tempo indeterminado.

Outras coisas que aconteceram nos últimos meses foram as batalhas mais sangrentas e mortais travadas pela conquista de cidades extremamente relevantes e importantes para o Submundo. Até o presente momento, as megacidades demoníacas se tornaram fortalezas de guerra e as chances de conquista eram baixíssimas, os demônios certamente foram perspicazes ao reforçarem a segurança das megacidades, embora houvesse uma grande falta de suprimentos para assegurar completamente os locais chaves do Submundo.
Os humanos tentaram invadir algumas vezes essas fortalezas, entretanto todas as tentativas falharam, parecia que a conquista das megacidades levariam mais tempo do que planejado anteriormente ...

[Em um dos vários frontes de batalha]

Os céus roxos do Submundo estavam visivelmente nublados e poucos raios solares atingiam adequadamente a terra para aquece-la e possibilitar que a vegetação se desenvolve-se completamente. Os primeiros sinais da chegada do inverno na dimensão estrangeira a da Terra eram em poucas palavras preocupantes para os dois lados.

Os demônios já habituados ao frio do inverno rigoroso e implacável que se aproximava, se preparavam para tentar lançar uma contra ofensiva e deter os avanços inimigos em seu território.
Com a chegada do inverno, os suprimentos para as fortalezas seriam consumidos mais rápidos do que antes e certamente haveriam uma escassez de recursos e uma crise generalizada de falta de alimentos.
Mesmo estando habituados ao inverno do Submundo, os demônios odiavam essa estação do ano, devido a alguns "problemas" causados por essa estação em específico.

Já os humanos preferiam tomar mais cuidado com a infeliz chegada do inverno e se prepararem para os efeitos colaterais desse evento.
Os acampamentos temporários foram reforçados, assim como as linhas de transporte de suprimento que eram regularmente protegidas a todo o momento, o alto comando de todas as Legiões fizeram uma reunião com todos por meio de hologramas para discutir como a chegada do inverno afetaria no avanço e na conquista dos pontos chaves do Submundo.

Durante a reunião do alto escalão, foi muito debatido a forma e estratégia que deveriam ser empregados, afinal o clima desfavorável para a mobilização de soldados afetava diretamente nas batalhas, então muitos propuseram ficar na defensiva e esperar que o inverno passa-se. No entanto, as reservas de suprimentos e recursos disponíveis teriam que ser aumentados e além disso havia o desgaste mental e físico que afetariam diretamente no ânimo dos soldados, algo extremamente problemático numa guerra.
Quando tudo parecia estar sendo encurralado, uma boa notícia chegou aos ouvidos de todos.