Todos os sintomas de uma pessoa nervosa estão tomando conta de mim agora, minhas mãos estão suando, minhas pernas tremendo e até as malditas borboletas fazem uma festa na minha barriga.
Deixa eu explicar: Uma lembranças me levou a procura-lá nas redes sociais, a fofura daqueles dálmatas dela me deu um assunto pra puxar conversa, e uma mistura de saudade, uma dose de whisky e um cartão de crédito com limite me fez comprar uma passagem e aceitar o convite pra vê-la outra vez. Ficar 12 dias com ela. Agora eu estou aqui, na cidade dela, em um bar que ela escolheu, ouvindo um cara tocar um country cafona enquanto ela não chega. O que não demora muito. Fazem 12 anos que não vejo esses cabelos ruivos que ela insiste em falar que é castanho, mas pouco importa, essa Cruella fica linda até de de cabelo preto e branco.
Me cumprimenta com timidez e com um sorriso de aquecer geleiras que só ela tem, abraço-a e enfio o rosto em seu pescoço. Droga, seu perfume ainda é o mesmo que tomou conta da minha cama anos atrás, quando fiz dela mulher. Um pouco impaciente e possessivo, seguro a alça da minha mala pergunto se podemos ir embora. Suspiro quando afirma que sim e eu a puxo pra continuar o abraço, enfio o rosto em seu pescoço outra vez. Seu corpo arrepia. Quero tirar sua roupa.
O caminho pra casa é rápido. Quando suas mãos abrem a porta de casa e eu a encosto na parede e olho pra sua boca.
- Preciso te beijar - Assumo.
- Pensei que não ia fazer isso nunca - Suspira antes que eu tome seus lábios.
Não preciso de 12 minutos pra saber que quero ficar com ela. Não preciso completar o caminho da cama pra saber que 12 anos não me fizeram esquecer o seu gosto.
Tenho 12 dias pra provar que sou o cara da vida dela. Vamos começar a contagem agora.
