Para meus amores, eu não desisti de "Vi.da", mas eu precisava postar essa delicinha que estava enterrada nos rascunhos. Os refrescos estão vindo, tenham fé docinhos.
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O silêncio instaurado no carro acabou quando eu virei para Daniel deixando um "tchau" meio seco e então deixando o automóvel para entrar no hotel que estava hospedado pela McLaren, ele ainda teria que guardar o carro antes de subir e eu já tinha reclamado mais cedo de dor de cabeça, então eu tive um tempo maior para subir desacompanhada.
Minha cabeça rodava e trazia consigo os acontecimentos de poucas horas atrás. O elevador parecia levar uma eternidade para chegar no meu andar e parecia horrível de respirar com aquelas quatro paredes de metal, olhando, ou tentando olhar, para o espelho do elevador eu tinha a conclusão de estar próxima de uma crise de ansiedade.
Saio do elevador e já adentro o quarto com o celular em mãos e discando o número da única pessoa que era mais confiável, acessível a mim.- Sabia que temos que pegar um avião amanhã, não é hora pra...espera, você está bem? - A voz de Charles Leclerc soa através da caixa de som do celular e minha respiração devia estar pesada o suficiente para ele conseguir ouvir com clareza o suficiente para desconfiar de algo.
- Char...eu não sei o que que faço. - Agora sou eu que noto a fraqueza presente na minha voz. Foram necessário alguns exercícios de respiração guiados por Charles até que eu retornasse ao estado mais próximo de normal.
- Vai me contar agora? Você estava bem antes de sair, não me diga que o Daniel fez merda, eu juro que mato aquele australiano. - A voz do monegasco soa irritadiça, tenho que acalma-lo antes que ele realmente saia do hotel numa caçada pela cabeça de Daniel.
- Não, não...ele não fez nada de ruim eu só...não sei o que eu faço...
- Pode começar falando, eu considero um ótimo início.
- Daniel me pediu em namoro. - Um engasgo podia ser ouvido pela outra linha e de certa forma me correu um arrepio desconfortável.
- E qual foi? Sabe, sua resposta. - Ele tentava manter uma cautela na voz quase achei que estivesse sendo ameaçando, mas eu sabia que eu costumava achar muita coisa quando estava passando por alguma espécie de estresse.
- Na hora eu aceitei, estávamos no meio do restaurante, não queria deixar um clima ruim, ele teve tanto cuidado comigo, no lugar na forma de pedir, ele deixou tudo tão estranhamente perfeito. - Abro a mala que estava vazia, apesar de tudo Charles tinha dito certo que íamos viajar pela manhã, ficaria num voo de mais de uma hora junto com Daniel e eu nem ao menos sabia como iria reagir perto dele.
- Então você está namorando? Felicidades... - A voz de Char soava em preocupação, como se nem ele quisesse aquele relacionamento.
- Se fosse isso estaria tudo bem, não estamos namorando. Eu expliquei depois ue aceitei de forma desesperada, mas queria pensar nisso por ser uma grande decisão, isso envolve muito da noss carreira Char...e ele entendeu, ao menos foi o que pareceu, mas claro que ficou um clima estranho depois, sinto como se estivesse em fuga. - Um murmuro foi ouvido como se ele estivesse pensativo sobre o que ele iria falar a seguir.
- Elo, seja sincera, o que te impediu? Você me disse antes que estavam indo bem e que gostava de como ele te tratava.
- Charles, eu não sei, eu também achei que estava gostando dele, mas eu não sei, eu ainda sinto falta dele.
Charles sabia de quem se tratava, foi o primeiro e único a notar que desde que Carlos passou para a Ferrari, eu parecia um pouco diferente e de certa forma muito afetada. Não demorou até que contasse que estávamos tendo um lance a algum tempo, mas com ele mudando de equipe, nossos momentos caíram por terra. Charles recomendou que eu começasse a fazer terapia, me abrir com ele devia ser algo muito pesado, ao menos com um terapeuta eu teria maior tranquilidade para falar sabendo que não teria qualquer julgamento e aprenderia melhor em como lidar comigo mesma.
Philip era meu terapeuta, ele me explicou que as faltas de ar, o aperto no peito, a vontade inexplicável de chorar ou a gama de sentimentos e pensamentos horríveis que rodeavam a minha mente eram parte de crises muito causadas por extrema ansiedade ou estresse. Eu aprendi a lidar sozinha, mas também achei seguro explicar para Charles como identificar essas crises e me ajudar de forma segura.
Parte das formas de despistar os pensamentos pessimistas que Philip me ensinou foi distrair a mente, agora mesmo eu havia tirado todas as roupas do bagunçado guarda roupa de hotel afim de arrumar uma por uma e contar o que precisava para Charles.
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One-shot: Prós e Contras || Carlando
FanfictionApós um noite que prometia ser perfeita, Lando começa a ter um dilema sobre sua decisão e, temendo uma crise, Lando liga para seu amigo mais próximo, Charles Leclerc, que aceita ajudar a amigo com suas dúvidas usando de forma criativa a brincadeira...