Capítulo 4

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— Mas o que-? — Jimin abriu sua boca, assombrada com a vasta paisagem, diante dos seus olhos. — Como.... Diabos... Eu vim parar nesse lugar? — Ela perguntou a si mesma, girando sobre o seu calcanhar, olhando cada canto possível em confusão.

Naquele instante, ela só desejava saber o motivo de estar parada em meio a uma ampla floresta, sendo que a última coisa da qual se lembrava, era de estar no corredor da escola, em uma cansativa luta contra sua fadiga.

— Calma Jimin. Deve existir alguma explicação plausível para tudo isso... — Ela sussurrou, assentindo a si mesma na tentativa de tranquilizar seus pensamentos inquietos. — Talvez isso seja mais uma de minhas precognições... 

— Sim, só pode ser isso! — Jimin sorriu em alívio, estava certa de que não havia uma outra justificativa crível para estar em uma floresta no meio da tarde (uma floresta da qual ela não fazia a menor ideia da existência minutos atrás), ou será que de fato havia algo mais que ela não estava vendo?

Sua mente turbulenta em pensamentos incertos foi calada de repente com o som de uma risada feminina ecoando dentre aquelas árvores, mas seus olhos não conseguiram captar coisa alguma e uma grande onda de paranoia, se fez presente em sua cabeça já tomada pelo medo.

— Olá? Tem alguém por aí?

Jimin virou o rosto rapidamente a sua direita, em reflexo ao som de um galho se quebrando, como se alguém tivesse acabado de pisar nele, mas não foi lhe dado nem um segundo sequer de tempo para assimilar o que poderia ter acontecido, quando teve seus ouvidos capturados com o retorno daquela mesma risada, ainda mais próxima dela do que da vez anterior.

— Giselle, é você? — Jimin perguntou, torcendo para que aquela suposição estúpida, da qual ela cegamente escolheu se apegar, pudesse ser a solução que precisava para ter sua pulsação acelerada retornando ao seu ritmo regular. — Giselle, se for realmente você, eu juro que vou-

Um sopro tocou a pele da sua nuca e ela empalidecida se virou, tapando com a sua mão o local arrepiado no mesmo instante, mas como já era de se esperar, em frente aos seus olhos não havia nada que justificasse o que acabara de sentir tão próximo ao seu corpo, completamente aterrorizada, Jimin voltou a falar ou melhor, implorar, para quem quer ou o quê quer que estivesse lhe fazendo tudo aquilo.

— P-p-por favor, para com isso, Gi. Não é engraça-

— Ambas sabemos que o meu nome não é Giselle. — Uma voz anasalada lhe interrompeu, carregando um leve tom de diversão nela.

Jimin levantou seu olhar em direção aos galhos mais altos da enorme árvore parada a sua frente, direção de onde escutou soar aquela voz e enorme foi o seu espanto ao se deparar com o corpo delicadamente feminino daquela jovem sentada em um daqueles galhos, a menina sorria gentilmente em sua direção, movendo suas pernas pelo ar fazendo um movimento de vai e vem.

— Me chamo, Kim Minjeong, mas isso você já sabia, não sabia?!

— P-por quê-?

— ... eu me chamo Kim Minjeong? — Continuou a pergunta por Jimin, dissimuladamente. — Essa é uma uma boa pergunta, unnie.

Kim voltou a rir, tampando sua boca com o dorso da mão, negava com a cabeça, achando extremamente engraçado o rosto em choque da mais velha. Após pigarrear querendo cessar sua risada, voltou a falar.

My Star | WinrinaOnde histórias criam vida. Descubra agora