Não era uma lenda

Capítulo 1: A origem do mal

Há milhares de anos, em um reino distante, haviam doze irmãos, eles trabalhavam no palácio, diretamente, para o rei e ali nada lhes faltava! Um dia, porém, alguém desejou mais... desejou ser maior do que o rei! E a partir daí que essa história começa a ter seus dias contados...

Nos dias atuais

- Sofia, temos que ir agora ou chegaremos atrasadas - diz Kate, de forma impaciente, enquanto engulo rapidamente meu cornetto.

- Pronto, já podemos ir - digo pegando o copo de café para tomar no caminho e me despeço de Antonella - tchau priminha.

- Não fale de boca cheia - brada revirando os olhos enquanto me despeço a sujando com farelos de propósito no processo.

Katerina e eu chegamos antes da professora. Nós fazemos algumas aulas juntas, já que eu optei por adiantar algumas matérias que Kate preferiu pular em seu primeiro ano de faculdade.

Apesar de serem um pouco mais velhas, as duas sempre me incluíram em suas conversas. Nos aproximamos mais quando Giovana, minha melhor amiga, foi fazer o ensino médio e depois a faculdade nos EUA.

- Vamos passar na biblioteca? Preciso pegar alguns livros - minha amiga questiona caminhando para a porta da sala, já vazia.

- Vamos! Eu também tenho que buscar alguns para terminar o trabalho - digo pegando meu celular para olharmos a lista dos livros e... - esse não é o meu celular.

Quando Kate vê que é o de Antonella, diz logo após uma longa gargalhada:

- Vamos passar por lá para destrocar!

Chegando ao prédio de medicina, ficamos esperando minha querida prima sair de sua aula e logo que me vê procura por "seu" aparelho em sua bolsa e lhe entrego o dela.

Tento destravar-lo, sem sucesso, percebo que aquele também não era o meu telefone.

- Pelo visto não foi só o meu celular que você pegou hoje - mais do que depressa, ela pega o celular de minhas mãos no intuito de descobrir quem foi o felizado da vez.

Seu rosto fica corado assim que vê a tela de bloqueio, o que deixa evidente que ela sabe de quem é esse celular. No mesmo instante vejo dois garotos altos, formando um belo contraste por serem, completamente, opostos saindo do prédio. Um era loiro com os cabelos levemente bagunçados e de olhos azuis, já o outro, tinha seu cabelo escuro alinhado de uma forma charmosa e possuía olhos igualmente escuros. Logo noto que o celular pertencia ao primeiro, o que deixa minha prima um pouco agitada.

- Antonella - o garoto loiro lhe chama, se aproximando com meu telefone em mãos e faz com que ela vá de sutilmente corada para um belo pimentão.

- Oi Lorenzo, acho que confundi seu celular com o da minha prima que estava comigo - diz ela com sua dicção perfeita, apesar da vergonha.

- Não tem problema - diz encarando Antonella que lhe entrega meu celular afim de destrocar os aparelhos - eu e o Mateus estamos indo almoçar, vocês querem se juntar a nós?

- Nós não podemos, temos que fazer um trabalho e na verdade viemos buscar o celular dessa bênção - diz Kate apontando para mim - justamente para isso. Mas a Antonella está livre e pode ir com vocês!

- Na verdade tenho que passar em casa agora, não vou almoçar com você - diz o moreno que havia saído com ele do prédio.

Minha prima olha brava para nossa amiga, que a ignora completamente. Em seguida, Lorenzo puxa algum assunto com ela, após nos despedir-mos.

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Já anoiteceu e estou na casa da Antonella com a Katerina, para saber um pouco sobre seu almoço. E agora, como de costume, estou conversando com Kate enquanto minha prima sumiu, ou melhor, se perdeu no sótão. Alguns, longos minutos depois, ela aparece com uma grande caixa velha.

- Bom, posso descartar a probabilidade de ter um objeto amaldiçoado ai dentro - digo após notar que não havia poeira sobre a caixa, me dando a certeza de que seu conteúdo não era desconhecido para ela.

- Não acredito que você ainda guarda isso! - diz Kate empolgada ao reconhecer a caixa e logo as duas a abrem revelando pequenos livros dentro.

Com certa curiosidade, me aproximo para ver melhor o conteúdo dos livros, e pra minha surpresa...

- Isso livros infantis?!

- São fábulas para sermos mais específicas - ambas trocam um olhar cúmplice e continuam...

- Queriamos te dar eles no seu aniversário, mas parece que Kate não estará aqui.

Me recordo que no mês seguinte Katerina iria para seu voluntariado em Israel e digo:

- Mas ainda faltam três semanas e meu aniversário é na semana que vem - sou interrompida por Kate, que diz.

- Eles adiantaram os prazos, preciso ir ainda nessa semana. Recebi a ligação ainda a pouco - não tem tempo de continuar falando já que a envolvo em um abraço com Antonella.

Notas da autora: olá pessoal! Me conta aqui o que você achou desse primeiro capítulo e quais são as suas expectativas para essa aventura?

Não se esqueça da estrelinha! ;)