Os olhos entre-abertos, a respiração fraquejando conforme os soluços vão aumentando, a pequena garotinha de quatro anos implorava para o criador do mundo que ele a levasse embora, havia desejado estar em paz, com pessoas que a amam, mas o destino já estava traçado, não existia ninguém que poderia mudar isso.
Iri-na, antes da esperança.
Iri-na nunca se imaginou alguém legal o bastante e nem ao menos bonita, ela achava que era por isso que não tinha amigos, alguém não iria a desejar. Ela era gorda, de acordo com seus colegas, daqui a pouco ela não passaria na porta de tão baleia ela estava. Aquilo doía, e por isso, dia a dia ela treinou pesado, se metia em lutas, mudou, seus cabelos antes castanhos agora estavam vermelhos cor de sangue, e seu estilo antes todo rosinha agora estava totalmente preto.
Que ela havia mudado todos sabiam, mas ela não achava isso, quando se olhava no espelho, ela via a mesma garotinha insegura cheia de sentimentos inúteis, isso acabava em vários espelhos quebrados e apenas uma lembrança de sua aparência em sua mente.
~
Os lábios tremendo, ela estava lutando contra um desconhecido qualquer que estava a um ponto de estrupar uma mulher, mas de repente tudo escureceu, e tudo que ela viu antes foi um pedaço de ferro acertando sua cabeça e indo direto em uma quina de uma faca. Foi uma morte dolorosa.
Iri-na, depois da esperança.
A garota abriu os olhos se sentindo confuso e desnorteada, piscando-os com a claridade que de repente atingiu suas íris. Se sentando lentamente, olhou em volta do que parecia ser um quarto de hospital, e um cabo que estava conectado a uma bolsa de soro e outra de sangue, assim como ela também sentiu sua cabeça embrulhada em algo macio. Tocando sua nuca e subindo ao seus cabelos, sentiu em suas mãos um tecido macio, que parecia uma faixa de machucados.
Seus pensamentos foram interrompidos quando a porta se abriu e dela saiu um garoto de cabelos azuis escuros e olhos também azuis. Sua mente paralisou quando reconheceu a pessoa a sua frente.
Itachi Uchiha.
E começou a entrar em pânico quando a porta novamente se abriu, desta vez saindo dela Kakashi Hatake. Ela não entendia o que estava havendo. Mas acreditava ter ficado louca.
O menino de cabelos pretos deu um sorriso gentil a ela, chegando mais perto.
— Olá. Como você está?
Não receber uma resposta parecia o frustar, mas, não era culpa de Irina, ela estava completamente em pânico, se perguntando onde ela estava e se havia enlouquecido. Afinal, em um momento ela estava socando um desconhecido e no outro ela acorda em um hospital e Itachi e Kakashi Hatake entram por sua porta.
O Hatake tomou a frente.
— Deixe-a, Itachi, parece estar assustada.
— Oh, tudo bem. Desculpe-me.
Também assustou a garota ao ver, não, na verdade, ouvir, que eles não falavam como era no anime, e sim como se fossem de outra época, o que era verdade. Mas ela ainda estava confusa.
— Bom, acho que deve estar se perguntando quem somos nós e onde está, certo? – Sem palavras, ela apenas acenou – Certo, então.. Nós a achamos numa floresta perto da entrada da vila, você estava muito machucada e sua cabeça sangrava. Trouxemos você aqui para que pudesse ser cuidada. Você está em Konohagakure, na vila da folha e nós somos ninjas. Kakashi Hatake e Itachi Uchiha.
A cabeça de Irina martelava em confusão. E ela se perguntava se aquilo era real, e se fosse, orava mentalmente a Deus para que não a deixasse ir embora.
E ela quis, pela primeira vez na vida, realmente viver. E decidiu repassar tudo o que tinha acontecido e o que iria acontecer, pelo que parece, Itachi e Kakashi ainda não estão adultos, e o Uchiha parece estar uns dois anos antes do massacre do clã Uchiha. Ela não iria tentar salva-los disso, pois era importante para o decorrer da história e poderia causar consequências no espaço-tempo, então, sem chance para os Uchihas.
Mas ela poderia ingressar na academia com seus conhecimentos no mundo ninja, e deveria ganhar a confiança do hokage, Hiruzen Sarutobi, provavelmente ter um nome comum para não causar desconfianças e tentar ser o mais quieta possível.
Seus pensamentos foram interrompidos pelos dois garotos.
— Erm.. Nós precisamos a levar para o Hokage, menina.
Ela acenou que sim com a cabeça e se formou no chão, tropeçando um pouco antes de ficar em pé novamente. E seguiu os dois garotos para fora do hospital.
Demorou algum tempo para que chegasse ao templo hokage e subisse as escadas até o topo, mas finalmente chegaram, dando três batidinhas na porta por parte de Kakashi, e quando receberam confirmação entraram.
O hokage a viu e deu um sorriso gentil a ela; o qual ela não confiou nem um pouco.
— Olá, garotinha. Posso saber o teu nome?
Ela se forçou a parecer tímida e gaguejar, afinal, não havia sentindo ser tão quieta se ela não parecer um pouco tímida.
— Kurayami.
— Uhm, interessante. Você sabe o significado de teu nome, Yami?
Ela franziu a testa. E respondeu.
— Não, senhor.
Mentira. Ela sabia e havia dito aquilo só para parecer um pouco interessante, por que sabia que não havia como ganhar confiança do velho sem despertar um mínimo interesse.
— Seu nome está associado às trevas. Na verdade, ele é literalmente o kanji das trevas, é impressionante que uma garota tão, aparentemente, bondosa tenha um nome tão assustador.
Ela se forçou a parecer surpresa e um pouco assustada.
— E-err.. – Ela gaguejou – I-isto é ruim, senhor hokage?
— Desde que suas obras não sejam ligadas às trevas, teu nome não tera importância.
Ouvir isso a deixou um pouco triste, mesmo em outro mundo, ninguém ligaria para ela. Mas Irina, agora Kurayami, esqueceu isso logo quando de lembrou de seu objetivo.
— Você poderá ficar aqui até que descubramos da onde você veio, a não ser que você se lembre, então não teremos que ter problemas em procurar.
— N-não me lembro, senhor hokage, apenas me recordo de que estava- – Ela parou quando viu que não se lembrava do que estava indireta fazer, entrando em desespero – S-senhor, eu não me lembro o que estava indo fazer, e-eu não lembro de onde vim.
O velho deve ter percebido seu desespero pois não a pressionou.
— Mas creio eu que se lembre de seu clã, certo?
— Eu não tenho um clã, eu acho.
Isso pareceu ser um desrespeito para ele.
— Oras, é claro que tem. Todos nós temos um clã! Por que não fazemos assim, tiramos uma amostra do seu sangue e fazemos um exame comparando com os outros sangues de diversos clãs, assim saberemos.
Bastardo. Ela torceu para que não fosse uma figurante, mas que não fosse importante demais.
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Olá, como estão?! Podem me chamar de Aimy ou Nala. Esta é minha primeira história de Naruto e eu espero que gostem! ♡
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RULES
FanfictionUm mundo tão cruel, cheio de regras, onde todos se dizem livres para fazerem o que quiserem, mas são presos à consequências de suas próprias escolhas. Iri-na, alguém que desacredita que a paz exista, de repente se vê cercada de pessoas que a fazem...