Prólogo

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[Notas no final]
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A chuva forte junto com o vento faziam as janelas daquele pequeno quarto de hospital baterem com força.

Naquele local tudo parecia mais vazio, frio e solitário, uma coisa na qual Tommy detestava, ele odiava se sentir sozinho, mas, o sentimento que ele mais experenciava nesse passar de dias, era a solidão...
As coisas não tinham tanto sentido quanto antes tiveram, o garoto olhava para a parede tão vazia quanto seu olhar, naquele momento se o olhassem era possível o confundir com um morto, a pele pálida, lábios ressecados, olheiras em baixo dos olhos e ele havia ficado bem mais magro pela falta de proteína em seu corpo.

Ele havia perdido a vontade de comer as coisas, derrepente ele apenas deixou de se forçar a sorrir ou dizer a si mesmo que as coisas iriam dar certo, tudo era uma mentira de si para si.
Ele olhou para fora onde a chuva avia se cessado um pouco.

O dia era pra ter sido um dos mais felizes de sua vida, como sempre foi, seu aniversário. Ele amava a data, ter um dia onde era só seu e tinha toda a atenção para si era ótimo, nos anos anteriores esse dia foi se tornando cada vez mais sem sentido e sem um pingo de graça. Ele começou a passar seus aniversários sozinho pois sempre se esqueciam mas ele não ligava ainda mandavam flores para ele no hospital e cartões de parabéns.

Ele continuava feliz por pelo menos lembrarem da existência dele...

Mas ele estava cansado disso, era tão solitário e deprimente aquele local.

[...]

Passos apressados e o barulho da respiração alta era o único som que se passava por seus ouvidos, ao atravessar pela porta de entrada do hospital o vento bateu contra seu rosto o fazendo se sentir leve e vivo novamente. Ele avistou um táxi parado e correu em direção ao mesmo.
Abriu a porta e entrou sem nem mesmo conferir se era de alguém.

"Uh, por favor eu quero que me leve até o bairro Antarctic Empire por favor"

O garoto pediu quando recuperou o fôlego e olhou em direção ao motorista.
O homem apenas acenou e ligou o automóvel dando partida.

[...]

O garoto olhou para fora pela janela quando o carro parou e logo se pôs a procurar nos bolsos o dinheiro para pagar o motorista.

Encontrando apenas algumas notas, vinte dólares no total, faltando apenas dez dólares  para o valor taxado pela corrida. Ele olhou para o motorista com um olhar de vergonha e estendeu a mão com o dinheiro.

"Isso é apenas o que eu tenho, eu prometo que eu volto e trago o resto"

"Não será necessário, olha, pode ir, fique com o dinheiro" O homem disse docemente e empurrou levemente a mão do garoto em direção a ele mesmo contra o peito.

"Sério?..uh senhor muito obrigado, eu não irei esquecer disso" Ele saiu e fechou a porta.

O homem ligou o carro e quando estava preste a ir olhou para o garoto.

"Boa sorte tommy..." Ele saiu deixando o garoto confuso parado lá...
A confusão se estendeu em sua mente mas estava com outros problemas não iria focar nisso agora.

Ele se virou para a casa atrás de si, puxou o ar de seus pulmões em um longo suspiro, e se pôs diante da porta e bateu apressadamente nela.

Seu coração errou algumas batidas quando a porta foi aberta...

Diante dele se encontrava um garoto alto, cabelos pouco compridos e bagunçados castanhos, olhos verdes claros, e com uma roupa a qual Tommy se lembrava muito bem.

Remaded Life - DSMP AUOnde histórias criam vida. Descubra agora