don't delete the kisses - II

1.5K 162 97
                                    

Notas: olha a atualização! mais cedo do que eu esperava!

- espero que gostem! estou com o pé atrás com este cap, tava esperando que ele pudesse ser melhor.

- diálogos em itálico significam que o personagem está falando em alto valiriano.

- esqueçam o aegon ii do canon da serie/livros, pois ele terá um backgroung diferente aqui... 🕵‍♀️

- boa leitura! <3

Lucerys não fingia nada bem seu desinteresse na causa do dia anterior

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Lucerys não fingia nada bem seu desinteresse na causa do dia anterior.

Havia se esforçado na ideia de ignorar as lembranças, palavras e atos — quem sabe lembrar-se apenas para se lamentar pela muito provável morte de seu dragão, estraçalhado até os ossos pela mordida de Vhagar em sua asa; esqueceu-se por completo de tratar sobre aquilo com Aemond, sobre onde os restos de Arrax foram deixados, se o dragão havia sofrido muito em seus últimos suspiros.

Provavelmente o tio o havia largado no mar.

A ideia o encheu de uma sensação desesperadora, fazendo o garoto afundar mais dentro da banheira até estar submerso, o frio da água anteriormente quente fazendo o calor que a raiva o causava ceder minimamente, mas não deixando a dor menos aparente — Luke sentia esta como uma queima lenta dentro de sua alma e coração.

Era algo odioso e que Lucerys lembrava com desgosto, desentendido do que Aemond estava buscando, de como todas as suas palavras e atos simplesmente não faziam sentido. Quando acordou ao seu lado, Luke não sabia o que acontecia, onde estava ou o que havia acontecido, tudo tirado de si momentaneamente pelo desespero de acordar com uma dor intensa em absolutamente todo o seu corpo; quando se acalmou e passou a respirar mais tranquilamente, ele absorveu tudo o que havia acontecido, tudo que havia ouvido enquanto atordoado e o que ainda ouvia — Aemond em um monólogo ao seu lado, lamentando-se e falando tanto quanto nunca o havia escutado falar em toda uma vida. 

Lembra-se perfeitamente que diante da dor e do frenesi, escutar aquelas palavras o causaram um impulso quase descontrolado de aplacar os sentimentos nada conflitantes — sabia que aquilo que sentia nada mais era que tristeza — com violência desferida contra o tio. Era cômico enquanto não era, Aemond dizendo ao seu lado, achando que estivesse desacordado, que tinha sentimentos por ele. Que não o odiava completamente. Tudo isso enquanto se lamentava duplamente — um lamento por medo de sua morte, outro por lamentar sua morte. 

Certamente Luke nunca achara que Aemond era algum maluco, mas esse pensamento mudara agora, pensando melhor sobre tudo que vivenciara ontem.

Ele se levantou em um impulso enérgico que sabia que vinha de todos os pensamentos conflitantes que o tiravam a calmaria, sentindo o vento frio bater contra sua pele molhada e enrugada pelas horas que passara dentro da água; automaticamente protegeu o próprio corpo com os braços, sabendo que tremia e batia os dentes uns nos outros como sinal disso. Quando fitou seu corpo, com o intuito de sair da banheira com cuidado para evitar um acidente, ele viu. Era singelo e pequeno, mas estava lá, uma lembrança palpável de ontem. Em um tom profundo de roxo, marcas dos dedos de Aemond que ficaram ali no momento em que o tio apertou sua cintura quando dividiram um beijo.

Poison Blood - lucemond.Onde histórias criam vida. Descubra agora