Agnes

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"Me atropelado? Como assim? AÍ MEU DEUS ERA VOCÊ???" Entrei em desespero sem saber como explicar que eu gosto dele mas acidentalmente acabei me envolvendo com a irmã dele.
"Sim, eu não tava legal, tinha acabado de brigar feio com a minha irmã, e só fui perceber que era você pela voz, quando você me xingou" ele terminou de falar rindo.
Engoli a vergonha junto com um pouco do vinho que tinha separado para nós e decidi fingir que aquilo com a Anna não tinha acontecido, foi uma vez só, Léo e ela não parecem ser próximos e eu realmente estou me apaixonando, não vou deixar essa coincidência infeliz acabar com tudo.
Começamos a conversar e logo estávamos nos beijando, Léo tentou colocar a mão por baixo do meu vestido e eu o detive, o guiando pela mão até o meu quarto.
Com delicadeza ele tirou meu vestido, muito mais calmo e muito menos bêbado que da primeira vez.
A luz estava apagada, deixando em evidência o led vermelho que fica ao redor do espelho na parede.
"Eu lembrava que você era gostosa mas essa lingerie é putaria." Ele disse, tendo exatamente a reação que eu queria, olhando para os meus seios enquanto suas mão estavam nas minhas costas, procurando o fecho do sutiã.

Algumas horas depois estávamos deitados abraçados quando o ouvi dizer "caralho, Agnes, você acaba comigo. Por isso que eu te amo."
Automaticamente meu corpo enrijeceu com o susto, "Por isso que você o que?" Perguntei como reflexo.
"Esqueci que você não sabe o que são emoções humanas, amor é quando duas pessoas..." ele começou a ser sarcástico mas eu o interrompi.
"Corta a palhaçada, também amo você." Eu realmente estava tentando evitar esse assunto mas ele trouxe flores e disse que me ama na mesma noite, não tinha como não ceder. Inferno de homem bonito.
"Achei que a primeira vez tinha sido surreal por causa do MD mas acabei de perceber que fuder com você é surreal de qualquer jeito."  Ele disse em um tom tão meigo que nem parecia estar falando de sexo.
"Você é sempre tão romântico, Léo" ironizei, a nossa primeira transa foi tão boa quanto qualquer transa no banheiro de uma festa pode ser, se ele tinha uma memória fantástica disso com certeza era a droga.
Ia convida-lo para um banho mas antes que eu pudesse formular a frase, ele já estava em cima de mim, voltando a me beijar.
Quando eu já quase não tinha fôlego ele desceu do meu rosto até a barra da minha calcinha, a afastando um pouco com a boca.
"Isso é sacanagem." Disse gemendo.
"Então é pra parar?" Ele respondeu tirando a boca de mim.
"Claro que não" respondi com as mãos em seu cabelo empurrando seu rosto de volta para onde estava.

Não sei quantas horas passaram até Yasmin bater na porta, interrompendo o que eu acho que era nossa sexta transa.
Ela abriu a porta e pôs a cabeça para dentro depois que nos cobrimos e eu avisei que podia entrar.
"Cara já são 5h da manhã, pelo amor de Deus como que vocês ainda tão fudendo?" Yasmin perguntou indignada. "Enfim, não sou fiscal de foda alheia não, só vim pedir pra gemer mais baixo que as paredes são finas e o vizinho tá reclamando" ela completou.
Fiquei bem envergonhada mas Léo pareceu não se incomodar.
"Acabou o clima?" Ele perguntou voltando para cima de mim. Até tinha acabado mas ele resolveu, então só neguei com a cabeça e voltamos de onde tínhamos parado, gostaria de dizer que lembramos de fazer menos baralho mas isso não aconteceu.

Surpreenda-meOnde histórias criam vida. Descubra agora