Capítulo 12

1.1K 174 16
                                    

Como um brinquedo, Alya era miseravelmente machucada, depois tratada como uma princesa delicada, vestida em roupas caras de couro de boa qualidade, seu cabelo era escovado e lavado de todo seu sangue, as unhas quebradas eram tratadas e cortadas perfeitamente, suas feridas eram curadas, mas suas cicatrizes permaneciam como um lembrete obscuro.

Ela estava assim agora, depois de suas costas serem brutalmente machucadas, era um divertimento. Amarantha gostava, Alya tinha certeza de que Amarantha amava quando a Illiryana a enfrentava, a praga realmente se sentia mais viva quando uma única illiryana a enfrentava com todo fervor e depois era brutalmente castigada. Era assim que as coisas funcionavam ali, na noite anterior sangue escorria de seu corpo, nesse dia era ela quem carregava as armas por todo o corpo.

Ela inclinou a cabeça com desdém, tal ato era semelhante ao de Amarantha, ninguém sabia se Alya pegou essa mania da praga, ou se a praga aprendia com a Illiryana.

Alya sabia que existia algo errado em tudo aquilo. Na maneira como Tamlin fingia uma tristeza nos olhos, mágoa e dor, também como Rhysand entregará o nome sem qualquer hesitação, como se soubesse que Amarantha não chegaria até a garota... A garota que Tamlin tinha em sua mansão.

Ela bem sabia que Rhysand fez uma ilustre presença na Corte Primaveril sem ela, lembrava-se de como ele voltou quase perturbado.

- Você sabe quem é ela agora. - Alya percebeu no mesmo instante, uma fúria interna brilhava em seus olhos. - Me diga o nome, Rhysand.

O Grão-Senhor nem mesmo a olhou, sabia que seria pego na mentira, sabia que se olhasse para Alya e falasse um falso nome, ela perceberia. Ele começou a andar, para longe dela e de seus olhos inteligentes.

- Por que? - Ela pergunta.

Rhysand sabia qual era a pergunta. Por que não quer me dizer?

- Porque eu sei, que se saber o nome dela... - Rhysand tomou um pouco de  fôlego. - Sei que vai tentar quebra-lá até o último instante.

Silêncio. Rhysand voltou a andar.

- Ele ama essa garota? - Questiona, uma coisa mais sombria em sua voz.

Daquela vez Rhysand não parou, se ele falasse o desespero visto no olhar de Tamlin quando encontrou a garota, então Alya, Alya faria um estrago.

O tempo passou, e a falsa garota estava Sob a Montanha.

Alya encarou o corpo já morto, cheio de sangue e machucados, os piores que já viu. Amarantha se certificou de matar a garota de maneira lenta e demorada, fez com que cada gota não fosse desperdiçada. Então, mais uma vez Alya percebeu, como uma mulher silenciosa ela percebia muitas coisas não ditas, percebeu que a garota trêmula não sentia dor antes de morrer, percebeu que o olhar de derrota de Tamlin não era pela garota, mas por si mesmo, percebeu que Rhysand tinha envolvimento nisso.

Ela fez então sua última jogada, fez o que mostraria se suas suspeitas estavam certas. Sua mão tocou a faca curvada em sua cintura, o toque fez o tilintar soar pelo salão. Amarantha tinha quase um sorriso no rosto quando assentiu e permetiu que Alya fosse até o corpo morto.

Devagar, com a destreza e a frieza de um demônio esculpido em seus olhos. Ela parou em frente ao corpo corpo, levantou sua lâmina até o pescoço da jovem morta. Olhou para Rhysand, existia mentira em seus olhos. Olhou para Tamlin, existia derrota no olhar, não por luto, não pela garota, não por tristeza.

Se fosse sua amada, então ele não deixaria que cortasse o pescoço, não permitiria que Alya exibisse a cabeça como um troféu, não deixaria, porque era assim que Tamlin se comportava, ele podia ser o mais bravo e talvez o mais fraco e medroso, mas ele não aguentaria ver Alya degolando outra pessoa que ele amava.

Ela confiava nisso, acreditava nisso. Então fez.

O corte não foi limpo, Alya não queria que fosse. Ela esfaqueou e esfaqueou, como se cortasse uma carne dura com uma faca cega, cortando e dilacerado toda a carne do peito até o pescoço, fazendo até mesmo o corpo morto se engasgar, derramando sangue pela boca. O líquido vermelho espirrava em seu rosto, pingando em seus olhos e boca, cada facada era como um grito violento.

DEVOLVA O QUE ROUBOU, TAMLIM! DEVOLVA! DEVOLVA!

A faca prendeu na carne dilacerada, quebrando um osso, Alya puxou com tanta força que rasgara todo o peito, alguns órgãos internos podiam ser vistos, ela ouviu alguém vomitar, ouviu sons de completo nojo e pavor. Continuou e continuou, até que a cabeça só pudesse ser segurada por um único pecado de carne. No fim, a cabeça da falsa garota estava inclinada, olhos arregalados, boca aberta em horror, dilacerada, quebrada até mesmo depois da morte.

Alya se virou, olhando diretamente para Tamlin, seu olhar era intenso e podia ver todas as verdades, desvendar segredos e se infiltrar na alma. Até que tudo aconteceu.

Attor entrou, e lá estava ela, caída no chão como uma humana burra e fraca. A verdadeira garota.

- O que é isto? - perguntou Amarantha.

A garota falou, disse veio para reivindicar aquele que ama, disse que lutaria, disse que libertaria, disse que quebraria a maldição, disse tudo e mais um pouco. Ela olhou para Tamlin quando disse:

- Concordo.

Amarantha se aconchegou no trono.

- Deem a ela uma saudação digna do meu salão.

Alya olhou para Tamlin, e viu tudo o que precisava ver. Ela então, sorriu.

Notas da autora:

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Notas da autora:

Esclarecendo novamente, Alya tem sua vingança, ela tem que fazer isso por si mesma para se manter em paz, e usaria até mesmo Feyre. Ela vai usar Feyre, vai usar, vai ser cruel, e vai ser ruim, ela não se importa com nada, contanto que sua vingança seja feita e Tamlim devolva o que roubou.

Rhysand não aceita bem essa justiça de Alya, porque nem mesmo ele sabe o que Tamlim roubou, ele não sabe e por isso não ajuda Alya nisso.

Enfim, era só isso. Um aviso de que Alya não será nada boa com Feyre.

Invencível | ʳʰʸˢᵃⁿᵈOnde histórias criam vida. Descubra agora