dois.

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Beomgyu acordou com uma empregada batendo na porta, dizendo que seu pai ordenava que se apressasse já que deveriam ter uma conversa séria.

– Bom dia, Felino. – Fez carinho em seu gato que ainda dormia. – Queria ser que nem você, sem nada para fazer, só miau miau, hein?

Depois que se arrumou e fingiu não perceber a marca do aperto de Yeonjun no seu braço suspirou pesado e fingiu ter forças para sair do quarto.

– O príncipe ficou mais calminho? – Se assustou quando ouviu a voz repentina assim que saiu do quarto e quando olhou para o lado tinha Yeonjun, com aquele sorriso que Beomgyu desejava entortar os dentes certinhos.

– Deu para ser entidade agora, porra? – Beomgyu bufou e tentou sair de perto do outro, sem sucesso, já que continuou sendo seguido. – Já comeu?

– Você se preocupa, que fofo. – O garoto riu e Beomgyu revirou os olhos.

– Eu não me preocupo com você, só não quero que você fique me incomodando falando que não comeu e que está com fome. – Beomgyu cruzou os braços e continuou andando. – Comeu ou não?

– Comi, o Felix faz uns ovos de matar. – Yeonjun passou a mão pela barriga e sorriu.

– Felix? – Deu uma risada nasal. – Não sabia que você e o Yongbok já eram tão próximos assim.

– Diferente de você eu sou alguém que consegue ter amigos. – Yeonjun disse e colocou o braço no ombro do garoto, que logo recebeu um empurrão.

– Ele não é boa coisa. – Beomgyu falou rápido e continuou sendo seguido pelo outro. – Pode até ser bom cozinheiro, mas ele não é boa coisa.

– Você é muito possessivo, príncipe. – Yeonjun se aproximou do príncipe e enrolou o braço na cintura do garoto. – Não se preocupe, quem precisa andar na linha é você e não o cozinheiro, não precisa desse ciúmes todo.

– Tanto faz. – Ele disse antes de ficar quieto e depois disse de novo. – Você é muito irritante.

– Nem começamos o dia e você já se revolta contra mim? Se lembre que eu sou mais velho, hein. – Yeonjun riu e Beomgyu revirou os olhos.

Os dois garotos estavam andando se alfinetando como sempre quando uma empregada passou na pressa, não prestou atenção e acabou derrubando chá na roupa de Beomgyu.

– Você não olha por onde anda? Você sujou a minha roupa! – Beomgyu praticamente gritou com a mulher até ela se encolher.

– Desculpe, príncipe. – Ela disse e se encolheu mais.

– Por que você está ai parada? Ande logo e me limpe. – Beomgyu ordenou e ela pegou a toalha que carregava no braço e se aproximou do príncipe, mas foi impedida por Yeonjun que a puxou. – O que você pensa que vai fazer? Ela tem que aprender.

– Eu tenho certeza que ela já aprendeu depois de você ter gritado com ela. Fala sério, fazer ela te limpar?! Qual seu problema? Você não cansa de tratar os outros mal? – Yeonjun gritou e o príncipe ergueu uma sobrancelha com raiva.

– Não grite comigo. – Beomgyu chegou perto do homem e aproximou o rosto para ficar mais perto do de Yeonjun.

– Com você eu grito quando eu quiser, eu não vou mais deixar você tratar outra pessoa assim, me entendeu? – Yeonjun falou no mesmo tom do garoto, este que bufou e se afastou.

– Que seja. – Beomgyu falou antes de entrar na grande porta acompanhado de Yeonjun.

Lá estavam sua mãe e seu pai, que estavam, obviamente, com rostos nada felizes. Beomgyu sabia que isso tudo era apenas manipulação, então saber que ganhou seus pais no próprio jogo deles novamente o deixava muito mais feliz.

não me incomode mais.Onde histórias criam vida. Descubra agora