22 ➵ O Fim de Donggun

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Heart of Glass | Minsung

COM O passar do tempo os instintos se tornam mais maleáveis, principalmente em betas, cujo lobo não se faz tão presente dentro de sua vida

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COM O passar do tempo os instintos se tornam mais maleáveis, principalmente em betas, cujo lobo não se faz tão presente dentro de sua vida. Ômegas e Alfas por sua vez vivem em uma constância como se houvesse dois seres num único corpo, estes que vivem em harmonia e se ajudam a superar dificuldades. Já os dominantes têm seus instintos muito mais apurados. São possessivos em níveis altíssimos tornando difícil manter um relacionamento. São mais fortes e com sentidos mais apurados, gostam de caçar tanto seu parceiro como seu inimigo.

Este é o caso de Lee Minho, Alfa dominante que sentiu o perigo vindo em direção a seu parceiro e sua cria. Não houve segunda chance ou misericórdia. Dominado pelos instintos mais selvagens, Minho caçou Song Donggun pela cidade. Começando pela sua casa, o cheiro nojento do alfa misturado a sexo e desespero fez seu nariz arder, todavia, o alfa menor não estava lá.

"Mate-o"

Rosnava seu alfa.

Em passos pesados o alfa dominante saiu em busca de sua vítima, caminhou por entre as ruas imundas do bairro seguindo sua intuição passando por bares até parar em frente a uma casa velha de aparência decrépita. Fedia a prostitutas, esperma e no fundo Song Donggun. Ele havia o achado.

Não pensou duas vezes antes de entrar e logo foi recepcionado por um ômega magro e de aparência doente, ele sorria, mas parecia infeliz.

— Senti seu cheiro quando virou a esquina. — começou o menor. — Vem, posso fazer você feliz hoje.

— Não me toque. — Minho rosnou.

Mesmo assustado, o pequeno ômega continuou.

— Vamos lá garotão. Uma rapidinha e você pode liberar esses feromônios.

Ignorando a sentença, Minho perguntou.

— Onde está?

— Quem benzão?

— Song Donggun. — cada vez que pronunciava esse nome um gosto podre vinha em sua boca.

— Oh! — se afastou. — Tá te devendo não é? Ele tá com a Somi. Daqui a pouco ele sai.

Como se fosse um sinal lá sai Song Donggun de uma das portas enquanto ajusta as calças. Um rosnado vibrou por todo o ar o deixando mais tenso. O alfa menor nunca iria admitir, mas sentiu medo.

— Ah, olha só. — começou o Song. — O que quer?

— Eu já te avisei uma vez.

— Não quero aquela prostituta, quero o moleque. É meu direito ahm! Sou o pai daquele pirralho.

— Eu! — elevou a voz. — Eu sou o pai do meu filhote.

— Eu que engravidei aquele mal agradecido!

Minho puxou o outro alfa pela gola da camisa o arrastando para fora, Donggun gritou e se remexeu a fim de se libertar, mas nada parecia obter qualquer resultado. Toda a bagunça gerou uma plateia.

Lee discou um número e desligou no primeiro toque. O reforço estaria em breve. Enquanto isso ele foi arrastando o homem de aparência miserável pelas ruas até a casa que ele tanto conhecia. O lugar onde deveria ser um lar de uma família, mas era a prisão do seu ômega.

Quinze minutos depois um carro preto parou em frente a casa, dele sairiam dois homens fortemente armados.

Minho jogou Donggun nos pés deles.

— Vamos para a toca.

O carro saiu cantando pneu, levantando poeira e deixando um bando de curiosos para trás.

Presente

Mi-Minho, o que aconteceu? — Jisung estava preocupado.

— Acabou.

— O que? Esse sangue é seu?

— Tsc, não.

Horas antes

A toca, como era conhecido o galpão que a família Lee resolvia seus assuntos particulares fora da vista da lei. O lugar em si não tinha nada de mais à primeira vista. Teto alto, cadeiras, mesas e correntes que vinham do teto ao chão. Era como um lugar semi-abandonado, já que Minho estava muito ocupado cuidando da sua família e vinha com pouca frequência para arrancar a pele de alguém, literalmente.

No chão havia um rastro de sangue seco porque o jovem alfa não se conteve no meio do caminho. Agora, horas depois de trazer o indivíduo, Minho está olhando para a bagunça que Donggun havia se tornado. Deitado encolhido numa poça do próprio sangue e urina.

Era nojento e patético ao mesmo tempo. Suas calças estavam abaixadas enquanto expunha sua genitália dilacerada. Era divertido de ver.

— Agora eu quero ver quem você vai importunar. — murmurou Lee pensando se deveria ou não fumar um cigarro. — Sabe, estávamos bem. Você morreria logo, é claro, mas poderia ser rápido se não tivesse me enchido o saco. Jisung estava com medo e estressado por sua culpa e nosso filho percebeu. — chamou um dos guardas com o dedo. — Me traga o martelo.

O homem no chão chorou enquanto sussurrava "piedade" o mais alto que podia, mas o corpo enfraquecido com a dor lhe impede de muitas ações. Com a ferramenta em mãos ele foi até o outro alfa chutando seu braço para que ficasse esticado, pisou em sua mão mantendo os dedos retos.

— Isso é por cada vez que encostou no meu ômega. — uma martelada veio forte e certeira espatifando as falanges.

O Song gritou tentando puxar os dedos de volta. Lee fez isso com os dez dedos das mãos. Por um acaso ele olhou para o relógio e viu que o tempo havia passado, o corpo que ia e vinha da inconsciência gemeu e grunhiu trêmulo agarrado fortemente ao único fio de vida que sobrou.

— Porra! Sungie deve estar preocupado. — olhou para Donggun. — É, parece que é seu fim. Tragam o triturador! — seus homens trouxeram um grande triturador de metal. Arrumaram na posição de sempre e ligaram a máquina.

— O coloquem pelos pés. Quanto mais esse desgraçado grita, melhor.

Donggun mal teve chance de lutar quando foi carregado e posicionado, primeiro os pés, tornozelos, joelhos... Sangue caiu como chuva sujando o alfa Lee que sorriu tão sádico e feliz. Seu ômega estava livre para ser apenas seu.

O lobo se orgulhava de suas ações.

— Cuidem dos restos, joguem aos porcos. A única coisa que ele merece virar é merda de agora em diante.

E saiu em direção ao carro. Precisava chegar em casa, se certificar de que sua família era sua e então reivindicar seu colega.

Seu Jisung. Seu garoto.

 Seu garoto

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𝗵𝗲𝗮𝗿𝘁 𝗼𝗳 𝗴𝗹𝗮𝘀𝘀 › 𝗆𝗂𝗇𝗌𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora