O guarda | Dahmo (ABO)

X.

[CAPITULO REVISTO]

🔞 Esse capítulo contém violência e cenas chocantes! 🔞

#OGuardaDahmo

💂

No alto daquela torre de vigia, a sineta era tocada freneticamente como se a vida daquele soldado dependesse disso, sineta essa que Momo nunca pensou que teria que mandar tocar. Sineta essa que ninguém esperaria ouvir tão cedo. Afinal, quem estaria à espera de uma invasão depois de vinte anos em paz?

Em apenas umas horas, a tranquilidade desapareceu num sopro junto com as imperatrizes.

O Japão estava em guerra.

— Reúnam as tropas e preparem as catapultas! Rápido! Precisamos revidar! — Momo ordenou.

— Os novos recrutas também?

— Os novos recrutas também. Estão mais que preparados. — desceu da torre de vigia.

— Sunoo...o que é essa sineta? — o mau pressentimento de Dohyun aumentou ainda mais quando viu o medo estampado no rosto empalidecido do coreano.

— Estamos sendo atacados...

Arregalou os olhos. — Perdão!? Por quem!?

— Soldados! — o grito da capitã, montada a cavalo, chamou a atenção de todos no pátio. — O que eu mais temia aconteceu, estamos sob ataque! — ouviu o murmúrio desesperado do seu exército. — Ainda não conseguimos identificar o inimigo, mas eles estão devastando tudo a alta velocidade e precisamos pará-los. Foi para isto que treinaram, novos recrutas! Não achei que tivessem que colocar isso em prática tão cedo, mas temos que agir! E rápido! Não vamos ficar de braços cruzados enquanto nossos inimigos destroem nosso território! Lutem para defender o que é vosso! — ouviu os gritos dos soldados, agora animados com o discurso motivador de sua capitã. — Peguem armamento, e se reúnam em batalhões! Vamos dar uma surra naqueles invasores!

— Sim, senhora! — responderam em coro.

A Alfa desceu do cavalo preto, correndo por entre os soldados que se organizavam rapidamente como formigas habilidosas. E à medida que o tempo passava, os estrondos, barulhos de tiros e edifícios ruindo e gritos de desespero ficavam mais próximos.

— Vocês, para a linha da frente! Vocês, ajudem a evacuar! Mulheres, crianças, idosos e Ômegas primeiro! Vocês, para as catapultas! Precisamos destruir aqueles barcos o quanto antes! — andava pelo pátio dando ordens enquanto pegava seu equipamento.

— Ojou-sama. — chamou o conselheiro real.

— Não temos tempo para conversa, Aizen, estamos sendo invadidos. — falou o óbvio, fechando o casaco da farda e ajeitando o chapéu.

— Ojou-sama, é perigoso ficar aqui!

— Está me tirando? Eu sou um soldado também.

— E a princesa herdeira do Japão!

— Onde quer chegar com isso? — carregou a espingarda.

— Você tem que fugir! Você e o príncipe!

Ela fechou a cara e fuzilou-o com o olhar. — Fugir? Eu? — riu sem humor. — Estamos sendo invadidos e você sugere que eu fuja!?

— Tem uma carruagem esperando vocês no portão Hirakawa. Se forem rápidos, conseguem sair daqui com vida.

— Você ainda não entendeu que eu não vou recuar!? — interrompeu, com cada vez menos paciência. — Eu não quero saber se sou princesa, eu não vou simplesmente abandonar meus soldados e deixar que todos morram por egoísmo meu! Caso não saiba, o capitão é sempre o último a abandonar o navio!