Morpheus estava caminhando em um parque florido de Londres, um dia nublado de chuva e as pessoas iam para pubs beber, para cada um era diferente só que desta vez fez questão de caminhar pelas ruas Londrinas na sua forma original. As pessoas o olhavam, riam, mas ele não se importava com os olhares e risos, precisava pensar em uma forma de tirar aquele perfume e aquela vontade de sua cabeça, lírios...
Então uma figura pálida, de 1,60, de cachos soltos, atravessou a rua em direção a ele sem que o mesmo a notasse.
- Ela Morpheus! Bom dia!- disse com um sorriso.
- Ela menina! Belo dia!- disse tentando sorrir através daqueles lábios rosas e finos.
- Sempre de preto! Vai a algum funeral?- perguntou com um olhar preocupado.
- E você sempre aleatória! Quem você quer pegar de surpresa?- retrucou.
- Então senhor, vai me dizer o que faz aqui tão perto de minha casa?- disse enclinando mais a cabeça.
- Não sabia que morava exatamente nesta rua!- retrucou novamente.
- Nunca tinha notado ninguém por aquelas janelas, mas me recordo de que passou com uma mulher alta e muito bonita por aqui, ela também usava preto! - relatou em detalhes.
- Podemos tomar um café?- disse de forma educada.
- Vamos a minha casa e eu preparo um café pra gente! - disse a garota animada.
Então os dois atravessaram a rua e entraram em um prédio, subiram 3 lances de escadas até chegar de frente pra duas portas, uma azul e a outra vermelha, ela quebra todos os padrões, pensou de uma forma que o fez sorrir de canto.
A casa era simples e arrumada, de cores neutras, ela entrou em um outro cômodo e ele apenas tirou os sapatos e sentiu o tapete fofo, isso sim era a essência dela. O cheiro de lírios estava em todo canto, ele se sentou no sofá e ela veio com uma bandeja e pôs em uma mesinha em uma área externa.
- Venha tomar um café Morpheus!- disse ela. Ele estava embriagado com aquele cheiro de lírios, cheiro de campo e de coisas que ele sentia muita falta, não entendia o motivo pelo o qual podia ser visto por ela, mas sentia seu espírito alegre todas as vezes que sentia o cheiro de lírio que não sabia se vinha daquela pele delicada ou daqueles cabelos negros.
Ele se sentou em frente aqueles olhos castanhos claros, ela serviu o café e voltou a tomar mais um pouco de café.
- O que te encomoda?- perguntou botando a xícara na mesa e fazendo um coque alto.
- Nada, querida!- disse de forma educada.
- De repente ficou tão calado...- disse olhando diretamente no fundo de seus olhos.
- Apenas pensando!- disse para ela, mas a garota não estava satisfeita.
- No que especificamente?- perguntou, curiosa.
- Chega de perguntas! Preciso ir, fique bem. - disse se retirando.
Chegando no corredor ele tirou sua algibeira do bolso e voltou para o sonhar, pensando no quão pouco e insuficiente sabia sobre ela.
Naquela noite kath teve um pesadelo terrível, onde tocava piano enquanto um homem mais velho batia em suas mãos, quando errava uma nota. Morpheus saiu de seu palácio e escutou um piano tocar, logo em seguida um estalar forte, curioso resolveu ver o que estava acontecendo naquele sonho, então entrou em uma casa e viu uma linda criança, o cheiro de lírios invadiu suas narinas e logo ele percebeu de quem era o sonho, o homem mais velho bateu com mais força, mas dessa vez as mãos da bela garotinha sangrava. Morpheus foi até o quarto de Kath, pálida e suada, era como a menina estava, ele se aproximou e assoprou a areia nos olhos dela fazendo com que tudo aquilo não passasse de um pesadelo, observou kath dormindo e notou que havia cicatrizes em suas mãos, logo notou que não era um pesadelo e sim uma lembrança de sua infância, mas precisava saber mais e então olhou em volta do quarto quase vazio, um quadro na beira da cama de uma garotinha tocando piano ao lado do mesmo homem, então Morpheus logo pensou que aquele poderia ser o pai dela ou avó. Havia um violino em cima de uma poltrona que dava vista para o jardim, uma janela enorme e entre as cortinas ele podia ver que algo nela estava quebrado, não tinha muito o que ver, não tinha o que explorar, tudo era bem simples e vago demais, quando olhou de volta para aquele anjo que dormia se sentiu a vontade para tocar em seu rosto molhado pelo suor e talvez lágrimas, desta vez o rosto relaxado e alegre.
Morpheus entrou na biblioteca e procurou o livro de Kath, vasculhou, andou por vários corredores até achar a prateleira onde estava o livro que contia os sonhos dela, só que as páginas estavam em branco, não havia uma vírgula para dizer que tinha alguma coisa.
Morpheus foi para o seu quarto e fechou os olhos, descansou a cabeça no travesseiro e mais uma vez se perguntou quem é esta menina?
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o rei dos sonhos
KurzgeschichtenEm um lindo salão havia uma garota dançando valsa sozinha, vestido branco com uma leve seda prata, seus cachos voavam todas as vezes que a mesma rodopiava, Morpheus curioso entrou no salão e de repente tudo mudou.