Capítulo 10

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Salto no tempo

Ponto de vista - Jung Hoseok

– Hey, bom dia!! – Disse Namjoon todo sorridente ao me ver adentrar a cozinha e eu sorri sussurrando um “bom dia” sonolento pra ele, considerando o fato de que eu não conseguira dormir essa noite.

Me juntei a ele na mesa de café da manhã e ele me passou uma xícara toda personalizada com os símbolos hippie, na qual eu me servi com um pouco de café com leite.

– Nossa, quem foi o louco que te ligou a madrugada inteira? – Perguntou ele.

Eu suspirei ao me lembrar daquelas malditas ligações.

– O papai do bebê. – Respondi.

Ele abriu sua boca em uma tentativa de dizer algo, mas nada saiu.

– Eu não quero falar sobre ele, por favor. – Pedi antes que ele me perguntasse algo sobre isso.

– Não precisa dizer nada, eu já tirei as minhas próprias conclusões; ele é um tremendo de um filho da puta.

– Pode se dizer que sim. – Disse tomando o líquido da minha xícara.

[...]

Ponto de vista - Kim Taehyung

Minha cabeça estava quase explodindo de dor, a qual piorou ainda mais ao ouvir a batida dos saltos de Eunjin no topo da escada, me olhando nitidamente furiosa.

– Eu posso saber aonde é que você estava, Taehyung? – Perguntou ela.

– E isso importa?

– Mas é claro que importa. – Disse descendo a escada. – Você some, não comparece ao jantar organizado pra família do SEU NOIVO e vem me perguntar se há alguma importância o seu paradeiro!? – Riu sarcástica. – Ah, me poupe! Você não faz ideia do constrangimento que você me fez passar.

– Eu não disse que iria comparecer a esse jantar. – Disse ameaçando passar por ela, mas a mesma me barrou e eu bufei a olhando.

– Se você acha que eu vou tolerar esse seu estado deprimente por causa daquele projeto de vagabunda, você está muito enganado, e eu acho bom você erguer essa cabeça e aceitar que ele não está mais aqui. Aliás, eu torço muito pra que ele e aquela coisa que ele carrega dentro dele estejam mortos. – Cuspiu as palavras e eu abaixei o olhar incapaz de dizer algo. – Agora você vai tomar um banho pra tirar esse cheiro horroso do corpo, vai passar em uma floricultura, comprar o mais belo buquê de rosas que tiver lá e ir pedir desculpas pro Jin. Entendeu ou você quer que eu te explique de novo? – Perguntou e eu apenas assenti subindo a escada em direção ao meu quarto.

Bati a porta com força e joguei o primeiro objeto que encontrara contra a parede, sentindo as lágrimas tomarem conta de mim novamente.

Dessa vez elas eram de ódio. Ódio de mim, ódio dos meus pais, ódio da minha fraqueza, ódio dessa droga de vida.

[...]

Toquei a campainha da enorme mansão de detalhes brancos com dourado e não demorou muito para que Jin abrisse a porta dando-me o mais lindo dos sorrisos, o que de certa forma fez eu me sentir culpado por ontem.

Jin não tem culpa se fomos forçados a nos casar e muito menos sabe sobre o meu amor por Hoseok.

Pra ele eu sou apenas um cara solteiro que vai se casar visando os negócios da família, assim como ele.

Ele não faz ideia de que meu coração pertence a outro.

– Oi, Taehyung. – Disse ele.

– Oi, Jin! Eu vim me desculpar por ontem. – Disse lhe entregando o buquê de rosas brancas. – Eu fiz o possível pra tentar comparecer mas...

O FILHO DA EMPREGADA| VHOPEOnde histórias criam vida. Descubra agora